Confesso que, já tem um bom tempo, que não acredito em democracia. E não vejo sentido nesse sistema fora do âmbito imaginário ou filosófico, em que muitas vezes tenta controlar as grandes massas com a ilusão de um falso poder. Pessoalmente, creio que a democracia tem mais fundamento filosófico do que prático, seja no Brasil ou em qualquer lugar do mundo. Supostamente, o poder é transferido do povo para uma pessoa e, se necessário, o poder também é devolvido ao povo, mas na prática, não é isso que ocorre.
Vamos pegar como exemplo os Estados Unidos, e as políticas
que estão sendo adotadas em relação à China. É importante citar que no processo
de eleição, as decisões com relação ao comércio exterior podem ser barradas e
outras situações sejam impostas, mas no momento, existe um certo movimento para
evitar que o país seja a grande potência que pode dominar o mundo. Atualmente,
muitas pessoas estão preocupadas em relação ao país devido a pandemia do
coronavírus, mas penso que a pirotecnia em torno desse problema é maior do que
ele realmente representa.
Atualmente, a China é um dos países com o maior
número de habitantes no mundo e eles sofrem com o problema de excesso
populacional, que promove uma série de desafios internos, como a falta de
insumos para a sobrevivência. No entanto, o comunismo dá para a população, que
é base da pirâmide, o mínimo do suporte necessário com o intuito de manter esse
regime, seja por meio do medo, respeito ou fome e dessa forma existe a
transferência de poder do povo.
Quem conhece o país sabe que as áreas
metropolitanas são realmente muito abastadas e belíssimas, mas bastam alguns
quilômetros para fora dessas regiões e é possível ver a miséria. Algo
interessante de pontuar sobre a situação é que os chineses não comem morcegos
por serem uma iguaria, um alimento rico em proteína ou gordura, mas sim porque
não há o que comer. Embora seja algo cultural, o motivo sempre foi o mesmo: a
necessidade.
Por conta desse problema, a China vem enfrentando
uma crise com a falta de alimentos frente a uma enorme população e, como
“solução”, estão enviando frotas de navios para realizar pesca em áreas
internacionais. Algo parecido com o que eles já fazem com a construção de uma
ilha utilizada para fins militares, embora tenham afirmado que fosse para uso
civil. Nesse local eventualmente há ameaças a países próximos e até mesmo
testes com lança-foguetes, com o objetivo de reagrupar outras ilhas, e aumentar
o espaço territorial do país. Como resultado, outros lugares perdem a
possibilidade de pesca na região e acabam sofrendo com a falta desse insumo.
Um dos primeiros países a contrariar esse sistema
de pesca predatória foi o Japão, que já colocou em posição suas frotas para a
defesa da costa. No entanto, os navios chineses passam a se aproximar da
América Central e inclusive da Ilha de Galápagos, um dos maiores patrimônios
naturais do mundo, com grande variedade de vida marinha e também de animais
terrestres.
Todos esses fatores geram algumas teorias que,
querendo ou não, tem fundamento. Uma delas é que o coronavírus teria sido
criado em laboratório com o objetivo simples de realizar o controle
populacional, mas acabou vazando e impactando outros países, e por esse motivo
não existiu divulgação aberta sobre os números reais da doença no país. Algo
interessante é que no primeiro trimestre de 2020, com o mundo em estado caótico
e procurando métodos para evitar o contágio e as mortes, a China já estava
preparada com a manufatura de respiradores, máscaras e outros equipamentos de
proteção.
Por isso, é interessante pensar em qual vai ser o
cenário mais interessante no resultado das eleições americanas. Um governo
democrata que pode permitir que o problema se torne mais grave ou o republicano
que impõe um limite firme para a situação? Muitas pessoas acreditam que o único
país que pode impedir o crescimento da China são os Estados Unidos e, se a
questão for armamentista, realmente pode ser que sim. Mas os países que fazem
exportação de alimentos também podem causar um grande dano aos chineses, como é
o caso do Brasil.
Daniel Toledo - advogado especializado em direito
Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e fundador do
escritório Toledo e Advogados Associados. Ele também possui um canal no YouTube
com mais de 78 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados
com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente.
Toledo é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB São Paulo
e membro da Comissão de Direito Internacional da OAB santos.
http://www.toledoeassociados.com.br
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