Oncologista e dermatologista do Hospital Santa Catarina - Paulista ressaltam a importância dos cuidados de prevenção e tratamento da doença
Mais de nove meses
após o primeiro registro de covid-19 no Brasil, a pandemia do novo coronavírus
levou à queda do número de diagnósticos dos tumores da pele. De acordo com o
SUS (Sistema Único de Saúde), houve redução de quase metade da procura por
exames relacionados à doença. Até setembro de 2020, foram 110 mil procedimentos
contra 210 mil nos nove primeiros meses de 2019.
Com o aumento de
casos do novo coronavírus, os hospitais registraram, de forma geral, uma queda
acentuada nos atendimentos oncológicos, o que traz preocupações para o
diagnóstico e continuidade do tratamento dos pacientes, principalmente com a
chegada do verão brasileiro. Para reverter esse cenário, o Hospital Santa
Catarina - Paulista adotou desde o início da pandemia novos fluxos de
atendimento, com distanciamento, telemedicina e medicação por drive-thru,
reforçando as medidas de segurança para pacientes.
De acordo com o
oncologista do Hospital Santa Catarina, Dr. Antonio Cavaleiro de Macedo, é
importante que as pessoas se conscientizem da necessidade de prevenção do
câncer de pele, pois cerca de 90% dos casos identificados em fase inicial são
curáveis. Entre os fatores de risco estão o histórico familiar, idade acima de
50 anos, ter pele e olhos claros, ser albino, ter vitiligo, ter histórico da
doença na família, fazer tratamento com medicamentos imunossupressores e a
exposição exagerada à radiação solar.
Segundo dados do INCA
(Instituto Nacional de Câncer), a cada ano surgem mais de 185 mil novos casos
de câncer da pele no Brasil - o tumor de maior incidência no País. A
recomendação do especialista é ficar em alerta com a presença de sardas,
ferimentos que não cicatrizam com facilidade, pintas, sinais e verrugas que
mudam de tamanho e cor, assim como lesões avermelhadas. Estes sinais são um
indicativo para procurar um médico.
A Organização Mundial
da Saúde (OMS) aponta que aproximadamente 55 mil pessoas morrem em decorrência
do melanoma todos os anos. "Não esqueça o protetor solar - faça chuva ou
faça sol, usar protetor solar é indispensável para qualquer pessoa. Até em dias
mais nublados e chuvosos, a radiação solar não desaparece, e isso basta para
que os raios ultravioletas atinjam a pele, causando danos. O uso de chapéus, de
óculos de sol com proteção UV e de roupas que cubram boa parte do corpo, também
é recomendado", aconselha a dermatologista do Hospital Santa Catarina,
Dra. Carolina Barbosa Penna.
Os especialistas do
HSC ressaltam que não existe uma forma única de prevenir o câncer, mas para
evitar riscos para a saúde, é recomendado evitar a exposição prolongada ao sol
nos horários mais quentes do dia - entre as 10h e 16h -, hidratar o corpo, ter uma
alimentação saudável e, sobretudo, usar protetor solar.
Hospital Santa
Catarina
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