Os meses mais frios do ano chegaram e junto com a mudança da estação a alimentação também acaba mudando bastante.
A maioria das pessoas sente essa mudança
nitidamente, elas sentem mais fome durante o frio, o que traz aquela “desculpa”
para se jogar nos alimentos mais saborosos, gordurosos e bem mais calóricos.
Agora, será mesmo que o frio realmente causa mais fome?
Dra. Thais Mussi Endocrinologista e Metabologista
pela SBEM explica que sim! Dias frios despertam mais fome. E isso acontece
principalmente porque, neste período, o corpo gasta mais energia para manter a
temperatura corporal, o que naturalmente exige um pouco mais de nutrientes.
“Além disso, muita gente nem repara que consome menos água no frio, e isso,
mesmo que pareça inofensivo, pode contribuir para desidratação, que também
costuma aumentar a fome.” Conta a médica.
Como controlar o apetite?
Como a fome realmente vem, fica fácil decidir por aumentar o consumo de alimentos nas refeições, e até mesmo consumir alimentos mais calóricos, que ajudam a aplacar várias das vontades que surgem.
Mas, segundo a endocrinologista é preciso ter
cautela, já que no frio é comum diminuir a quantidade de atividade física, o
que, junto com o consumo descontrolado de alimentos, pode alterar o peso e até
prejudicar a saúde.
Felizmente, existem dicas para controlar a fome no frio:
- Não deixar de lado as atividades físicas - pois mesmo parecendo difícil, o exercício ajuda a regular hormônios como a serotonina e a melatonina, essenciais para que a mente permaneça saudável no período, com bom sono e disposição para atividades do dia a dia.
- Hidratação é fundamental - para manter o corpo em atividade e evitar a desidratação. Além de garantir que se tenha níveis “normais” de fome.
- Sopa é ótimo, mas precisa de atenção no preparo -- Dra. Thais alerta: “cuidado para não colocar itens demais, já que tudo parece combinar com uma sopa no inverno. O ideal é adicionar no máximo 4 tipos de vegetais, um macarrão leve, um tipo de carne, e maneirar no consumo de queijo”.
- Não deixe as saladas de lado - são ótima fonte de fibras e nutrientes, o que deixa a alimentação balanceada. Se for difícil comer salada no frio, escolha opções que possam ser refogadas com azeite, como repolho, couve, espinafre e agrião, combinando-os com alguns vegetais, como cebola e tomate. Ficará saboroso.
- Massas são ótimas opções, mas também precisam de cautela - lasanha todos os dias é um pouco complexo. Um macarrão cheio de queijo ou molhos muito calóricos também. É só equilibrar, que dará tudo certo.
- Um mingau vai muito bem - existem diversas opções, fazendo-o com aveia, frutas, dentre outros. É só observar o tipo de leite utilizado, trocando-o por opções menos calóricas ou até mesmo água, e incluir uma tigela de mingau no café da manhã ou lanche da tarde para se sentir quentinho e saciado.
- Bebidas quentes são uma ótima opção - a exemplo de chás, mas até mesmo variedades de cafés. Chocolate quente também, mas em menor quantidade ou com leites menos gordurosos.
- Frutas e oleaginosas para os lanches - banana, abacate e oleaginosas, como nozes e castanha, irão fazer muito bem para o corpo enquanto tem um tempo frio lá fora.
“O que este período realmente precisa é de
equilíbrio no consumo dos alimentos, de maneira que o seu corpo seja nutrido e
saciado, enquanto tenta ao máximo te manter quentinho e ativo”. Finaliza a
médica.
DRA. THAIS
MUSSI -CRM 27542-PR 118942-SP RQE 373 - Formada em medicina
para Universidade do Vale do Itajaí (Univali); Residência em clínica médica
pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo; Residência em endocrinologia e
metabologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo; Membro titulado da
Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e Membro do Colégio
Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida (CBMEV); Pós-graduação em Nutróloga
pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN); Médica integrante da C.A.S.A
Sophie Deram- centro de aconselhamento em saúde alimentar; Especializacao em
Mindfull Eating ; Participação em diversos congressos internacionais voltados a
Obesidade e Síndrome metabólica
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