Focado nas questões fiscais de curto prazo, o mercado financeiro está à espera de sinais mais firmes quanto ao cumprimento do teto de gastos, o que poderá estabilizar temporariamente os ânimos. A análise é de Rodrigo Octávio Marques de Almeida, CIO do Andbank Brasil.
“O gerenciamento da dívida pública continua
chamando a atenção, independentemente do teto de gastos. Essa dívida deixa a
economia frágil no longo prazo e há necessidade de que tudo dê certo no
exterior. No curto prazo, tranquiliza ouvir notícias de que o auxílio
emergencial não será prorrogado, mesmo sabendo que ele foi responsável pela
manutenção de boa parte do emprego e do nível de atividade”, aponta.
Ainda de acordo com o CIO, os efeitos do auxílio
emergencial na manutenção de postos de emprego e nível de atividade contribuem
com a estabilidade da curva de juros longa no curto prazo. “Entretanto, a curva
curta tende a sofrer estresse devido à rolagem da dívida pública, o que traz
incerteza quanto à taxa de inflação. Também não se sabe como vão se comportar o
IPC e o IGP, cujo gap está um tanto grande”, alerta.
Por fim, Rodrigo Almeida alerta que os mercados de
risco ainda deverão sofrer em razão do balanço de riscos para 2021, “tanto
interna quanto externamente”.
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