A
quantidade apresentada ao bebê, na fase de introdução alimentar, é muito importante.
É neste período que começamos a entender qual a quantidade de comida ideal ao
organismo da criança. É importante ressaltarmos que cada criança possui sua
individualidade, ou seja, a quantidade adequada ao seu bebê dificilmente será
igual ao de um outro bebê da mesma faixa etária.
Para
que os pais cheguem a uma quantidade ideal ao organismo do seu filho, é
importante que observem os sinais que o bebê dará indicando sua fome e
saciedade. Assim, quando a comida for colocada no prato, os pais devem ficar
atentos para perceber se a criança come tudo e demonstra estar satisfeita, se
ela recusa a comer tudo o que foi posto no prato ou se ainda ela pede mais do
que foi oferecido.
Quando
o seu filho manifestar alguma destas reações, é fundamental que você o observe
e o respeite, tentando, da próxima vez, adequar a quantidade colocada no prato
à reação apresentada. Este exercício, com o tempo, lhe dará maior clareza sobre
a porção ideal para a refeição do seu bebê.
Para
auxiliar as mães quanto à quantidade a ser colocada no prato:
1
– Investir em utensílios pequenos nesta fase. Assim, podem colocar o alimento
em pouca quantidade na frente da criança e, caso ela queira mais, repetir a
quantidade no mesmo utensílio até entender qual a quantidade ideal para o seu
filho.
2
– Não tomar a quantidade necessária em outras fases da vida como referência.
Para um processo natural e saudável, é importante ter em mente que os órgãos do
bebê estão ganhando maturidade e que são ainda bem menores do que nas
posteriores fases da infância, adolescência e adulta. Isso ajuda a entender que
a criança precisa de uma quantidade pequena nesta fase.
3
– Ter consciência de que entender a quantidade ideal a ser colocada no prato na
fase de introdução alimentar é um aprendizado e, por isso, requer a prática do
exercício diário. Neste, as mães devem insistir na prática e estarem atentas,
sobretudo, na resposta que a criança dá neste momento. Ou seja, é importante
observar tanto como a criança está reagindo à quantidade na hora da refeição,
demonstrando que ainda quer mais ou se já está satisfeita quanto à reação do
organismo da criança diante da apresentação dos alimentos e suas quantidades.
Por exemplo, sintomas como gases e estufamento abdominal podem indicar
quantidades exageradas para aquela criança.
4
– Um bom auxílio às mães é a evolução do ganho de peso. Crianças que estão
comendo quantidades adequadas ao funcionamento do seu organismo nesta fase da
vida se mantêm dentro das faixas adequadas do gráfico de crescimento da
criança.
5
– Quando for elogiar a criança na hora da comida, evitar fazer referência à
quantidade ingerida, como parabenizar caso coma muito ou recriminar caso como
pouco. Esta postura é pouco eficaz pois a criança ainda está aprendendo a
entender a quantidade ideal ao seu organismo e pode, diante desta reação dos
pais, comprometer a sua atenção ao seu processo de aprendizagem. O ideal, para
os pais que querem elogiar os seus filhos quanto ao desempenho na hora de
comer, é falar sobre alguma evolução relacionada ao seu comportamento
alimentar, como parabenizar a criança porque ela aceitou experimentar um novo
alimento, por exemplo.
Se
a sua dúvida também estiver relacionada aos quais alimentos devem ser
oferecidos para a criança o ideal é que você ofereça os alimentos naturais, com
alto valor nutricional e que respeitam a maturidade e o funcionamento do
organismo do bebê. Costumamos começar com alimentos que tenham menos potencial
alergênico e mais fáceis de digerir nesta fase da vida.
Não
há um consenso entre começar pelas frutas ou pelas comidas
"salgadas". No meu caso, eu começo com os alimentos
"salgados".
No
modelo que eu uso. o raciocínio é unir um alimento de cada grupo descrito na
tabela abaixo:
CHO
+ legumes + temperos + ervas + gordura = 1 prato
CHO |
Legumes |
Temperos |
Gordura |
Arroz integral |
Abóbora |
Sal marinho ou rosa (semana 1) |
Óleo de linhaça |
Arroz japonês |
Abobrinha |
Ervas frescas – incluir a partir da terceira semana de IA sólida: |
Azeite de oliva extravirgem |
Arroz negro |
Aspargos |
Alecrim |
A partir da terceira semana de IA sólida: |
Arroz vermelho |
Berinjela |
Alho |
Óleo de girassol |
Batata |
Beterraba |
Alho poró |
Óleo de abóbora |
Batata doce |
Cenoura |
Cebola |
Óleo de gergelim |
Cará |
Chuchu |
Cebolinha e salsinha |
Óleo de chia |
Inhame |
Ervilha torta |
Erva doce |
|
Mandioca |
Quiabo |
Hortelã |
|
Mandioquinha (batata baroa) |
Vagem |
Louro |
|
Orégano |
Ariane Bomgosto - nutricionista infantil com ampla experiência em nutrição comportamental infantil e atua com dificuldades alimentares da infância, ligadas a relação entre a alimentação e o comportamento das crianças. Tendo como objetivo auxiliar na
http://www.arianebomgosto.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário