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segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

Janeiro Roxo alerta para conscientização sobre a hanseníase

Doença estigmatizada ainda é cercada por mitos, mas tem tratamento e cura

 

Ao longo dos tempos, a hanseníase foi cercada por mitos e preconceitos. Neste ano, para a campanha comemorada no dia 30, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu o tema “Precisamos falar sobre Hanseníase”, devido a necessidade de informação sobre a doença. O objetivo é o de reduzir a detecção de novos casos, abordar incapacidades físicas - especialmente entre crianças -, e combater o estigma e discriminação em países endêmicos. 

Hoje, graças ao avanço da ciência, a enfermidade tem cura. Para o coordenador e especialista no curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, Wilder Moggi, é importante saber sobre o modo de reconhecê-la, além dos procedimentos que podem ser adotados para a recuperação. “Embora o contágio se dê pelas vias respiratórias, a hanseníase evolui de forma lenta no organismo. Por esse motivo, torna-se uma doença crônica, no qual é possível observar lesões na pele e mucosas, atrofia de mãos e pés e uma acentuada diminuição na força muscular”, explica o docente. 

Quando o médico bacteriologista norueguês Gerhard Hansen descobriu o bacilo Mycobacterium Leprae, a bactéria passou a ser conhecida como hanseníase, o que causou a exclusão do convívio social de pessoas contaminadas que eram levadas para confinamento em colônias. A molécula se reproduz lentamente e o período médio de incubação e aparecimento dos sinais levam em torno de cinco anos, de acordo com informações da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). 

 

Reconhecimento e tratamento da doença 

De acordo com Moggi, a detecção e o tratamento precoces são essenciais para que o paciente evolua sem sequelas e para diminuir a chance de transmissão para outras pessoas, em especial aquelas com quem convive regularmente. “Um dos sinais e sintomas são: manchas avermelhadas, nodulações ou caroços, ressecamento dos olhos, câimbra, formigamento e perda de sensibilidade e diminuição da força muscular. Quando os casos não são tratados no início dos primeiros indícios, a doença pode causar sequelas progressivas e permanentes.”, ressalta. 

No mês de conscientização, um dos grandes desafios é informar que o tratamento ocorre de forma simples e gratuita, com a integração de serviços de saúde para seu combate. “É fundamental o diagnóstico em estágio inicial para começar a terapia com antibióticos, que pode ser realizada sem custos em postos de saúde da região do portador, durante seis meses. Assim, é possível interromper a cadeia de transmissão e impedir complicações e incapacidades do enfermo”, explica o especialista.

 


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