Junho é o mês de conscientização sobre a importância da doação de sangue, e quando também foi comemorado, no dia 14, o Dia Mundial do Doador de Sangue. Além de ser extremamente necessário para a realização de cirurgias e entre outras situações, a doação de sangue também é importante para os pacientes oncológicos. O tratamento de um câncer não é fácil. A pessoa doente pode passar por diversos procedimentos, como: operação, quimioterapia, radioterapia ou transplante de medula óssea. Em muitos casos, é necessário combinar mais de uma modalidade para garantir a cura e as transfusões de sangue podem ser aliadas na melhora do quadro clínico de quem está em recuperação.
O médico
oncologista do Instituto de Câncer de Brasília (ICB), Caio Neves, afirma que
alguns tratamentos mais específicos prejudicam a reprodução celular ou
ocasionam uma grande perda de sangue. “Cirurgias para remoção do tumor ou
reconstrução de órgãos, tratamento de leucemia e a quimioterapia são algumas
das situações onde pode ser de extrema importância a transfusão", comenta.
"Na leucemia, por exemplo, existe um bloqueio na fabricação das células e
mesmo após o transplante de medula, até que o organismo retome a produção
natural, esse auxílio é fundamental para garantir a saúde".
Doação de
plaquetas
As plaquetas são
um dos principais componentes do sangue. Elas são responsáveis pelo processo de
coagulação sanguínea. Dessa forma, a doação de plaquetas beneficia muitos
pacientes, principalmente os que estão em tratamento de leucemia e que passaram
pelo transplante de medula óssea. Pessoas que apresentam uma contagem baixa
desse hemocomponente podem apresentar hematomas e desenvolver sangramentos,
além de atrasar ciclos do tratamento com quimioterapia.
A aférese, nome
do procedimento, é simples. O sangue é retirado da veia de um dos braços, assim
como na doação convencional, e passa por equipamento que retém parte das
plaquetas e que ‘devolve’ para o doador todos os outros elementos. “O processo
é tranquilo e indolor. A maior diferença é que ele leva um pouco mais de tempo
do que a doação normal, é preciso pesar mais de 65kg e mulheres que já foram
gestantes não estão aptas”, ressalta Caio.
Doe sangue
A doação de
sangue é um compromisso social e que salva vidas. Pessoas entre 16 e 69 anos,
que estejam em boas condições de saúde e que pesem mais de 50 kg podem doar. No
dia agendado é realizada uma triagem clínica para checar se está apto naquele
momento. Resfriado, anemia, gravidez, tatuagem há menos de um ano e outros são
alguns dos impeditivos. O médico do ICB reforça a importância da iniciativa. “A
doação de sangue faz toda a diferença no tratamento e na recuperação de
pessoas, mas principalmente nas que estão em tratamento oncológico. Essa ação
de solidariedade pode aumentar o tempo de vida de diversos pacientes”,
finaliza.
Instituto de Câncer de Brasília (ICB) se tornou referência no
setor de saúde da Capital Federal.
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