A Sociedade Brasileira de Cardiologia reforça, neste Dia Internacional da Mulher, a importância dos cuidados à saúde cardiovascular na população feminina.
A necessidade de
um olhar particular sobre este tema foi destaque em um posicionamento
específico da entidade, esclarecendo as peculiaridades da saúde cardiovascular
na mulher.
As doenças
cardiovasculares são a maior causa de morte no Brasil entre homens e mulheres.
No caso específico das mulheres, as doenças cardiovasculares matam mais do que
todos os tipos de câncer somados.
Ainda, nas mulheres
brasileiras, observa-se aumento da prevalência e de mortalidade por doenças
cardiovasculares após a menopausa, o que agrava as perspectivas em futuro
próximo pelo envelhecimento e adoecimento da população feminina no Brasil.
Um aspecto
particular é a desigualdade de acometimento entre as regiões, no acesso tanto
ao diagnóstico como ao tratamento, de acordo com as particularidades
determinadas pelos indicadores sociais e econômicos, nas macrorregiões, estados
e cidades de diferentes portes.
Cerca de metade da
mortalidade por doenças cardiovasculares em mulheres antes dos 65 anos pode ser
atribuída à pobreza e às desigualdades sociais.
Alimentação
inadequada, baixa atividade física, consumo de álcool e tabagismo são outros
importantes fatores de risco para as doenças cardiovasculares em mulheres, mais
prevalentes nas classes sociais menos favorecidas da população, incluindo as
crianças e as adolescentes brasileiras.
É fundamental
promover iniciativas para aumentar o conhecimento sobre a importância da saúde
cardiovascular ao longo da vida da mulher.
Além disso, é
fundamental compreender melhor as disparidades locais na saúde cardiovascular
das mulheres para definir políticas públicas e assistência à saúde, reduzir
lacunas e promover a equidade de sexo na atenção à saúde brasileira.
Desigualdade Social
Cerca de metade da mortalidade por doenças cardiovasculares em mulheres antes
dos 65 anos pode ser atribuída à pobreza e às desigualdades sociais.
Alimentação inadequada, baixa atividade física, consumo de álcool e tabagismo
são outros importantes fatores de risco, mais prevalentes nas classes sociais
menos favorecidas da população, incluindo as crianças e as adolescentes
brasileiras.Assim, os programas de prevenção primária e secundária, bem como o
maior acesso ao diagnóstico, nessa camada da população poderão ter impacto
ainda maior na redução destas estatísticas.
Fatores de Risco (FR) em Mulheres
Segundo dados do IBGE, no Brasil, em 2019, os porcentuais de adultos
(idade ≥18 anos) com excesso de peso e obesidade foram 62,6% e 29,5% para
mulheres e 57,5% e 21,8% para homens, respectivamente.
- Entre os FR tradicionais, o excesso de peso, a obesidade e o diabetes mellitus foram mais frequentes nas mulheres. Cabe ressaltar também que a prevalência de HAS (Hipertensão Arterial Sistêmica) autorreferida no Brasil foi maior no sexo feminino do que no masculino.
- Nas mulheres, os FR tradicionais para DCV mais impactantes incluem: diabetes mellitus, HAS, dislipidemia, tabagismo, obesidade e sedentarismo.
A obesidade é um forte preditor de risco de FA (Fibrilação Atrial) nas
mulheres. Elas mais frequentemente apresentam FA paroxística, AVC,
tromboembolismo, IC e hospitalizações, além de maior CHA2 DS2 -VASc e maior
risco de mortalidade cardiovascular e por todas as causas.
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