5% dos brasileiros acima dos 40 anos podem
apresentar a condição; há tratamentos que ajudam as pessoas com incontinência a
terem mais qualidade de vida
Um
estudo* recente realizado em cinco grandes cidades brasileiras representando as
5 áreas geográficas do país demonstrou que a Incontinência Urinária atinge 15%
dos homens e 45% das mulheres com idade acima de 40 anos. Muitos homens e
mulheres têm vergonha de falar sobre o assunto ou ainda acham que não existe
tratamento efetivo. Por isso, menos de um terço das pessoas que sofrem com o
problema procura um médico para avaliação e tratamento.
A
incontinência urinária por esforço, popularmente conhecida como incontinência
por estresse - uma adaptação do termo em inglês stress urinary incontinence -
caracterizada pela perda de urina ao fazer esforços como levantar, tossir,
espirrar e realizar atividades físicas é o segundo tipo mais comum nos homens e
o primeiro, nas mulheres.
De
acordo com o urologista do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo e
um dos autores do estudo, Cristiano Gomes, “esta condição é mais comum em
homens acima dos 50 anos e está geralmente relacionada às cirurgias de remoção
da próstata (tratamento de câncer) ou cirurgias para tratamento de Hiperplasia
Benigna da Próstata (HPB)”.
Sobre
os tratamentos, o urologista esclarece: "existem tratamentos específicos
para cada tipo e grau de incontinência, que podem ser desde fisioterapia de
reabilitação do assoalho pélvico, tratamentos medicamentosos, ou tratamentos
cirúrgicos". No Brasil, existem duas cirurgias disponíveis: implantação de
Sling, que funciona como uma faixa colocada sob a uretra fortalecendo o
esfíncter urinário ou a implantação de um esfíncter artificial, que é um
pequeno anel colocado em volta da uretra, totalmente contido no corpo e
imperceptível, que passa a ser o responsável pelo controle da urina.
*Soler
R, Gomes CM, Averbeck MA, Koyama M. The prevalence of lower urinary tract
symptoms (LUTS) in Brazil: Results from the epidemiology of LUTS (Brazil LUTS)
study. Neurourol Urodyn 2018 Apr;37(4):1356-64.
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