Doença estigmatizada ainda é cercada por mitos, mas tem tratamento e cura
Ao longo dos tempos, a hanseníase foi
cercada por mitos e preconceitos. Neste ano, para a campanha comemorada no dia
30, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu o tema “Precisamos falar
sobre Hanseníase”, devido a necessidade de informação sobre a doença. O
objetivo é o de reduzir a detecção de novos casos, abordar incapacidades
físicas - especialmente entre crianças -, e combater o estigma e discriminação
em países endêmicos.
Hoje, graças ao avanço da ciência, a
enfermidade tem cura. Para o coordenador e especialista no curso de Enfermagem
da Faculdade Anhanguera, Wilder Moggi, é importante saber sobre o modo de
reconhecê-la, além dos procedimentos que podem ser adotados para a recuperação.
“Embora o contágio se dê pelas vias respiratórias, a hanseníase evolui de forma
lenta no organismo. Por esse motivo, torna-se uma doença crônica, no qual é
possível observar lesões na pele e mucosas, atrofia de mãos e pés e uma
acentuada diminuição na força muscular”, explica o docente.
Quando o médico bacteriologista
norueguês Gerhard Hansen descobriu o bacilo Mycobacterium Leprae, a bactéria
passou a ser conhecida como hanseníase, o que causou a exclusão do convívio
social de pessoas contaminadas que eram levadas para confinamento em colônias.
A molécula se reproduz lentamente e o período médio de incubação e aparecimento
dos sinais levam em torno de cinco anos, de acordo com informações da
Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
Reconhecimento e tratamento
da doença
De acordo com Moggi, a detecção e o
tratamento precoces são essenciais para que o paciente evolua sem sequelas e
para diminuir a chance de transmissão para outras pessoas, em especial aquelas
com quem convive regularmente. “Um dos sinais e sintomas são: manchas
avermelhadas, nodulações ou caroços, ressecamento dos olhos, câimbra,
formigamento e perda de sensibilidade e diminuição da força muscular. Quando os
casos não são tratados no início dos primeiros indícios, a doença pode causar
sequelas progressivas e permanentes.”, ressalta.
No mês de conscientização, um dos
grandes desafios é informar que o tratamento ocorre de forma simples e
gratuita, com a integração de serviços de saúde para seu combate. “É
fundamental o diagnóstico em estágio inicial para começar a terapia com
antibióticos, que pode ser realizada sem custos em postos de saúde da região do
portador, durante seis meses. Assim, é possível interromper a cadeia de
transmissão e impedir complicações e incapacidades do enfermo”, explica o
especialista.
Anhanguera
https://www.anhanguera.com/ e https://blog.anhanguera.com/category/noticias/
Kroton
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