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sexta-feira, 16 de junho de 2017

Rede de emergência reduziria mortalidade por infarto nas grandes cidades brasileiras



O atendimento adequado de pessoas infartadas nas unidades de emergência, antes do encaminhamento a centros especializados em cardiologia, reduziria de modo significativo o índice de mortalidade desses pacientes nas grandes cidades, como São Paulo, onde o trânsito intenso impede a rápida locomoção. Alerta foi feito nesta quinta-feira, 15 de junho, pelo médico Otávio Rizzi Coelho, da Universidade de Campinas, no Simpósio Internacional de Abertura do 38º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), no Transamerica Expo Center, na capital paulista.

O especialista explicou que a velocidade do socorro, com a realização dos primeiros procedimentos, em especial a desobstrução da artéria responsável pelo infarto, é fator determinante para ampliar as chances de sobrevivência. Daí a importância do atendimento adequado nas unidades de saúde de todos os bairros, considerando-se a demora na transferência dos pacientes para centros especializados. 


Cada paciente é único

O Simpósio de Abertura, cujo tema foi “Excelência em Qualidade Assistencial em Cardiologia”, também contou com palestra proferida pelo Professor John A. Spertus, PHD da Faculdade de Medicina da Universidade de Washington (EUA) e membro do American College of Cardiology. Ele salientou que, independentemente das diretrizes relativas ao tratamento de doentes cardíacos, a resposta de cada paciente à terapêutica é diferente. Portanto, as peculiaridades de cada ser humano devem ser consideradas pelos médicos.

O especialista norte-americano também enfatizou a importância de conscientizar cada paciente sobre o tratamento a ser feito, de modo que ele possa compreender por que tomará um medicamento e irá submeter-se a determinados procedimentos. É necessário que o paciente tenha conhecimento dos benefícios, riscos e relação custo-benefício de cada terapêutica.


Anticorpo monoclonal no tratamento do colesterol

O anticorpo monoclonal humano, recentemente aprovado pela Anvisa, é um dos mais importantes avanços na redução do colesterol, afirmou o médico Francisco Fonseca, livre-docente da Escola Paulista de Medicina. Ele citou estudos internacionais que comprovam a eficácia desse novo medicamento.

“O desafio é tornar o anticorpo monoclonal acessível aos países em desenvolvimento”, frisou o especialista. Atualmente, as estatinas são os medicamentos mais utilizados para redução do colesterol, cuja elevação na corrente sanguínea é uma das principais causas de doenças cardiovasculares.

O encerramento do simpósio foi feito pelo médico Álvaro Avezum Júnior, diretor científico da Socesp. Ele ressaltou que as doenças cardiovasculares são responsáveis por cerca de 500 mil internações hospitalares anuais no Brasil. Também citou dados epidemiológicos, enfatizando que, na maioria das regiões do País, tem aumentado o número de óbitos por infarto e diminuído o índice de mortes por insuficiência cardíaca. Concluiu salientando a importância da prevenção.



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