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quinta-feira, 12 de julho de 2018

Você dormiu bem? Pergunta aparentemente simples pode contribuir na identificação de problemas de saúde


Polissonografia é o exame indicado para investigação de possíveis distúrbios do sono


Noites mal dormidas podem acarretar em muitos problemas para a saúde, além do cansaço. Durante o sono, o organismo realiza funções importantes com consequências diretas à saúde, como o fortalecimento do sistema imunológico, secreção e liberação de hormônios (hormônio do crescimento, insulina e outros), consolidação da memória, além do relaxamento e descanso da musculatura. Sua privação provoca importantes alterações no ritmo biológico, na condição ambiental e em fatores orgânicos, como sonolência excessiva, dificuldade de concentração, déficit de memória, irritabilidade, fadiga física e mental, alteração de humor, manifestações psicopatológicas, neurológicas, voz lenta, aumento da sensibilidade dolorosa, entre outras consequências.

Identificar o problema é o caminho para a solução das noites mal dormidas. E uma das alternativas é a polissonografia, um exame não invasivo que verifica as atividades respiratória, muscular e cerebral durante o sono e coleta informações que detalham este período, mensurando inclusive o descanso do paciente. Além de insônia, o exame pode diagnosticar sonambulismo, bruxismo, narcolepsia e pode ser válido para a identificação de fibromialgia.

- Qualquer interferência na quantidade ou na qualidade do sono importará em sensíveis alterações nas atividades cotidianas dos indivíduos. Os distúrbios do sono podem estar relacionados com diversas doenças, entre elas, hipertensão, diabetes, depressão e obesidade – alerta o Dr. Renato Calil, pneumologista do Hospital Caxias D’Or.

Além disso, hábitos e fatores externos podem contribuir para uma noite tranquila de sono. O especialista destaca alguns pontos, como evitar o consumo de álcool e cafeína antes de dormir e não usar a cama para atividades como leitura.

- A cama deve estar relacionada como ato de dormir. A luminosidade da TV ou o ato de ler podem deixar a pessoa desperta; evite ficar na cama sem dormir. Se necessário, levante e faça uma atividade calma até ficar sonolento novamente. Ficar na cama rolando de um lado para outro gera estresse e piora a insônia; a luminosidade e ruídos no ambiente diminuem o relaxamento ao se deitar. O quarto deve estar silencioso e com baixa ou nenhuma luminosidade; exercícios no período noturno podem alterar o sono. O ideal é que se faça atividades físicas regularmente, porém evite exercícios fortes no final do dia, prefira os períodos da manhã ou almoço. No final do dia, os exercícios precisam ser mais leves como alongamento ou caminhadas, e pelo menos 4 horas antes de dormir – explica o pneumologista.


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