O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a Procuradoria da Fazenda Nacional (PGFN) e o Banco Central lançam, no dia 25 de agosto, o Sistema de Busca de Ativos do Poder Judiciário (Sisbajud), nova plataforma virtual para magistrados dos cinco ramos do Judiciário solicitarem o bloqueio on-line de ativos de devedores com dívidas reconhecidas pela Justiça. O cronograma de implantação inclui a migração dos dados do Bacenjud, que, desde os anos 2000, viabiliza essas operações de cobrança e a automatização do Sisbajud no Processo Judicial Eletrônico (PJe).
O novo
sistema que irá ao ar começou a ser desenvolvido no ano passado, a partir de um
convênio entre o CNJ, BC e PGFN para o aprimoramento do rastreamento de ativos
de devedores e penhora virtual de valores. O Bacenjud se transformou, ao longo
dos anos, em uma importante ferramenta tecnológica para magistrados
determinarem o rastreamento e o bloqueio de ativos de devedores com dívidas
reconhecidas pela Justiça.
A
importância da penhora on-line
é dada pelos números. Somente no ano passado, os bloqueios para o pagamento de
credores feitos pelo Bacenjud somaram R$ 55,9 bilhões, abrangendo cerca de 18
milhões de decisões judiciais. Do total bloqueado nas contas dos devedores, R$
31,2 bilhões se transformaram em depósitos judiciais para o pagamento a credores.
Cronograma
para preparação
De acordo
com os juízes auxiliares da Presidência do CNJ Dayse Starling e Adriano da
Silva, que integram a equipe de desenvolvimento do novo sistema, a substituição
do Bacenjud pelo Sisbajud será feita entre os dias 24 de agosto, com a
preparação dos dois sistemas para mudança, e 7 de setembro.
Após o
lançamento oficial pelo CNJ, Banco Central e PGFN no dia 25/8, terá
início a fase de transição, concedendo um prazo para os tribunais realizem as
adequações necessárias ao novo sistema, evitando descontinuar o rastreamento de
ativos e pedidos de bloqueio.
Feitas as
adaptações necessárias para que os tribunais tenham plenas condições de acesso
ao novo sistema, o Bacenjud será retirado de atividade, em 4 de setembro,
sexta-feira. Nos dias 5, 6 e 7 de setembro será feita a migração de dados entre
os dois sistemas de forma que a partir de 8 de setembro o Sisbajud passará a
operar de forma plena e com o Bacenjud inativo.
Maior
celeridade
Com a
substituição do Bacenjud pelo Sisbajud, os magistrados passarão a dispor de um
sistema tecnologicamente mais atualizado e com capacidade de resposta mais
célere e eficiente. Na atual fase dos aprimoramentos, o Sisbajud conterá com
dois módulos: um de afastamento de sigilo bancário e o outro para
requisição de informações sobre os devedores às instituições financeiras
e penhora on-line de ativos.
No módulo
da penhora on-line, os procedimentos de bloqueio de valores de devedores
permanecerão os mesmos aplicados ao Bacenjud. Da mesma forma como ocorre
atualmente com o Bacenjud, o Sisbajud foi estruturado para operar de forma
integrada com o Processo Judicial Eletrônico (PJe), plataforma eletrônica
patrocinada pelo CNJ para tramitação virtual de processos judiciais.
Além
disso, o Sisbajud foi idealizado para também ser acessado pelos tribunais que
não utilizam o PJe, por meio de interface web, bem como, para os tribunais que
assim desejarem, de integração via API (Application Programming Interface)
especialmente desenvolvida para essa finalidade.
Luciana Otoni
Agência CNJ de Notícias
Nenhum comentário:
Postar um comentário