Para especialista
a mudança, que entra em vigor a partir de 1º de maio, ainda não corrige a
inflação, mas alivia as perdas
Depois de oito anos sem mudanças na tabela do
Imposto de Renda, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez a correção e, a
partir de 1º de maio, Dia do Trabalhador, estão isentos todos aqueles
contribuintes que recebem até R$2.640,00. Mas como esse reajuste impacta na
economia e na vida dos brasileiros?
De acordo com Lucas Radd, CEO e fundador da Rufy, plataforma de saúde financeira, a
importância dessa alteração é que desde a última correção, que foi em 2015, a
inflação está acumulada em 55%. “Esse aumento ainda não corrige toda a
inflação, ficando em torno de 10% abaixo da correção ideal. O valor do salário
ou da renda deveria girar em torno de R$ 3.000,00 para cumprir totalmente a
faixa para se corrigir a tabela com o valor correto de isenção”, explica.
A Receita Federal prevê que 13,7 milhões de
contribuintes pessoas físicas deixarão de pagar o Imposto de Renda com as novas
regras de correção da tabela. Para Lucas, é uma mudança que auxilia todos
aqueles brasileiros que são tributados. “A ideia é que a inflação chegue nos
preços, penalize o poder de compra e, logo, na renda dos brasileiros, mas eles
não têm a contrapartida na hora de pagar menos impostos”, aponta.
O executivo explica que durante oito anos sem
alteração no valor da tabela o Brasil mergulhou em uma crise fiscal, por isso
todos os governos passados não fizeram essa correção, porque significaria uma
melhor tributação para o Estado, ou seja, uma menor arrecadação para os cofres
públicos. Segundo o Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita Federal, a
decisão vai diminuir a defasagem em 68 pontos percentuais, de 148% para 79,88%.
“A decisão não serve apenas para aquelas pessoas
que ganham até R$ 2.640,00. Isso porque mesmo quem recebe acima desse valor,
passa a pagar o Imposto de Renda sobre a fatia da sua renda que supera os R$
2.640,00”, aponta Radd.
Por fim, o CEO da Rufy pontua que isso significa
uma redução na carga tributária, logo, uma maior renda disponível para o
consumo. Com isso, melhora consideravelmente a capacidade das famílias arcarem
com as suas despesas e necessidades de consumo, proporcionando mais segurança
com as contas.
“As pessoas precisam cada vez mais entender de
educação financeira, temas que alguns governos já vem colocando na grade
curricular. Com esse conhecimento, saberão investir melhor seus recebimentos,
pensando na realização de sonhos”.
https://www.rufy.com.br/
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