A análise mostra
onde está a falha imunológica fazendo possível corrigir o problema, evitando
que o paciente volte a ter novas crises, que geram altos custos e, principalmente, prejuízo à qualidade de
vida.
Apesar dos dias mais frios e com poucas aberturas de sol, o inverno ainda não chegou. E é exatamente no inverno que muitas pessoas sofrem com severos e frequentes episódios de asma.
A asma é tratada como doença crônica que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), atinge cerca de 150 milhões de pessoas no mundo todo, e 180 mil morrem por ano. No Brasil, estima-se que 7% a 15% da população adulta sofrem com o problema, que também atinge 20% das crianças. Por se tratar de uma doença inflamatória dos pulmões, os sintomas são provocados pela inflamação das vias aéreas e obstrução da passagem do ar, devido ao inchaço das paredes do brônquio e pela produção excessiva de muco.
De acordo com o especialista em alergia e imunologia, Dr. Javier Carbajal, essa inflamação recorrente poderia ser evitada se os pacientes passassem por uma avaliação imunológica e fizessem uso de um tratamento adequado.
“Atualmente, o diagnóstico da asma é feito por meio da análise das condições clínicas e funcionais do paciente, entre elas, a tosse crônica, falta de ar e desconforto torácico. E o tratamento é realizado somente focando no controle desses sintomas, fazendo uso de inaladores à base de corticosteroides, associados com broncodilatadores de longa ação. Dificilmente se pensa em fazer uma análise do sistema imunológico do paciente para saber onde está a falha imunológica que leva à inflamação para então procurar corrigi-la”, diz o especialista.
Como não se ataca a causa, mas somente os sintomas, o paciente melhora por um tempo e depois volta a ter novas crises, gerando altos custos com internações, idas ao pronto-socorro, faltas ao trabalho e principalmente, prejuízo à qualidade de vida.
“Com uma avaliação do sistema imunológico é possível, em muitos casos, descobrir erros no sistema imune que condicionam a inflamação e, a partir daí, fazer um tratamento mais específico; para o qual atualmente contamos com o uso de medicamentos biológicos (anticorpos monoclonais). Os anticorpos monoclonais bloqueiam pontos chaves da ativação da inflamação.
Atualmente, é possível determinar qual é o
mecanismo inflamatório alterado, que pode ser diferente entre um paciente e
outro, para então escolher o medicamento ideal para cada paciente”, finaliza o Dr. Javier Carbajal.
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