A tecnologia como aliada no período de isolamento social traz o sexting (sexo virtual) como opção para manter o prazer - melhorar os relacionamentos - e evitar o contato físico
Desde o início da
quarentena, práticas e rotinas se estabeleceram para que pudéssemos nos adequar
ao “novo normal”, reinventando todos os pilares da vida, e, portanto, na vida
sexual não seria diferente. Num período em que o principal cuidado é manter o
distanciamento, inclusive os contatos físicos, a sexóloga Carla Cecarello faz
observações sobre a mudança do comportamento sexual na vida de diferentes tipos
de pessoas. “Essa mudança foi realmente interessante, por mostrar que as pessoas
estão usando mais a criatividade, tentando buscar novas práticas para ter
prazer para si mesmas ou para a relação. Muitas vezes os casais estavam tão
acostumados um com o outro, que caiam na mesmice. Já para os solteiros, que não
tem uma parceria fixa, mostrou a importância de criar novas oportunidades”.
Sabemos que os
benefícios do sexo são muitos, não importa como sejam. De acordo com a sexóloga
do C-date (www.c-date.com.br), o sexo estimula
a dar e receber amor, melhora a parceria e a cumplicidade entre o casal. Além
disso, tende a reduzir consideravelmente o humor depressivo, melhora a auto
estima, o ânimo, a disposição e a qualidade de vida. Por outro lado, a falta
das relações sexuais tem o efeito contrário. Pode causar uma queda da auto
estima que, por exemplo, “faz a pessoa pensar não ter o porquê ou o para
quem se insinuar ou se mostrar, o que gera um descuido maior”.
Outras consequências são o humor comprometido (a irritabilidade, falta de
paciência e o nervosismo) e a diminuição da vontade de se relacionar. “O desejo
sexual vem da prática com uma boa frequência. Então, sem isso a vontade começa
a diminuir. São consequências que se instituem aos poucos no comportamento da
pessoa, completa Carla Cecarello.
Porém, na ausência do
sexo, qual a melhor saída? “Uma boa saída é a pessoa começar a se masturbar,
utilizar acessórios, ler contos eróticos, assistir filmes de conotação erótica
(que não precisam necessariamente ser filmes de conteúdo pornográfico), isso
tudo contribui para manter a mente recheada com essas informações e,
consequentemente, se manter viva para o sexo”.
Outra alternativa
encontrada para manter a mente e a imaginação sexualmente ativa durante a
quarentena é o sexo virtual, ou o sexting. A sexóloga do C-date, Carla
Cecarello, pontua os principais cuidados com a prática do sexting
e o que ela não indica.
Não mostrar o rosto: “Bom, a primeira coisa é não mostrar o rosto porque isso realmente pode
trazer sérias consequências. A pessoa vai ser muito exposta, mostrar o rosto, o
corpo, uma performance sexual ou se masturbando, pode comprometer trabalho,
relacionamentos e assim por diante. Então, eu vejo que esse é o primeiro
cuidado.”
Não compartilhar sua
localização: “Se a pessoa está em
sites ou aplicativos de relacionamento, o ‘marcar encontros’ é difícil. Como
agora as coisas estão retornando aos poucos, encontros em lugares públicos são
difíceis e muitas pessoas têm marcado encontros dentro de casa, e isso é
perigoso, requer muito cuidado, além de poder ocorrer até mesmo abusos. O
correto seria esperar tudo retornar, não compartilhar dados como nome e
localização”.
Não exagerar: “Apesar de ser um movimento importante, a prática da masturbação, como
tudo, as mensagens e vídeos de maneira excessiva, pode fazer que a pessoa se
isole, não queira buscar relações ou até mesmo desenvolva comportamentos
patológicos”.
Para quem nunca se
aventurou em algo diferente a dica para ter um bom momento é começar aos poucos
e perceber o que gosta para elevar o autoconhecimento. Segundo Carla Cecarello “pode, por
exemplo, ir em busca dos contatos que tem, geralmente um flerte, alguém em quem
já tenha interesse ou até mesmo entrar em sites de relacionamento e conhecer
pessoas com um perfil próximo. Pode começar com um bate papo, depois partir
para mandar fotos de determinadas partes do corpo ou mensagens picantes e,
então, vídeos. Tomando os cuidados que citei anteriormente essas são dicas que
podem tornar esses momentos bastante agradáveis”
As principais novas
tendências para aproveitar o sexo virtual são “primeiro, a prática
masturbatória que mudou: as pessoas estão buscando muito mais o próprio prazer;
o uso de acessórios ganhou frequência nos relacionamentos, em casais que não
estavam acostumados; e a fantasia, através do sexo virtual, ganhou espaço entre
casais: a incitação por vídeos, mensagens com duplo sentido, telefonemas com tons
de voz diferentes são práticas interessantes que passaram a existir e
contribuíram bastante para o estímulo da imaginação”, complementa a
sexóloga do C-date.
Vivemos o momento de reinventar a vida das
mais diversas formas e nos habituar as novas possibilidades que encontramos na
geração da tecnologia. Portanto, sites e aplicativos como o C-date entendem
essa necessidade, inclusive, no sexo. Conhecer novas pessoas, manter a vida
sexual ativa com sofisticação e entusiasmo pode ser uma nova experiência incrível,
tudo tem uma nova cara e é o momento certo para aproveitar.
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