Especialista da Criogênesis explica como material é capaz de reduzir o uso de insulina e melhorar a qualidade de vida dos pacientes
Em 26 de junho é celebrado o Dia Nacional do
Diabetes, data criada pelo Ministério da Saúde (MS) e Organização Mundial da Saúde
(OMS). A iniciativa visa conscientizar a população acerca dos riscos, prevenção
e tratamento adequado para a síndrome metabólica de origem múltipla, decorrente
da falta ou incapacidade da insulina de exercer adequadamente seus efeitos.
De acordo com Nelson Tatsui, Diretor-Técnico
do Grupo Criogênesis e Hematologista do HC-FMUSP, a enfermidade é um distúrbio autoimune em que há a
destruição das células produtoras de insulina pelos anticorpos gerados pelo
próprio organismo contra o pâncreas. “Há um excesso de glicose no sangue
e, consequentemente, um quadro de hiperglicemia. Seus sintomas mais recorrentes
são: cansaço, alterações na visão, aumento do apetite, sensação de sede de
forma exagerada e vontade frequente de urinar”, explica.
Dados do Ministério da Saúde estimam que, no
Brasil, aproximadamente 17 milhões de pessoas vivam com diabetes -- número que
pode ser maior, se considerados os não diagnosticados. Nelson explica que,
apesar de ser uma doença controlável, não existe cura para a condição, principalmente
para o Tipo 1, que é considerado o mais grave. “O acúmulo permanente de glicose
na corrente sanguínea causa uma série de danos. Entre as complicações,
destacam-se lesões e placas nos vasos sanguíneos, falência renal, risco de
infartos e AVCs e amputações decorrente de feridas não perceptíveis na pele e
que podem evoluir para a morte do tecido dérmico”, alerta.
O hematologista explica que nos últimos anos
diversas pesquisas revelaram que os tratamentos à base de células-tronco são
promissores contra a patologia. “Durante os estudos o material foi transformado
em produtor de insulina ou diminuiu a destruição das células do pâncreas. Dessa
forma, os pacientes necessitaram de menores índices de glicose, proporcionando
uma maior qualidade de vida”, relata.
O diretor explica que, por serem potencialmente
aptas a regenerar tecidos do corpo humano, as células-tronco presentes no
sangue e tecido do cordão umbilical são responsáveis pela manutenção funcional
do organismo, por meio da substituição das células que vão morrendo ou perdendo
sua função. “É justamente por causa dessa capacidade de regeneração que as elas
podem ser utilizadas no tratamento de diversas doenças”, comenta.
Por fim, o médico ressalta que nos últimos anos diversos tipos de terapias, baseadas na utilização de células-tronco, vêm sendo propostas para o tratamento de várias doenças degenerativas. “Elas apresentam a capacidade de formar qualquer tecido do corpo e é pesquisado no mundo todo o seu potencial para o tratamento de diversas enfermidades graves, como câncer, lesões de medula espinhal, demências e doenças autoimunes e genéticas”, finaliza.
Criogênesis
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