É natural do ser humano se organizar por metas.
Sejam aquelas que fazemos ao final e início de cada ano (que geralmente são as
mesmas, já que, por vezes, nunca a cumprimos) seja para ir bem na academia,
aquelas financeiras, de relacionamento, estudos, enfim. Elas já fazem parte do
nosso dia a dia.
E como não poderia ser diferente, elas também estão
presentes no nosso ambiente de trabalho. As corporações utilizam-se delas, para
alcançar os patamares que pretendem chegar, seja de crescimento de vendas,
aumento de clientes, financeiro, funcionamento, entre outros.
Apesar de ser uma boa forma de incentivar seus
colaboradores, já que ao se bater uma meta, é interessante que sempre se
ofereça algum tipo de recompensa, por vezes, a simples existência delas pode
gerar uma sobrecarga de pressão para a equipe, e, caso não sejam batidas, uma
frustração. E isso é um desafio, que deve ser bem contornado para não abalar o
time. Afinal, é normal em algum momento, não conseguirmos alcançar aquele
desafio proposto.
Existem diversos motivos para que não se atinjam as
metas, um dos mais comuns, é quando se definem as famosas “metas irrealistas”,
que as pessoas largam a mão logo de início, por não depender exatamente delas
para alcançá-las por ser um número maluco, etc. Outro problema recorrente,
especialmente para a cultura comum entre nós, brasileiros, é o de deixar tudo
para a última hora, pois aí, é claro, fica "tarde demais" para ser
realizada. Temos ainda aquelas que definimos e colocamos na gaveta, pois são
difíceis e temos muitas coisas no dia a dia para fazer. A rotina nos engole ou,
nas palavras do americano, Peter Drucker, considerado o pai da gestão moderna:
“a cultura come a estratégia no café da manhã”.
Para o cumprimento das metas também é preciso que
se defina uma governança de acompanhamento, já que elas não vão simplesmente
acontecer por osmose, é preciso empenho. Por fim, e a mais recorrente em um
ambiente de grupo, é a liderança, que não consegue defini-las de forma clara,
nem organizar o time para detalhar como aquelas metas devem ser atingidas.
É por isso que as corporações, por meio de seu RH,
buscam meios de se organizar por um sistema de metas claras para os
colaboradores e que, de fato, seja eficiente. Isso funciona perfeitamente
quando o modelo de gestão adotado são os OKRs (Objectives and Keys Results
- Objetivos e Resultados Chaves) e adequadamente alinhados com os incentivos.
Eles possuem toda uma peculiaridade que ajuda a equipe no alcance de metas, que
são: propósitos claros, concretos, metas balanceadas, governança de
acompanhamento e, principalmente, possibilidade de liderar com os erros, em que
se aprende com eles de forma recorrente, em que o time se auto
responsabiliza e se organiza para não os cometer de novo.
Se vale um relato pessoal, eu, frequentemente,
defino metas pessoais, que tenho pouca confiança de que vou atingir, mas, as
persigo, pois é a melhor forma de me organizar e empreender os esforços de
maneira mais inteligente.
No caso de empresas, se é top down, não foi você
mesmo que definiu, você não se importa, simples assim.
Pedro
Signorelli - um dos maiores especialistas do Brasil em
gestão, com ênfase em OKR. Já movimentou com seus projetos mais de R$ 2 bi e é
responsável, dentre outros, pelo case da Nextel, maior e mais rápida
implementação da ferramenta nas Américas. Mais informações acesse: http://www.gestaopragmatica.com.br/
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