Se em dias comuns, sem motivo aparente, acordamos
de mau humor, imagine neste isolamento social? Nem é preciso citar as inúmeras
razões. A questão é: como encarar mais
um dia de quarentena sem deixar que seu humor atrapalhe suas tarefas? Confira 5
dicas para lidar com esse estado emocional:
Não tome decisões de cabeça quente
Boas decisões são aquelas que foram construídas levando
em conta os prós e contras de cada cenário. Geralmente, elas são maduras, ou
seja, vão se confirmando ao longo do tempo. Apesar de boas escolhas não serem
garantia de sucesso, as impulsivas tendem a ser ruins e gerar arrependimento.
Portanto, evite tomar decisões quando o lado racional não estiver no seu melhor
modo.
Repense seus julgamentos
Nos dias em que não estamos bem, há uma inclinação
a ver o “copo meio vazio” ou olhar o mundo com lentes embaçadas. Nossa
percepção é muito influenciada pelo estado emocional do momento. O mau humor é
capaz de fazer com que seus julgamentos sejam mais duros com você mesmo e com
os outros. Aliás, não se julgue. Procure entrar em contato com o que está lhe
causando esse estado de incômodo ou irritação. Se puder, deixe para fazer uma
nova avaliação quando estiver em um dia melhor.
Não consegue se segurar? Fortaleça o isolamento
Em momentos de mau humor, tendemos a ficar com o
“pavio curto”. Por isso, pense três vezes antes de emitir opiniões,
principalmente se for em resposta a algo que você não gostou ou discorda. Se o
mau humor estiver tão forte a ponto de sequer conseguir disfarçar, saia de
cena, se dê um tempo e retorne o contato com as pessoas quando estiver mais
tranquilo.
Encurte seu home office
Se você está trabalhando em casa e tem a opção de
controlar seus horários, encurte seu expediente no dia em que o emocional não
estiver nada bem. Se tiver alguma reunião virtual, remarque, se for possível.
Isso evitará exposições a situações limite.
Escolha atividades prazerosas
Caso o mau humor acorde com você em pleno sábado,
escolha um roteiro que não dê mais motivo para se irritar. Não curte cozinhar?
Peça um delivery. Deixe de lado o que exija esforço e foque no que possa até
trazer de volta o seu bem-estar.
Flávia Teixeira - psicóloga, mestre em Saúde Coletiva pela UFRJ, professora de pós-graduação em Psicologia Hospitalar na UFRJ e com especialização em Aprimoramento Interdisciplinar em Transtornos Alimentares pela USP.
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