Especialista do
Hospital Paulista destaca distúrbios respiratórios, diagnóstico e formas de
tratamento
O Dia Mundial do Sono, celebrado anualmente em data
móvel, tem como objetivo chamar a atenção para problemas relacionados ao tema,
no que diz respeito a aspectos sociais e educacionais. De acordo com a OMS
(Organização Mundial de Saúde), a pandemia de Covid-19 agravou os distúrbios do
sono, que hoje já atingem cerca de 45% da população mundial.
Conforme o otorrinolaringologista Dr. Lucas Vaz Padial, que atua em medicina do
sono no Hospital Paulista, os distúrbios respiratórios relacionados ao sono
estão cada vez mais frequentes na população. Estudo Epidemiológico do Sono
(EPISONO) indica que a prevalência da apneia obstrutiva do sono na população
paulistana é de 32,9%.
“Considerando os impactos desta doença na produtividade, bem-estar geral e
possíveis desfechos cardiovasculares a longo prazo, é extremamente importante o
diagnóstico e tratamento precoces, para uma melhor qualidade de vida”, reitera.
Os distúrbios respiratórios do sono incluem o ronco primário, a apneia
obstrutiva do sono e a Síndrome da Resistência das Vias Aéreas Superiores
(SRVAS). O especialista explica que, para os roncos, há um turbilhonamento do
ar ao vibrar nos tecidos da faringe, sem grandes prejuízos.
Já para a apneia obstrutiva, o entendimento principal é de que ocorrem episódios
de obstrução total ou parcial da via aérea superior durante o sono que provocam
queda de oxigenação e/ou fragmentação do sono, enquanto para a SRVAS há
múltiplos episódios de despertares decorrentes de um aumento do esforço
respiratório.
“Podemos apontar como principais fatores o ronco, a apneia (pausa respiratória)
presenciada por parceiro(a), sonolência excessiva diurna, cansaço ao longo do
dia, cefaleia matinal, baixa produtividade e alterações cognitivas
(concentração e memória), bem como alterações de humor”, explica Dr. Lucas.
“Se os sintomas citados começam a incomodar o paciente e o acompanhante, está
na hora de buscar ajuda. O sono é uma etapa vital da nossa vida e completar seu
ciclo satisfatoriamente é importante para que as horas acordado sejam
produtivas e saudáveis. O impactado nesta fase tão importante prejudica
aspectos físicos e emocionais a curto, médio e longo prazo”, reforça o médico.
Segundo o especialista, não tratar os distúrbios respiratórios pode gerar
inicialmente uma queda de produtividade e alterações de humor, afetando o
trabalho e as relações interpessoais. Porém, o maior risco acontece a longo
prazo.
“Já está comprovado que a apneia obstrutiva do sono é um fator de risco
importante para dano cardíaco e cerebral a longo prazo, como o AVC e o infarto
agudo do miocárdio”, alerta.
Existem alguns tratamentos para estas doenças, e isso vai depender
principalmente de uma boa história, das características anatômicas do paciente
e da gravidade do quadro. Eles variam desde fonoterapia, aparelho intraoral
para avanço de mandíbula; cirurgia faríngea e/ou craniofacial; e uso do CPAP
(aparelho que gera uma pressão positiva na via aérea superior, mantendo-a
constantemente aberta e evitando o colapso).
O Hospital Paulista possui um time de especialistas dedicado à área do sono,
com informações clínicas associadas a um exame físico detalhado. Além disso, a
unidade fornece exames complementares fundamentais para uma conduta mais
individualizada e específica, tais como a nasofibrolaringoscopia e a
polissonografia (tanto em laboratório do sono como domiciliar).
Hospital Paulista de
Otorrinolaringologia
Nenhum comentário:
Postar um comentário