Na última semana, por exemplo, a França anunciou que vai proibir as viagens não essenciais para o Reino Unido por conta da nova variante
Passada
a fase mais crítica da pandemia de Covid-19, as portas do mundo estavam
reabrindo quando, de forma súbita, a variante Ômicron virou notícia em
novembro. Em uma tentativa de reverter as decisões de diversos governos que
optaram por restringir ou interromper a retomada das viagens, a Iata
(Associação Internacional de Transportes Aéreos) veio a público para destacar
uma recomendação da OMS (Organização Mundial de Saúde). Segundo o texto, “a
proibição geral das viagens não impedirá a disseminação internacional e
representa um fardo aos meios de subsistência do setor”.
Na
última semana, por exemplo, a França anunciou que vai proibir as viagens não
essenciais para o Reino Unido por conta da nova variante. Leonardo Bastos, CEO
da Kennedy Viagens, empresa que atua com viagens corporativas, destaca que a
decisão do governo francês representa um golpe contra as viagens de negócios
entre os dois países e para o segmento de viagens corporativas como um todo.
Bastos
analisa de forma positiva a recomendação, por parte da Iata, de que os governos
suspendam as restrições de viagens decorrentes do surgimento da Ômicron. “É
preciso considerar que a grande maioria da população está vacinada e, como diz
a OMS, decisões, como a da França, de restringir as viagens gera impactos
negativos para a indústria e só desacelera a retomada da indústria do
turismo”.
Com
efeito, o impacto econômico do setor em 2020, primeiro ano da pandemia, gerou
uma baixa de US$ 94 bilhões (R$ 533,81 bilhões) apenas no PIB (Produto Interno
Bruto) da América Latina e Caribe, de acordo com indicativos da Iata.
“No
Brasil, o setor sofreu um prejuízo de R$ 453 bilhões em atividades turísticas
desde março do ano passado até outubro deste ano”, destaca o empresário,
citando dados da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo).
Como
ficam as viagens corporativas?
O
CEO da Kennedy Viagens afirma que o surgimento da nova variante e as novas
restrições já têm impactado as viagens empresariais ao exterior.
“Desde março de 2020, as viagens internacionais não se recuperaram e, com essa nova incerteza, a tendência é de queda. Já as viagens nacionais, em nossa análise, ultrapassaram o período pré-pandemia, razão pela qual acreditamos que essa variante não terá impacto de curto prazo para as viagens domésticas”, afirma.
Na
visão de Bastos, para as viagens corporativas – neste contexto de pandemia, com
o avanço da vacinação e o surgimento de novas variantes -, torna-se importante
a adoção de programas de monitoramento para facilitar a identificação do
colaborador e de planos de duty of care.
“Por
mais que a viagem seja programada e bem planejada, existem imprevistos que
podem ocorrer durante o percurso”, afirma. “Dessa forma, caso o viajante tenha
qualquer problema, a empresa consegue ajudá-lo, abrindo um plano de risco para
resolver a situação. Com cuidados básicos, acreditamos que o segmento de
viagens corporativas pode – e deve – retomar”, conclui.
Leonardo
Bastos - CEO na Kennedy Viagens
Corporativas
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