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sábado, 25 de junho de 2022

Dia Nacional do Diabetes: células-tronco encontradas no sangue e tecido do cordão umbilical podem beneficiar cerca de 17 milhões de diabéticos no Brasil

 

Especialista da Criogênesis explica como material é capaz de reduzir o uso de insulina e melhorar a qualidade de vida dos pacientes

 

Em 26 de junho é celebrado o Dia Nacional do Diabetes, data criada pelo Ministério da Saúde (MS) e Organização Mundial da Saúde (OMS). A iniciativa visa conscientizar a população acerca dos riscos, prevenção e tratamento adequado para a síndrome metabólica de origem múltipla, decorrente da falta ou incapacidade da insulina de exercer adequadamente seus efeitos. 

De acordo com Nelson Tatsui, Diretor-Técnico do Grupo Criogênesis e Hematologista do HC-FMUSP, a enfermidade é um distúrbio autoimune em que há a destruição das células produtoras de insulina pelos anticorpos gerados pelo próprio organismo contra o pâncreas. “Há um excesso de glicose no sangue e, consequentemente, um quadro de hiperglicemia. Seus sintomas mais recorrentes são: cansaço, alterações na visão, aumento do apetite, sensação de sede de forma exagerada e vontade frequente de urinar”, explica. 

Dados do Ministério da Saúde estimam que, no Brasil, aproximadamente 17 milhões de pessoas vivam com diabetes -- número que pode ser maior, se considerados os não diagnosticados. Nelson explica que, apesar de ser uma doença controlável, não existe cura para a condição, principalmente para o Tipo 1, que é considerado o mais grave. “O acúmulo permanente de glicose na corrente sanguínea causa uma série de danos. Entre as complicações, destacam-se lesões e placas nos vasos sanguíneos, falência renal, risco de infartos e AVCs e amputações decorrente de feridas não perceptíveis na pele e que podem evoluir para a morte do tecido dérmico”, alerta. 

O hematologista explica que nos últimos anos diversas pesquisas revelaram que os tratamentos à base de células-tronco são promissores contra a patologia. “Durante os estudos o material foi transformado em produtor de insulina ou diminuiu a destruição das células do pâncreas. Dessa forma, os pacientes necessitaram de menores índices de glicose, proporcionando uma maior qualidade de vida”, relata. 

O diretor explica que, por serem potencialmente aptas a regenerar tecidos do corpo humano, as células-tronco presentes no sangue e tecido do cordão umbilical são responsáveis pela manutenção funcional do organismo, por meio da substituição das células que vão morrendo ou perdendo sua função. “É justamente por causa dessa capacidade de regeneração que as elas podem ser utilizadas no tratamento de diversas doenças”, comenta. 

Por fim, o médico ressalta que nos últimos anos diversos tipos de terapias, baseadas na utilização de células-tronco, vêm sendo propostas para o tratamento de várias doenças degenerativas. “Elas apresentam a capacidade de formar qualquer tecido do corpo e é pesquisado no mundo todo o seu potencial para o tratamento de diversas enfermidades graves, como câncer, lesões de medula espinhal, demências e doenças autoimunes e genéticas”, finaliza.


  
Criogênesis


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