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quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Covid-19 deixa legado para mudanças de hábitos de obesos, hipertensos, diabéticos e cardíacos

O novo Coronavírus transforma a realidade de pacientes com comorbidades pré-existentes e muda hábitos após a doença


Pacientes diabéticos, hipertensos, obesos ou com doenças cardiovasculares estão na lista dos que sofrem mais riscos de mortalidade quando acometidos pela Covid-19. Especialistas do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (HSPE) afirmam que após a alta do tratamento no novo Coronavírus, os pacientes com essas comorbidades passaram a relatar mudança de rotina e hábitos alimentares com foco na melhora de qualidade de vida.

No HSPE, os pacientes internados com diagnóstico de Covid-19 apresentam uma ou mais comorbidades, segundo o departamento de Moléstias Infecciosas (MI). "A pandemia do novo Coronavírus tem transformado a vida das pessoas e a maneira como eles passaram a se cuidar", afirma o Dr. Evandro Portes, endocrinologista do HSPE.

Imagem: Freepik


De acordo com o especialista do HSPE, pacientes obesos e portadores de Diabetes Mellitus, com quadro clínico descompensado, evoluem pior quando infectados pela Covid-19. Uma das explicações se dá pelo processo inflamatório crônico característico destas doenças. O paciente acaba perdendo a capacidade imune quando agredido pelos agentes infecciosos que afetam a imunidade, causando a disfunção de órgãos como rins e coração. Por este motivo são considerados grupo de risco.

Mudar hábitos alimentares e praticar exercícios físicos é necessário em qualquer situação, com ou sem a pandemia. Pacientes que já sofrem com determinadas doenças crônicas são o grupo que mais preocupa os especialistas, pois com o isolamento social podem relaxar os cuidados e não manter a medicação em dia.

"Parte dos pacientes mais bem orientados sabem que as comorbidades aumentam o risco para uma evolução da Covid-19. O tratamento e acompanhamento da Hipertensão Arterial (HA), o controle da Insuficiência Cardíaca (IC) depois de um Infarto do Miocárdio (IM) é fundamental. Além disso, uma dieta adequada para a redução da obesidade, a medicação e o monitoramento das taxas de diabetes diminui os riscos de complicações quando contaminados pelo novo Coronavírus. Infelizmente, uma parcela significativa da população não sabe que é hipertenso, diabético ou que sofre de Insuficiência Cardíaca", destacou o Dr. Ney Valente, cardiologista do HSPE.

"O novo Coronavírus está deixando um legado histórico na vida das pessoas com doenças crônicas. Readaptar e mudar a rotina pela saúde e qualidade de vida se tornou prioridade. Os pacientes do grupo de risco que se recuperaram da Covid-19 trazem consigo diversas sequelas do período de internação e estão fazendo novas escolhas para o futuro", afirma a Dra. Andrea Almeida, infectologista e coordenadora do Comitê Covid-19 do HSPE.

Para o Dr. Ney Valente, durante e após o tratamento da Covid-19, o paciente deve seguir com a medicação e dieta apropriada (baixa quantidade de sal nos alimentos) para controlar a pressão arterial. Já os obesos, quando contaminados pelo novo Coronavírus, sofrerão mais dificuldades respiratórias, devido o espessamento da parede torácica, com consequente piora da sua expansibilidade e agravamento da respiração. Por esse motivo, pessoas com altos Índices de Massa Muscular Corpórea (IMMC) precisam manter o controle do peso com a prática regular de exercícios físicos, além de dieta saudável, com baixa ingestão de gordura e aumento do consumo de verduras e legumes.

Para diabéticos, orientam-se dietas, medicação regular e o controle frequente da taxa de glicemia. Para todos os casos é necessário manter o acompanhamento médico regular.

 


Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo (Iamspe)


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