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sexta-feira, 2 de março de 2018

Qual é a quantidade de comida que devo colocar no prato do meu bebê?



A quantidade apresentada ao bebê, na fase de introdução alimentar, é muito importante. É neste período que começamos a entender qual a quantidade de comida ideal ao organismo da criança. É importante ressaltarmos que cada criança possui sua individualidade, ou seja, a quantidade adequada ao seu bebê dificilmente será igual ao de um outro bebê da mesma faixa etária.

Para que os pais cheguem a uma quantidade ideal ao organismo do seu filho, é importante que observem os sinais que o bebê dará indicando sua fome e saciedade. Assim, quando a comida for colocada no prato, os pais devem ficar atentos para perceber se a criança come tudo e demonstra estar satisfeita, se ela recusa a comer tudo o que foi posto no prato ou se ainda ela pede mais do que foi oferecido.

Quando o seu filho manifestar alguma destas reações, é fundamental que você o observe e o respeite, tentando, da próxima vez, adequar a quantidade colocada no prato à reação apresentada. Este exercício, com o tempo, lhe dará maior clareza sobre a porção ideal para a refeição do seu bebê.

Para auxiliar as mães quanto à quantidade a ser colocada no prato:


1 – Investir em utensílios pequenos nesta fase. Assim, podem colocar o alimento em pouca quantidade na frente da criança e, caso ela queira mais, repetir a quantidade no mesmo utensílio até entender qual a quantidade ideal para o seu filho.

2 – Não tomar a quantidade necessária em outras fases da vida como referência. Para um processo natural e saudável, é importante ter em mente que os órgãos do bebê estão ganhando maturidade e que são ainda bem menores do que nas posteriores fases da infância, adolescência e adulta. Isso ajuda a entender que a criança precisa de uma quantidade pequena nesta fase.

3 – Ter consciência de que entender a quantidade ideal a ser colocada no prato na fase de introdução alimentar é um aprendizado e, por isso, requer a prática do exercício diário. Neste, as mães devem insistir na prática e estarem atentas, sobretudo, na resposta que a criança dá neste momento. Ou seja, é importante observar tanto como a criança está reagindo à quantidade na hora da refeição, demonstrando que ainda quer mais ou se já está satisfeita quanto à reação do organismo da criança diante da apresentação dos alimentos e suas quantidades. Por exemplo, sintomas como gases e estufamento abdominal podem indicar quantidades exageradas para aquela criança.

4 – Um bom auxílio às mães é a evolução do ganho de peso. Crianças que estão comendo quantidades adequadas ao funcionamento do seu organismo nesta fase da vida se mantêm dentro das faixas adequadas do gráfico de crescimento da criança.

5 – Quando for elogiar a criança na hora da comida, evitar fazer referência à quantidade ingerida, como parabenizar caso coma muito ou recriminar caso como pouco. Esta postura é pouco eficaz pois a criança ainda está aprendendo a entender a quantidade ideal ao seu organismo e pode, diante desta reação dos pais, comprometer a sua atenção ao seu processo de aprendizagem. O ideal, para os pais que querem elogiar os seus filhos quanto ao desempenho na hora de comer, é falar sobre alguma evolução relacionada ao seu comportamento alimentar, como parabenizar a criança porque ela aceitou experimentar um novo alimento, por exemplo.

Se a sua dúvida também estiver relacionada aos quais alimentos devem ser oferecidos para a criança o ideal é que você ofereça os alimentos naturais, com alto valor nutricional e que respeitam a maturidade e o funcionamento do organismo do bebê. Costumamos começar com alimentos que tenham menos potencial alergênico e mais fáceis de digerir nesta fase da vida.

Não há um consenso entre começar pelas frutas ou pelas comidas "salgadas". No meu caso, eu começo com os alimentos "salgados".

No modelo que eu uso. o raciocínio é unir um alimento de cada grupo descrito na tabela abaixo:
CHO + legumes + temperos + ervas + gordura = 1 prato


CHO
Legumes
Temperos
Gordura
Arroz integral
Abóbora
Sal marinho ou rosa (semana 1)
Óleo de linhaça
Arroz japonês
Abobrinha
Ervas frescas – incluir a partir da terceira semana de IA sólida:
Azeite de oliva extravirgem
Arroz negro
Aspargos
Alecrim
A partir da terceira semana de IA sólida:
Arroz vermelho
Berinjela
Alho
Óleo de girassol
Batata
Beterraba
Alho poró
Óleo de abóbora
Batata doce
Cenoura
Cebola
Óleo de gergelim
Cará
Chuchu
Cebolinha e salsinha
Óleo de chia
Inhame
Ervilha torta
Erva doce

Mandioca
Quiabo
Hortelã

Mandioquinha (batata baroa)
Vagem
Louro



Orégano







Ariane Bomgosto - nutricionista infantil com ampla experiência em nutrição comportamental infantil e atua com dificuldades alimentares da infância, ligadas a relação entre a alimentação e o comportamento das crianças. Tendo como objetivo auxiliar na
http://www.arianebomgosto.com.br/


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