Ação anual é mais uma oportunidade para informar pacientes e população sobre a doença, que é lembrada mundialmente no mês de outubro
.
A Sociedade
Brasileira de Dermatologia (SBD) começou mais uma campanha de conscientização
para a população. Neste mês de outubro, são divulgadas informações sobre a
psoríase, doença crônica inflamatória, não contagiosa e que tem tratamento,
apesar de ser recorrente. Coordenada pelo médico dermatologista Ricardo Romiti
a iniciativa tem como objetivo orientar e esclarecer as dúvidas da população.
Este ano, a campanha foi pensada para dar dicas, as #TopTipsemPsoríase, para
pacientes com a doença. A psoríase provoca alterações na pele, nas unhas, no
couro cabeludo e até nas articulações (artrite psoriásica).
"No Brasil, a prevalência da doença é de 1,3%, variando entre 0,9 a 1,1%
nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e 1,9% no Sul e Sudeste. Acomete
qualquer faixa etária, com maior incidência entre 30 e 40 anos e 50 e 70 anos,
sem distinção quanto ao gênero", afirma Sérgio Palma, presidente da
Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Os sintomas mais frequentes da psoríase são manchas vermelhas e descamativas
que persistem por semanas. No caso da artrite psoriásica são comuns as fortes
dores nas articulações. Como os sinais da psoríase na pele se parecem com os de
outras doenças, como alergias e micoses, a SBD orienta a busca por um médico
dermatologista para uma avaliação correta. Além disso, formas mais extensas e
graves de psoríase podem estar associadas a outras alterações sistêmicas do
organismo, como pressão alta e obesidade. "Ao notar os primeiros sintomas,
a recomendação é procurar um médico dermatologista para diagnóstico preciso e
prescrição dos tratamentos mais adequados. É importante evitar a automedicação
ou receitas caseiras com a intenção de eliminar lesões", explica Sérgio
Palma.
As causas da psoríase ainda são desconhecidas, mas sabe-se que envolvem
questões autoimunes e genéticas. Também já está confirmado que alguns fatores
externos podem causar o surgimento ou a piora das lesões, como o tempo frio, as
infecções e o estresse. O hábito de coçar ou de mexer nas lesões e os
banhos quentes e prolongados pioram o quadro, provocando, muitas vezes, até
ressecamento e coceiras da pele. Por isso, os bons aliados no tratamento diário
da psoríase são os cremes hidratantes sem perfume, shampoos neutros, banhos
curtos e mornos, alimentação saudável e banhos de sol por tempo limitado e sob
a orientação do dermatologista. Evitar o uso de sabonetes abrasivos ou
esfoliantes que ressecam a pele é um cuidado importante no dia a dia.
Quanto aos tratamentos disponíveis para controle da psoríase, eles são
prescritos levando em consideração o grau e o tipo da lesão. Para a psoríase
leve o tratamento engloba cremes, loções e shampoos. Já para lesões moderadas a
graves são indicados tratamentos sistêmicos que envolvem a fototerapia
(exposição a radiação ultravioleta UVA E UVB), medicamentos orais e, em casos
mais graves, as medicações injetáveis, os biológicos (ou imunobiológicos), que
foram incorporados recentemente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
"Apesar de não ter cura, atualmente dispomos de medidas bastante eficazes
para o controle dessa dermatose. Lembramos de que mesmo durante a pandemia de
Covid-19, os tratamentos da psoríase não devem ser adiados ou interrompidos, a
não ser que o paciente desenvolva sinais da infecção", afirma Ricardo
Romiti, coordenador da Campanha Nacional de Psoríase da Sociedade Brasileira de
Dermatologia (SBD).
Mesmo não sendo contagiosa, os pacientes com a doença sofrem muito preconceito
por causa das lesões aparentes na pele. O impacto da doença não fica restrito
ao corpo e também pode causar depressão, ansiedade e ganho de peso. "Um
acompanhamento multidisciplinar é importante para a melhora da qualidade de
vida do paciente", reforça Ricardo Romiti.
A ação deste ano conta com o apoio e patrocínio da AbbVie, Janssen e Novartis e
mais uma vez será integrada com as Regionais da SBD, buscando alcance em todo o
território nacional. E assim como nos anos anteriores, as atividades realizadas
serão divulgadas no site e redes sociais da SBD Nacional.
Não deixe de procurar um médico dermatologista para diagnóstico e tratamento no
site da SBD (www.sbd.org.br) ou nas unidades
do Sistema Único de Saúde (SUS). Mais informações em www.psoriasetemtratamento.com.br
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