Entre os meses de dezembro e
fevereiro presenciamos uma triste realidade, animados com as viagens de férias,
muitos tutores, sem ter com quem deixar ou como levar o pet, acabam
simplesmente abandonando seus animais de estimação. Parece mentira, mas o
número de animais abandonados no período cresce exponencialmente. Segundo
levantamentos realizados por ONGs de São Paulo e do Rio de Janeiro, esse
aumento representa cerca de 70% em relação à outros períodos do ano. Para
evitar que mais casos como esses aconteçam, listamos uma série de dicas para
embarcar seu melhor amigo nessa viagem também.
Antes de viajar com seu cachorro
ou gato, seja de carro, ônibus ou avião é importante que você tome algumas
providências de saúde para ele. A primeira delas é consultar um veterinário
para fazer um checkup e conferir se todas as vacinas estão em dia.
Se a viagem for de carro, é obrigatório que o pet
seja transportado com segurança. O cinto de segurança varia de acordo com o
porte do animal. A caixa de transporte é outra opção segura para o bichinho. É
extremamente importante não levar o animal solto e nem com a cabeça para fora.
Essa é uma regra que vale para qualquer raça ou porte. A retenção de animais de estimação em caixas ou coleira não é
obrigatória pela lei, mas é a forma mais segura para transportá-los. O ideal,
ainda, é que os bichos estejam presos a cintos especiais, casinhas ou cadeiras
adequadas, sempre no banco de trás, de forma que não comprometa a segurança do
veículo ou dos passageiros em caso de colisão ou mesmo que ele desvie a atenção
do condutor na direção do veículo.
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB),
artigo 235, a condução de animais nas partes externas do veículo é considerada
infração grave. Além de somar cinco pontos à Carteira Nacional de Habilitação
(CNH), o condutor arca com multa de R$ 130,16 e poderá ter o carro retido como
medida administrativa até que a situação seja regularizada. O CTB ainda prevê,
artigo 252, que o motorista flagrado dirigindo com animais à sua esquerda,
entre os braços ou pernas, perde quatro pontos e a infração é considerada média
e multa no valor de R$ 85,13.
Além disso, não dê
ração ou qualquer tipo de alimento ao cão quatro horas antes do
percurso. Para água, a regra deve ser uma hora antes. Em caso de felino, o
jejum é de duas horas antes do percurso. Essa precaução evita náuseas e vômitos
quando a viagem começar. Se o percurso demorar mais de três horas, pare o carro
e desça com o animal para que ele consiga fazer as necessidades fisiológicas.
Nesse caso é importante que, mesmo que a viagem continue por um tempo, você
ofereça um pouco de água para que ele fique hidratado. Em viagens mais curtas,
há a opção de colocar um frauda para garantir que ele não suje o carro.
Antes de pegar a estrada com
longas distâncias, vá acostumando o seu animal com o veículo, fazendo pequenos
trajetos com ele. Dessa forma, ele estará familiarizado quando entrar em um
carro. Não ser uma completa novidade evita a ansiedade e agitação do bicho.
Se o trajeto for de ônibus, é
obrigatório apresentar um atestado veterinário que comprove boas condições de
saúde do animal, bem como com todas as vacinas em dia. Nesse caso, o pet viaja
no compartimento de bagagem, portanto, é obrigatório que ele vá em uma caixa de
transporte. Antes de embarcar, contate a empresa para tirar todas as dúvidas e
providenciar outras exigências. Algumas empresas de transporte têm
obrigatoriedades especificas, como por exemplo comprar uma passagem para o pet.
Não deixe para última hora para evitar surpresas.
Agora, se a viagem de for de
avião, é imprescindível estar atento às regras da ANAC (Agência Nacional de
Aviação Civil) e também às regras da companhia aérea escolhida. Em voos
nacionais, as regras são mais simples: atualizar as vacinas, apresentar
atestado veterinário, avisar a companhia área com antecedência, transportar o
animal em uma caixa de transporte resistente, com ventilação e que acomode o
pet com folga. Algumas companhias aéreas não transportam animais de
determinadas raças, portanto, informe-se antes. No caso de voos internacionais,
é preciso ainda checar as regras do país de destino. Em alguns casos, há
necessidade de quarentena.
Além de se preocupar com o
transporte seguro, garanta que o seu melhor amigo tenha acessórios que
garantirão conforto e distração ao longo das férias. Hoje é possível encontrar
no mercado camas dobráveis, tigela de ração e água de silicone, guia de
passeio, entre outros. Depois de tanto estresse com o deslocamento, leve também
alguns snacks para matar a fome e fazer a alegria do bichinho na chegada.
Se levar o pet para a viagem
em família não for uma opção, saiba que mesmo assim não há motivo para
abandono. Você pode contratar um petsitter, pedir a ajuda de amigos e
familiares, colocar seu melhor amigo para curtir as férias em um hotel, entre
outras soluções.
Essas são algumas alternativas
para você curtir as férias ao lado do seu fiel companheiro e com a consciência
tranquila de que seu pet não está abandonado. Vale lembrar também que
o abandono e/ou maltrato de animais é crime. Retribua todo o amor que seu
animal lhe dá prezando sempre pelo seu bem estar e segurança.
Cillene Cavalcante - responsável de marketing pela Pet Virtual.
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