Exportação de carne suína foi uma das soluções encontradas pelas indústrias para manter os rendimentos Créditos: José Fernando Ogura/ AEN |
Com
perda de 30% do mercado interno, empresa paranaense buscou alternativas com
exportação
A pandemia da Covid-19 trouxe para o
setor alimentício, o desafio da realocação de vendas e destino de produtos. Com
uma alta de 40,4%, a exportação de carne suína foi uma das soluções encontradas
pelas indústrias para manter os rendimentos. Foram 853,4 mil toneladas que
seguiram rumo a outros países, de acordo com levantamentos feitos pela
Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Na Alegra, indústria de alimentos
derivados da carne suína, a estratégia não foi diferente. De acordo com o
superintendente Matthias Rainer Tigges, a empresa buscou essa alternativa para
suprir a queda de mercado interno. “Em abril, nós perdemos 30% do mercado
interno, nacional. Para reorganizar, direcionamos mais volume para a exportação
e, ao fim do mês, ficamos somente 7% abaixo do total de faturamento”,
explica.
Dentre os países que compram mercadoria
da indústria paranaense, Hong Kong, Singapura e Vietnã estão entre os cinco
maiores compradores do Brasil, de acordo com a ABPA. Até o momento, em 2020, os
países foram responsáveis pela importação 143,1 mil toneladas (Hong Kong), 45,5
mil toneladas (Singapura) e 36,9 mil toneladas (Vietnã) da carne suína
brasileira. “Os principais mercados compradores da Alegra, atualmente, são Hong
Kong, com 40% do volume de exportação, Vietnã, com 26%, e Singapura, com 17%.
Além deles, mais de 30 países estão na nossa lista de exportação, muitos deles
nos Emirados Árabes, África e América do Sul”, conta Matthias.
O estado do Paraná, ainda de acordo com
a Associação, figurou no terceiro lugar em volume de exportação de carne suína,
totalizando 117,4 mil toneladas nos 10 primeiros meses de 2020. Os primeiros
postos ficaram com o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Para Matthias, a
indústria paranaense ainda tem desafios a serem superados para subir no
ranking. “Um dos desafios da exportação de carne suína do Paraná é a
certificação internacional de estado livre de aftosa. O reconhecimento global
da erradicação da aftosa no nosso estado abriria portas para a exportação para
outros continentes e aumentaria as possibilidades de crescimento das indústrias
paranaenses.
Atualmente, a Alegra conta com um volume
de produção de 9 mil toneladas e certificação para o abate de 3500 suínos por
dia. Ao todo, são 1660 colaboradores diretos, além de 118 cooperados, que
fornecem a matéria-prima para a produção da indústria.
Alegra
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