No Brasil,
estima-se que aproximadamente 2 milhões de pessoas sejam portadoras de glaucoma
O glaucoma é uma doença causada na maioria das
vezes pela elevação da pressão intraocular, que, se não for tratada, pode levar
à cegueira. Considerada silenciosa por não apresentar sintomas iniciais, a
enfermidade que afeta a visão pode ser herdada geneticamente em uma percentagem
dos casos. Por isso, quem possui histórico familiar de glaucoma deve redobrar a
atenção e fazer acompanhamento regular com o médico oftalmologista.
No Brasil, estima-se que aproximadamente 2 milhões
de pessoas sejam portadoras de glaucoma, segundo o Conselho Brasileiro de
Oftalmologia (CBO). Apesar da gravidade, a maioria dos casos podem ser
controlados com o tratamento adequado. Deste modo, o diagnóstico precoce pode
evitar a perda da visão.
Igo Enomoto, médico oftalmologista responsável pelo
setor de glaucoma do Núcleo de Oftalmologia, clínica referência em cirurgia de
glaucoma, destaca que o paciente deve realizar acompanhamento médico de forma
periódica. “Os principais grupos de risco para desenvolver glaucoma são aqueles
pacientes acima de 40 anos, com alta miopia, afrodescendentes e com parentes de
primeiro e segundo graus com a doença.”, afirma o especialista.
O médico explica ainda que, após o diagnóstico, o
tratamento vai desde a utilização de colírios, laser e cirurgias. "A
medicina avançou muito e já temos diversos tratamentos eficazes contra o glaucoma.
Atualmente o tratamento inicial é com laser ou colírios, sendo a cirurgia
reservada para casos mais avançados. Independente do tratamento, o principal
objetivo é diminuir a pressão intraocular e impedir a progressão da doença”,
discorre.
Sintomas silenciosos
A doença pode se desenvolver durante meses sem
apresentar sintomas iniciais. O paciente só começa a sentir sintomas em uma
fase mais avançada da doença, quando ocorre a maior parte da perda do campo
visual. Caso não haja tratamento adequado, o glaucoma pode levar à perda total
da visão.
"O paciente começa a não ver alguns objetos
que estão no seu campo de visão periférico. Por progredir lentamente, a pessoa
vai se adaptando a essa situação e só percebe a alteração em um estágio mais
avançado da doença. Nessa fase, a visão central também é atingida e o glaucoma
pode evoluir para a cegueira se não tratado adequadamente", informa
Enomoto.
O especialista também recomenda que aqueles
pacientes com maior risco de desenvolver a doença façam o acompanhamento
periódico com o seu oftalmologista. “A prevenção e a instituição do tratamento
nas fases iniciais da doença ainda é o melhor a se fazer”, recomenda.
Núcleo de Oftalmologia
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