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sexta-feira, 5 de maio de 2023

Juros mais baixos do mercado: aprenda a avaliar se é o momento certo de pegar um empréstimo consignado

Especialista explica a relação da taxa Selic com a solicitação das linhas de crédito e o impacto dos novos juros na procura do serviço financeiro 


As recentes movimentações nas taxas de juros do país têm gerado discussões sobre seus impactos na vida financeira dos brasileiros. No início do mês, foi aprovada pelo Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS), a nova taxa de juros de 1,97% para empréstimos consignados do INSS, mudança que ficou entre as principais pautas do noticiário financeiro nas últimas semanas. Mas, até que ponto essas mudanças de números afetam o dia a dia das pessoas? 

Túlio Matos, sócio fundador da iCred, fintech sergipana criada no começo de 2022 para facilitar o acesso ao crédito e empréstimo pessoal, comenta que as decisões tomadas pelo Banco Central, muitas vezes, passam despercebidas pela população em geral.  

“A maioria das pessoas não têm interesse em saber se a Selic está em x ou y por cento, mas ela é a taxa básica do país, aquela que impacta diretamente todos os juros praticados na economia. Quando o Banco Central aumenta a Selic, as instituições financeiras tendem a seguir o mesmo caminho”, comenta o especialista. “É importante quebrar o tabu em torno das dúvidas sobre esse tema, principalmente em momentos como agora, que as mudanças até geraram a paralisação de alguns serviços ofertados”, pontua. 

Em março deste ano, o impasse entre o governo e os bancos sobre a taxa resultou na suspensão da oferta de crédito das instituições financeiras, devido à diminuição dos juros do consignado do INSS de 2,14% para 1,7%. Contudo, após a definição do limite de 1,97% ao mês, o serviço foi normalizado.  

“Avaliar o momento e as necessidades para solicitar o crédito é o primeiro passo para manter uma saúde financeira que esteja de acordo com os seus objetivos, sem ultrapassar seus limites e gerar maiores dívidas”, afirma Matos.  

O especialista separou três indicadores importantes para avaliar se o empréstimo consignado é uma boa alternativa. São eles: 

  • Taxa de juros: analisar a taxa de juros, tanto a Selic quanto a do crédito consignado, é uma boa maneira de perceber a movimentação do mercado e pensar nas suas estratégias. Quanto menor o valor, melhores são as chances de negociação;
  • Motivação: ter uma razão concreta, necessária e inadiável para solicitar esse dinheiro gera mais comprometimento e menos chances de endividamento;
  • Planejamento: a existência de um plano financeiro em torno do desconto mensal das parcelas diretamente na folha de pagamento — salário ou aposentadoria – é o caminho mais curto para não se perder nos pagamentos. Tenha certeza de que você tem um programa factível. 

“O empréstimo consignado contribui muito para que os brasileiros não fiquem em situação de inadimplência, porém, analisar a situação do momento é essencial. Principalmente o valor das alíquotas — avaliando quando os bancos e as instituições financeiras estão oferecendo baixas taxas de juros mensais — torna essa decisão mais vantajosa e saudável", ressalta o sócio fundador da iCred.


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