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segunda-feira, 8 de junho de 2020

Idosos não podem ter nível de estresse alto durante isolamento social, diz especialista




Estabelecer rotina e ocupações são essenciais nesse momento de pandemia


Mesmo durante o período de isolamento social, crianças, jovens e adultos têm tido atividades para se ocupar, tarefas escolares, trabalho remoto, home office. Mas, e os idosos? Menos atarefadas, as pessoas da terceira idade precisam de mais atenção. Além dos cuidados de saúde e higiene reforçados nesse período, por fazerem parte do grupo de risco, a preocupação com a saúde mental é cada vez maior.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, o isolamento social pode aumentar em 14% o risco de morte nas faixas etárias mais avançadas. ‘‘A solidão pode ocasionar no organismo uma reação de ‘lutar ou fugir’, desencadeada por situações de alto estresse que causam uma resposta inflamatória que, consequentemente, reduz a produção dos leucócitos, células de defesa do organismo contra as infecções. Assim, ao mesmo tempo que o idoso está em isolamento para se proteger da Covid-19, é possível que ele tenha redução da sua imunidade’’, explica Cristiano Caveião que é coordenador do curso de Gerontologia – Cuidado ao Idoso do Centro Universitário Internacional Uninter.

É preciso fazer com que o idoso também tenha atividades regulares. ‘‘Manter uma rotina normal é fundamental. Quando falamos em rotina, é o estabelecimento de horários para as refeições, atividades de entretenimento, como jogos de tabuleiro e memória, assistir televisão, conectar-se nas redes sociais, e claro, manter-se ativo realizando exercícios para manutenção da força muscular’’, orienta Caveião.

A meditação também pode ser uma saída. O importante, de acordo com o professor, é não o infantilizar ou deixar com que a pessoa se sinta inútil. ‘‘É importante que essas atividades sejam produtivas, que possam gerar desejo pela sua realização. Em hipótese alguma pode ser retirada sua autonomia, sempre deve ser consultada a sua decisão’’, conclui o especialista.



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