Saiba como surgiu iguarias como a coxinha, o quindim e o brigadeiro
Alguns alimentos consumidos no dia a dia tem uma
história desconhecida pela maioria das pessoas, muitos deles, inclusive, trazem
uma dimensão cultural e refletem a identidade social e cultural de diferentes
povos. Mas, como será que cada prato surgiu? É um fato que diversas receitas
presentes na mesa dos brasileiros têm um contexto histórico e, algumas delas,
foram criadas de forma inusitada. Elton Belini Rico Galves, docente da área de gastronomia do Senac
São Paulo, compartilhou algumas curiosidades relacionadas aos pratos dos
brasileiros como a coxinha, o quindim e o famoso brigadeiro. Conheça algumas
delas!
Diz a lenda que um dos filhos da Princesa Isabel
morava em uma fazenda da cidade de Limeira, interior de São Paulo. O menino
adorava coxas de frango, mas na hora da refeição acabaram as tais partes do
frango e a cozinheira precisou improvisar. E foi assim que nasceu a coxinha.
Na Itália, para receber a Rainha Marguerita, o
pizzaiolo Raffaele Esposito foi contratado para apresentar a pizza e uma das
suas criações, a que mais conquistou a majestade: foi a massa de pizza coberta
com tomate, queijo e manjericão, inspirado pelas cores da bandeira da Itália,
que se tornou a comida preferida da rainha e que ainda levou o seu nome.
O pé-de-moleque, doce feito de açúcar caramelado e amendoim
torrado, levou esse nome por conta das doceiras que, diante dos roubos dos
meninos, gritavam “pede, moleque, pede!”.
Conta a história que foi em 1945 que as mulheres partidárias do
Brigadeiro Eduardo Gomes, da Aeronáutica, candidato à Presidência, inventaram o
doce com chocolate em pó para arrecadar fundos de campanha. O brigadeiro fez
tanto sucesso que hoje, o doce tipicamente brasileiro, não pode faltar nas
festas de aniversários.
A Tarte Tatin, torta de frutas típicas francesa, nasceu do erro de
duas irmãs. Por volta do ano de 1880, Stephanie e Caroline Tatin, perceberam
que durante o preparo de uma torta e maçã, esqueceram de colocar a massa na
forma. Não querendo desperdiçar as maçãs e todo trabalho, colocaram a massa por
cima das frutas. A torta de maçã invertida se tornou um clássico na França e no
mundo.
Segundo o Instituto Brasil a Gosto, o “Quindim é uma
produção intercultural na cozinha brasileira: ovo português, açúcar das vastas
plantações brasileiras e coco africano (substituindo as amêndoas), com
inspiração na receita portuguesa Brisa do Lis, que tem as amêndoas como base. O
nome tem origem africana que significa dengo, encanto, pedido de aconchego no
outro em meio ao duro cotidiano”.
Das Américas para todo o mundo surgem o abacate, o abacaxi, a
mandioca, a abóbora e o milho. O tomate também das américas está presente na
pizza e macarronada de domingo. Quanta riqueza!
O bolo de macaxeira e outros produtos feitos com mandioca são base
da alimentação indígena. A tapioca é um crepe brasileiro feito de fécula de
mandioca de origem tupi-guarani. Outros doces têm etimologia tupi como a paçoca
“po-çoc”.
As frutas melão, ameixa, manga Haden, limão rosa, caqui, além do
gengibre, são de origem asiática e se desenvolveram aqui no Brasil. A Maçã fugi
é originária do Japão.
O Requeijão, queijo pastoso criado em Minas gerais, é uma invenção tipicamente brasileira muito consumida com pão no café da manhã e em pratos para dar cremosidade. Já o queijo serra da canastra é um Patrimônio Cultural do Brasil pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Outro ícone é o Bolo de rolo e Souza Leão: Patrimônio Cultural e Imaterial do Estado de Pernambuco.
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