Atividade
disponível na Sociedade Hípica Paulista oferece benefícios que vãoalém do exercício
físico
O Transtorno do Espectro
Autista (TEA), ou simplesmente Autismo, é uma doença
em que há, por parte do paciente, a dificuldade de interação social, o déficit
de comunicação e padrões inadequados de comportamento. Essas características
podem variar conforme cada indivíduo e a partir do diagnóstico, uma série de
tratamentos são indicados, entre eles a Equoterapia.
A técnica
terapêutica, oferecida na Sociedade Hípica Paulista, alia a utilização do
cavalo com atividades interdisciplinares e faz com que o praticante (como é
chamado o aluno na equoterapia) receba
estímulos sensoriais decorrentes da andadura do animal, favorecendo a melhora
da tônus muscular, maior atenção, e a melhor integração sensorial.
“A andadura do
cavalo transmite a quem está montado uma série de estímulos sensoriais que
‘bombardeiam’ nosso Sistema Nervoso Central de forma com que ele emita
respostas neuromusculares adequadas de reajuste postural e equilíbrio. Para que
essas respostas aconteçam é fundamental que nosso sistema muscular ganhe força
e tônus, assim uma atividade de montaria, mesmo que ao passo, torna-se uma
excelente atividade física”, comenta Lilian Chateau, coordenadora da
equoterapia na Sociedade Hípica Paulista.
A especialista
explica ainda que as aulas buscam o desenvolvimento biopsicossocial dos
autistas, que constroem uma relação de afeto pelo animal, e de familiarização
com o ambiente equestre, o que propiciam ao praticante um caminho de
descobertas e novas conquistas. “O mais importante é a família entender junto
com a equipe de saúde quais são os principais objetivos naquele momento do
desenvolvimento da criança. A Equoterapia nesse cenário entra como um recurso
que irá agregar e somar com as demais”, conta.
As sessões são
estruturadas e planejadas antes de acontecer. O primeiro passo é definir o
cavalo de acordo com o seu comportamento e sua conformação biomecânica, depois
são determinados, em conjunto com a família, as atividades e os objetivos a
serem alcançados. As atividades podem incluir horsemanship (cuidados com
o animal) como dar banho no cavalo, e preparar a alimentação, tudo depende da
necessidade do praticante, que é avaliada no início do tratamento pela equipe e
após isso, semestralmente.
A
Equoterapia é recomendada para crianças autistas acima dos dois anos de idade e
os resultados podem ser percebidos a partir de três meses de prática. Não há
restrições quanto a severidade do autismo, desde que o praticante não apresente
quadros convulsivos não controlados. “O principal objetivo é
sempre proporcionar ao praticante o desenvolvimento de suas potencialidades,
minimizando suas dificuldades e visando sua reintegração social”, completa
Lilian.
Sobre
a Sociedade Hípica Paulista
A Sociedade Hípica
Paulista, fundada em 1911, é o primeiro e mais tradicional centro hípico de São
Paulo e do Brasil e celeiro de diversas gerações de cavaleiros e amazonas de
renome internacional.
Localizada no Brooklin,
zona sul da capital, nasceu e se mantém como prestigiado ponto de encontro e
convívio da classe empresarial e alta sociedade paulista.
Com cerca de 30 eventos
hípicos ao ano, os mais tradicionais são os concursos de Salto internacionais.
Entre eles a Copa São Paulo e o Indoor, este último realizado no extraordinário
picadeiro coberto, considerado um dos maiores do mundo.
Além do Salto, o Clube é
ideal para prática das modalidades Adestramento, Polo e Volteio. A Escola de
Equitação da SHP, também aberta a não-sócios, conta com Pônei Clube,
Equoterapia, Equitação Lúdica, aulas de Adestramento, Salto e Polo.
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