O mundo não será mais o mesmo com a criação de possibilidades infinitas reunindo 5G, inteligência artificial (AI), internet das coisas (IoT), Blockchain e Big Data. O fortalecimento da conectividade é uma promessa de um futuro muito melhor para todos. Inúmeras possibilidades de negócios advêm do uso combinado dessas tecnologias emergentes. Podemos vislumbrar um futuro praticamente interligado por dados e tecnologias que se comunicarão buscando cada vez mais o compartilhamento da sociedade.
A plataforma mobile já é uma
das mais adotadas em todo o mundo, com aproximadamente nove bilhões de
conexões, entrando agora em uma nova era, a de experiências personalizadas.
O 5G deve ser um divisor de
águas, quebrando diversos paradigmas e atuando de forma a facilitar a
conectividade inteligente, proporcionando um acelerado desenvolvimento
tecnológico e viabilizando novos serviços digitais disruptivos. Esse novo
padrão de conectividade poderá proporcionar novas experiências, cada vez mais
personalizadas, promover interações inimagináveis e aumentar de forma
exponencial o desempenho e a qualidade de muitos serviços.
Nosso dia-a-dia já nos
apresenta inúmeros exemplos de como a IoT e outras tecnologias se fazem
presentes. Algumas soluções como pulseiras que medem nossa pressão,
temperatura, bem como relógios para avaliação de batimentos cardíacos fazem
parte desse novo cenário. O rastreamento de veículos, proporcionando a gestão
de frotas, coleiras smart para cuidar dos animais de estimação, ou até mesmo
aquelas aplicações mais complexas, que participam na automatização de fábricas,
melhorando consideravelmente os níveis de eficiência e segurança também são
soluções IoT que estão presentes em nosso cotidiano.
O 5G irá proporcionar uma
maior capacidade na utilização de sensores e dispositivos que poderão
disponibilizar consideráveis benefícios facilitando o nosso cotidiano. Os
veículos autônomos terão melhora de performance e aumento da segurança nas
operações envolvidas.
Já no varejo, o centro do
processo é a tecnologia, ampliando e impulsionando várias questões do segmento
com respostas imediatas, interligando com a Inteligência Artificial (IA),
direcionando os resultados do negócio, minerando os dados provenientes dos dispositivos,
demonstrando quais itens são mais comercializados, necessidades futuras,
integrando cada vez mais as aplicações de negócios, gerando valor.
Além disso, a IA está muito
longe de ver suas possibilidades esgotadas, podendo crescer e muito, nos mais
diferenciados setores. Segundo o Relatório de Tendências de Tecnologia do
Future Today Institute, “no máximo em três anos, 50% das pessoas que moram em
países desenvolvidos, vão interagir com as máquinas utilizando apenas a voz”.
A “limpeza” dos dados que
foram gerados, e como são aplicadas as regras de Machine Learning (ML) e IA, às
vezes negligenciado, são fatores importantíssimos para que sejam úteis e façam
a diferença nos negócios e no monitoramento e coleta dos dados.
Podemos considerar essa camada
de tecnologia como uma rede, por se compor de conexões e nós, em que é
necessário monitoramento intensivo para a geração e extração de dados. Esse
processo necessita de muita atenção, por tratar-se de uma produção considerável
de dados, precisa ser escalável, que depende de um complexo gerenciamento, para
que possa atender precisamente aos negócios.
Com tantos dados e
informações circulando, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é essencial em
nossos dias, dá proteção à informação, acentua a importância da ética na
correta utilização dos dados e no compartilhamento destes.
Outra tecnologia com
potencial é o Blockchain, auxilia na proteção das redes bancárias móveis e o 5G
garante que não haja sobrecarga nessas redes complexas. O Blockchain é usado
para facilitar um novo tipo de cidadania digital em alguns países e pode ser
utilizado como um índice universal de autoria e
edição de conteúdo. Os principais casos de uso dessa tecnologia têm evoluído no
campo de serviços financeiros.
Os pequenos e médios negócios
(PMEs) não podem ser deixados de lado nesse contexto, em sua maioria, não
possuem um grande DTI e muito menos dispõem de um time de especialistas. Esse
papel poderá ser assumido pelas operadoras, levando a conectividade para um
nível superior, graças aos dados gerados, proporcionando insights de negócios
com base nos padrões e diferentes comportamentos dos equipamentos conectados e
logicamente monitorados, agregando valor de negócios e servindo de apoio no
gerenciamento e o crescimento dessas organizações.
A chegada de tecnologias
exponenciais como IA, Blockchain, IoT, Big Data, entre outras tem exercido
pressão regulatória e tecnológica nas organizações, modificando toda a
arquitetura de negócios e criando modelos inovadores.
Na transformação digital tivemos
os consumidores cada vez mais conectados e ansiosos, exercendo pressão de fora
para dentro das organizações. Atualmente essa pressão ocorre, além dos
consumidores finais, vindo também dos colaboradores e é necessário que ocorra a
combinação dessas tecnologias, trazendo novos modelos de negócios, construindo
então, a geração de novas soluções.
Uma questão é tida como
certa, em levantamentos realizados recentemente, verifica-se que as empresas
que querem se manter competitivas na era digital deverão manter seus
investimentos em TI, pois há o entendimento que o presente momento é de
disrupção, o mercado exige organizações mais ágeis, com respostas rápidas,
eficientes, seguras e que saibam atender de forma personalizada seus clientes.
Armando Kolbe Junior -
mestre em Tecnologias e coordenador do curso de Gestão de Startups do Centro
Universitário Internacional Uninter.
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