Médica clínica e nutróloga do Vera Cruz
Hospital, Gisele Figueiredo Ramos, dá dicas preciosas para se evitar e tratar
as patologias típicas da época
Verão, crianças em férias escolares.
Para animar e entreter os filhos, muitos pais planejam passeios ao ar livre,
viagens e muitas atividades. A estação é a mais
quente do ano, regada a frequentes chuvas e mudanças na temperatura, o que pode
fragilizar o organismo e deixá-lo mais vulnerável para algumas patologias.
Para que a diversão não termine mais
cedo, a médica clínica e nutróloga do Vera
Cruz Hospital, Gisele Figueiredo Ramos, alerta a população para algumas doenças
comuns nessa época. “Atendemos pacientes com quadros de intoxicação alimentar,
desidratação e até queimaduras do sol. No Vera Cruz Hospital, temos a melhor
estrutura de atendimento, com exames e profissionais altamente capacitados para
um diagnóstico mais preciso e que resulta em um tratamento mais efetivo”,
destaca.
Entre as doenças mais recorrentes no
verão está a intoxicação alimentar, que atinge cerca de 600 milhões de pessoas
no mundo todos os anos, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas). Seus
principais sintomas são vômitos, diarreia, náuseas, dor abdominal e cólicas, e
podem surgir horas após a ingestão de um alimento contaminado. “As temperaturas
elevadas desta época do ano dificultam a conservação dos alimentos e facilitam
a proliferação de bactérias. É recomendado beber água potável e evitar
alimentos crus, mal cozidos ou em conserva, como palmito e molhos a base de
maionese”, exemplifica.
A desidratação também aparece
frequentemente nos prontos-socorros. Os sintomas são aumento da sede, fraqueza,
hipotensão arterial, cansaço e sonolência, tudo devido à baixa concentração de água
e sais minerais no corpo. E os dados do DATASUS fazem um alerta: no primeiro
trimestre do ano, cerca de 30% das internações na rede pública de saúde de SP
são de pessoas com esse quadro. Segundo Gisele,
os casos acontecem principalmente em crianças e idosos. “No verão,
ocorre aumento dos casos de diarreia, que são gastroenterocolites virais e que
podem levar aos quadros de desidratação. Priorize uma alimentação mais leve e
hidratação com água de coco ou sais de reidratação oral”, pontua.
A queimadura de pele também está na
lista, e seu descuido a longo prazo pode levar ao desenvolvimento do câncer de pele, que representa 33% dos novos
diagnósticos de câncer registrados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) a
cada ano no Brasil. No primeiro momento, o excesso de exposição solar
pode causar quadros graves de queimaduras com lesões avermelhadas e até bolhas.
Dor, ardência, sensação de queimação, coceira, descamação, náuseas, vômitos e
vertigem também podem estar presentes. “As queimaduras de sol acontecem de uma
a seis horas após a exposição aos raios ultravioleta (UVA e UVB) e atingem o
ponto máximo em 24 horas. A recomendação é evitar os horários de sol mais forte
(entre 10h e 16h), sempre usar protetor solar com fator de proteção maior ou
igual a 30, chapéu ou boné, guarda-sóis e beber muito líquido”.
Em quarto lugar vem as micoses,
oriundas da proliferação dos fungos devido à combinação de calor e umidade. A
doença se manifesta em forma de manchas brancas que podem provocar coceiras e
afetar o couro cabeludo. Para a médica, medidas simples podem evitar o
surgimento da doença. “Secar bem as dobras do corpo após o banho, se necessário
com secador frio (principalmente virilhas, axilas, espaços entre os dedos), não
usar roupas úmidas em contato com a pele por muito tempo, usar chinelos em
saunas, academias, vestiários e chuveiros públicos, não compartilhar objetos
pessoais, evitar uso de sapatos fechados por muito tempo e uso do mesmo sapato
por dias seguidos, além de cobrir espreguiçadeiras e bancadas de sauna com
toalhas ou canga”, diz.
Há duas doenças que estão ligadas aos
banhos de mar ou piscina. A primeira é a Otite, cujos casos dobram no verão. A
inflamação acomete principalmente o conduto auditivo externo e apresenta dor,
coceira e a sensação de ouvido tampado. O tratamento é feito com
antibioticoterapia tópica em gotas e analgesia, e, durante o tratamento, banhos
de mar ou piscina devem ser evitados.
Além da piscina, exposição prolongada
ao sol, sauna, ar condicionado, exposição a aglomerações de pessoas e poeira
são alguns fatores que predispõem à conjuntivite. A transmissão acontece pelo
contato direto entre as pessoas, ou indiretamente, por meio de objetos
contaminados. Os sinais são olhos vermelhos, lacrimejamento, secreção, coceira,
sensação de areia nos olhos e pálpebras inchadas e grudadas ao acordar. “Ao se
iniciarem os sintomas, lave os olhos com água filtrada ou soro fisiológico,
troque as fronhas e as toalhas de rosto todos os dias, lave as mãos antes e
depois de tocar os olhos. Também é importante procurar atendimento médico para
avaliação”, orienta a especialista.
Vera
Cruz Hospital
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