Ciência em Show explica os tipos de aparelhos
usados para medir velocidade e afirma que é impossível "enganar"
esses equipamentos"
O
Brasil é o quarto país com mais mortes no trânsito na América Latina, atrás
apenas de Belize, República Dominicana e Venezuela, segundo o último relatório
da OMS (Organização Mundial da Saúde). Por aqui, a taxa de morte é de 23,4 para
cada 100 mil habitantes. A imprudência de motoristas, como o desrespeito aos
limites de velocidade da via, é uma das causas de acidentes. Para fiscalizar
isso, são usados equipamentos para detecção de velocidade, os populares
“radares”.
Mas,
para entender melhor o tema, primeiro, é necessário compreender o que é um
radar.
RADAR
é uma sigla em inglês Radio Detection and Ranging que pode ser traduzida por
“detecção e localização por rádio”.
“Essa
tecnologia aproveita um fenômeno muito conhecido pelos físicos chamado
Efeito Doopler. Nele, uma onda de rádio muda sua frequência quando
reflete em um objeto que está em movimento. Como a intensidade dessa mudança
depende da velocidade, o equipamento consegue calcular a velocidade do veículo
em tempo real” explica Gerson.
Assim,
dos quatro tipos principais de tecnologias usadas para detecção de velocidade,
o radar é a primeira delas. E você vai ver que, apesar de usarmos a palavra
“radar” como sinônimo de “equipamento de medição de velocidade de automóveis”,
as outras três não são radares
propriamente ditos.
Outros
tipos de equipamentos
Além
do radar, existem outros tipos de equipamentos fiscalizadores da velocidade dos
automóveis. O mais comum deles é o conhecido pardal, que não é um radar.
“Sensores instalados no asfalto detectam a passagem do automóvel. Eles
conseguem identificar quanto tempo o carro leva para acionar o primeiro e
depois, o segundo sensor. Como eles estão instalados a uma distância conhecida
um do outro, com uma matemática simples, o equipamento calcula a velocidade
afinal, como se aprende na escola, velocidade é a distância
dividida pelo tempo. Bingo!” diz Daniel Ângelo.
Segundo
o Conselho Nacional de Trânsito (Contran), existe uma tolerância de sete
quilômetros por hora acima do limite de velocidade máxima da via para que
qualquer possibilidade de equívoco em relação à medida seja descartada.
Outro
tipo de equipamento depende de dois aparelhos posicionados de um lado e de
outro da pista. O primeiro emite um feixe de micro-ondas e o outro recebe e faz
a leitura desse feixe. Quando um carro passa pela pista, ele interrompe as
micro-ondas e o equipamento calcula, pelo tempo de interrupção, qual a
velocidade do automóvel.
Por
fim, o mais moderno deles utiliza laser para detectar a velocidade. “Um raio de
luz laser é emitido, bate no automóvel e volta para o aparelho. Em seguida,
após uma fração de segundo, outro raio é emitido, reflete novamente no carro e
volta para o aparelho. A diferença entre esses raios refletidos é usada para
calcular a distância e a velocidade do automóvel. Esse é o detector de
velocidade mais moderno em uso no Brasil e também é o que tem maior alcance,
podendo detectar a velocidade de um automóvel a até 2,5 km de distância com
grande precisão” afirma Daniel.
Limites
Segundo
Wil, é impossível enganar os detectores de velocidade. “Tem gente que acha que,
se dirigir a altíssima velocidade, o equipamento não consegue fazer a
leitura, mas isso é lenda. Todas as tecnologias usam sensores elétricos ou
ondas eletromagnéticas para detecção, que é instantânea. O ideal é respeitar os
limites de velocidade para evitar multas e, o mais importante, acidentes”
finaliza Wil.
Ciência
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