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quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Estética íntima feminina: sim ou não?



Ginecologista destaca benefícios desta tendência para a saúde física e psicológica das mulheres


A estética para região íntima ainda é uma questão polêmica perante a sociedade, mas o que devemos saber é que essa pode impactar negativamente a saúde física e psicológica da mulher. O conceito de beleza é relativo, porém é importante destacar que muitas mulheres podem se incomodar com as características da região íntima, causando constrangimentos e até mesmo comparações com outras mulheres.

Devido esta realidade, muitas mulheres apresentam problemas de autoestima que refletem no desempenho sexual, fazendo com que busquem cada vez mais por tratamentos estéticos para que se sintam melhor com a aparência e saúde sexual. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a saúde sexual pode influenciar diretamente na qualidade de vida das pessoas.

"Acredito que não devemos impor um padrão de beleza. A primeira coisa a levar em consideração é se aquilo incomoda ou não a mulher. Temos que ter noção que, como qualquer parte do corpo, somos diferentes uns dos outros. Assim, se a queixa da mulher for relevante ou ainda se tiver um aspecto funcional, a estética íntima é válida" afirma Dr. Patrick Bellelis, conceituado ginecologista.

A vagina pode sofrer alterações com o passar do tempo e tende a ficar mais flácida, perdendo volume, além disso, existem fatores externos que também causam modificações, como a obesidade, tabagismo, alcoolismo, maus hábitos alimentares, alterações hormonais, uso de medicações específicas, vestimentas inadequadas e até mesmo a gestação. Alterações genéticas também podem ser motivo de incômodo para as mulheres.

"As queixas mais frequentes em meu consultório estão relacionadas a atrofia genital, que muitas vezes é derivada da menopausa e hipertrofia de ninfas, quando os pequenos lábios são muito grandes. Em ambas as situações, a mulher pode ter complicações funcionais, como infecções urinárias de repetição e dificuldade nas relações sexuais"

Além dessas queixas, é possível destacar outras muito frequentes, como a hipercromia, que envolve o escurecimento da região íntima, a flacidez e perda de volume da região íntima, decorrente do envelhecimento, o ressecamento vaginal, que podem surgir a partir da menopausa, o alargamento vaginal, que ocorre principalmente devido à partos via vaginal, sudorese excessiva e a incontinência urinária.

Tratamentos como peelings, radiofrequência, laser vaginal, ninfoplastia, vaginoplastia e preenchimentos com ácido hialurônico e toxina botulínica, podem promover a diminuição e correção destes incômodos. De acordo com o profissional, a plástica de pequenos lábios, a ninfoplastia, é disparada a mais procurada. Embora, hoje em dia, muitas mulheres têm procurados tratamentos como laser e radiofrequência vaginal para melhora do tropismo e turgor.

"O ginecologista conhece não só a estética, mas também como o órgão funciona, por isso é o profissional mais indicado para a realização destes tratamentos" afirma o ginecologista. Os tratamentos são muito particulares, variam de mulher para mulher, dependendo dos sintomas e das queixas. É primordial que a mulher coloque sempre em primeiro lugar o seu bem-estar e sua qualidade de vida, que resulta consequentemente em uma boa saúde sexual. Consulte um profissional de confiança para o esclarecimento de possíveis dúvidas.





Dr. Patrick Bellelis - Tem ampla experiência na área de Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva. É graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina do ABC. Residência médica pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Possui título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Laparoscopia e Histeroscopia pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia – FEBRASGO. Doutorado em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo, USP, Brasil. Especialização em Endoscopia Ginecológica e Endometriose pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Faz parte da diretoria da SBE (Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva) desde a sua fundação e, atualmente, é Diretor de Sede da sociedade. Médico Assistente do Setor de Endometriose do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo desde 2010. Professor do Curso de Especialização em Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva – Pós- Graduação Latu Senso, do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês desde 2011. Professor do Instituto de Treinamento em Técnicas Minimamente Invasivas e Cirurgia Robótica – IRCAD – do Hospital de Câncer de Barretos, desde 2012.




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