Prevenção de
doenças degenerativas e do envelhecimento precoce está intimamente ligada ao
DNA mitocondrial
A
palavra “mitocôndria” não é muito familiar no dia a dia de quem não trabalha na
área da saúde, e costuma remeter às aulas de Biologia, nos tempos de escola,
quando estudamos as células de diversos seres vivos. Mas a verdade é que cuidar
da saúde dessas pequenas estruturas celulares pode ser a chave para ter uma
vida longa, com mais disposição e livre de doenças degenerativas. “A
mitocôndria é a principal organela no interior de nossas células e atua como
uma espécie de usina, gerando energia para todo o corpo”, explica o
endocrinologista Guilherme Renke, consultor da Via Farma. De acordo com o
especialista, há algo de curioso sobre essa organela – e isso a tornou alvo de
inúmeros estudos nos últimos anos. “As mitocôndrias possuem um DNA próprio,
herdado apenas da mãe e totalmente diferente do nosso DNA propriamente dito”, diz.
Acredita-se
que essa independência entre o DNA mitocondrial e aquele encontrado no núcleo
celular seja fruto de uma evolução que começou há milhões de anos, quando as
células de mamíferos se combinaram a uma bactéria marinha capaz de gerar
energia por meio do oxigênio. Essas bactérias, antes chamadas de bioblastos,
hoje são as mitocôndrias que conhecemos. Elas são encarregadas de gerar mais de
90% de toda a energia gasta no organismo e estão presentes em grande quantidade
nas partes do corpo que mais precisam de combustível para funcionar: cérebro,
músculos e coração.
Na
prática, quanto mais mitocôndrias saudáveis no organismo, melhor. Quando os
músculos dispõem de grande quantidade de mitocôndrias funcionais, por exemplo,
maior é a potência metabólica e também o gasto de energia durante os exercícios
físicos. Mas não é só isso: mitocôndrias saudáveis significam mais disposição e
chances menores de envelhecer precocemente e sofrer de doenças degenerativas,
como o câncer, Alzheimer e Parkinson, entre outros distúrbios. “Um dos
fenômenos mais estudados nos últimos tempos é justamente o declínio da função
mitocondrial com o avanço da idade, o que leva à diminuição da vitalidade
celular, com menor produção de energia”, explica Renke.
Como
cuidar das mitocôndrias?
Além
da idade, fatores ambientais também têm um papel significativo no declínio da
saúde mitocondrial. “O estresse crônico e a exposição à poluição, além da má
alimentação, alcoolismo e tabagismo, por exemplo, estão entre os hábitos mais
prejudiciais à saúde das mitocôndrias”, afirma a nutricionista Claudia Luz, do
Departamento de Inovação da Via Farma. De acordo com a especialista, é possível
prevenir o desgaste precoce dessas organelas por meio da alimentação. “É
importante que a dieta seja o mais natural possível, com baixa ingestão de
açúcar e rica em gorduras boas, que ajudam a potencializar a função
mitocondrial. As proteínas de qualidade, minerais (especialmente o magnésio) e
Vitaminas A e D também são importantes nesse sentido”, elenca Claudia.
Mas
não é apenas a alimentação que conta para deixar as mitocôndrias “tinindo”. A
nutricionista ainda destaca a importância de uma boa noite de sono, já que é
enquanto dormimos que as células ativam mecanismos restauradores, por meio da secreção
do hormônio do crescimento. “Também é essencial manter uma rotina regular de
exercícios físicos, já que a prática beneficia a saúde como um todo e também
contribui para o aumento de mitocôndrias no organismo”, pontua. Essas são
medidas que devem ser adotadas como hábitos de vida – e que podem ser
determinantes na prevenção de doenças e do envelhecimento precoce,
proporcionando energia para aproveitar todas as fases da vida com disposição e
vitalidade.
Booster
mitocondrial
De
acordo com o endocrinologista Guilherme Renke, estudos mostram que quando a
mitocôndria está “doente”, não consegue utilizar o oxigênio de forma
satisfatória, causando um processo conhecido como hipóxia mitocondrial – uma
espécie de “sufocamento” da célula, que estaria ligado ao surgimento de
diversas doenças. “Outro fenômeno ligado ao envelhecimento é a redução dos
níveis de NAD+, um substrato celular fundamental para o funcionamento
mitocondrial. Segundo estudos, a reposição de NAD+ poderia, portanto, retardar
a progressão de doenças e o próprio processo de envelhecimento”, destaca o
médico.
Assim,
quando aliada a medidas de estilo de vida, a suplementação também pode
desempenhar um papel importante na manutenção da vitalidade ao longo da vida,
trazendo mais longevidade. Já é possível aumentar os níveis de NAD+ no
organismo por meio de ativos personalizados, que podem ser manipulados de
acordo com as necessidades individuais. “Um exemplo é o ribosídeo de
nicotinamida, também conhecido como Niagen. Ele faz parte da família da vitamina
B3 e age diretamente no aumento dos níveis de NAD+ sem causar efeitos
colaterais”, aponta Claudia. “É um opção segura para promover um envelhecimento
ativo e saudável. Com o acompanhamento de um profissional da saúde, o ribosídeo
de nicotinamida melhora a saúde mitocondrial e desempenha um importante papel
neuroprotetor, essencial para chegar bem à terceira idade”, finaliza Claudia.
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