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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Qual a melhor saída para depressão: eletrochoque ou medicamento?




Embora ainda seja alvo de muito preconceito, a ECT (eletrochoque) é a única técnica de neuromodulação que se provou ser mais eficaz que o tratamento medicamentoso e apesar do grande desconhecimento, ainda é a técnica mais indicada para pacientes com depressão que não melhorou após algumas tentativas de tratamento com remédios.  


O psiquiatra e pesquisador do Grupo de Estudos de Doenças Afetivas (GRUDA) do Hospital das Clínicas da USP, Dr. Diego Tavares, conta que a estimulação magnética transcraneal (TMS) é uma técnica que faz parte dos equipamentos médicos para neuromodulação que está aprovado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) para tratamento da depressão. “A TMS é um dispositivo que gera um campo magnético que quando aproximado do cérebro do paciente é capaz de gerar mudanças controladas nos neurônios de regiões específicas do cérebro, ativando-os ou inibindo-os, de acordo com o objetivo terapêutico”, explica o médico. 
A TMS é uma técnica de estimulação cerebral não-invasiva. “Geralmente é aplicada na superfície da cabeça a esquerda e quase não possui efeitos colaterais quando aplicada de maneira protocolar”, fala o psiquiatra.
Quando a técnica foi desenvolvida ela foi amplamente divulgada como revolucionária e como altamente vantajosa visto que entre as principais vantagens do tratamento estaria a elevada segurança (pois se trata de um procedimento não-invasivo, sem necessidade de anestesia e hospitalização); poderia ser utilizada por gestantes sem riscos para o feto; teria poucos efeitos colaterais (no máximo um desconforto no couro cabeludo) e seria um tratamento diferente do medicamentoso e com mesma eficácia. “Entretanto, a prática e os estudos científicos mostram que a TMS não é superior ao tratamento medicamentoso, a maioria dos estudos mostrou que a técnica possui um tamanho de efeito muito discreto quando comparada aos antidepressivos e estabilizadores de humor”, diz o médico acrescentando que “tudo isso é importante porque a TMS se trata de um procedimento bastante caro, com sessões custando em torno de R$500 sendo que os protocolos das principais clínicas compreendem  entre 10 e 20 sessões”, explica. 

Cerca de 30% dos pacientes com depressão não alcançarão a melhora da depressão e o retorno à vida habitual após 3 trocas de medicamentos antidepressivos e muitos deles buscam na TMS uma resposta para a melhora  ou remissão dos seus sintomas depressivos, mas vale lembrar que cada paciente tem uma resposta a cada tipo de tratamento e não dá para julgar a fórmula mais eficaz para a população de modo geral para tratar a depressão.




FONTE: Dr. Diego Taraves - Graduado em medicina pela Faculdade de Medicina de Botucatu - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (FMB-UNESP) em 2010 e residência médica em Psiquiatria pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IPQ-HC-FMUSP) em 2013. Psiquiatra Pesquisador do Programa de Transtornos Afetivos (GRUDA) e do Serviço Interdisciplinar de Neuromodulação e Estimulação Magnética Transcraniana (SIN-EMT) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IPQ-HC-FMUSP) e coordenador do Ambulatório do Programa de Transtornos Afetivos do ABC (PRTOAB).




2 comentários:

  1. Muitísssimo obrigada, pelos esclarecimentos! Eu estou a pesquisar há 3 dias, se a Estimulação Magnética Transcraniana seri a melhor saída para a minha próxima depressão bipolar q não responde bem aos antidepressivos e o lítio ameniza minhas fases depressivas, mas não as evita.Este parecer médico está de acordo com o que o meu médico, Dr. Sílvio Morais, do setor de Psiquiatria de R.Preto, acredita. O ECT, ainda é o melhor remédio para depressões extremas, mas não é o meu caso mais...

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  2. Muitísssimo obrigada, pelos esclarecimentos! Eu estou a pesquisar há 3 dias, se a Estimulação Magnética Transcraniana seri a melhor saída para a minha próxima depressão bipolar q não responde bem aos antidepressivos e o lítio ameniza minhas fases depressivas, mas não as evita.Este parecer médico está de acordo com o que o meu médico, Dr. Sílvio Morais, do setor de Psiquiatria de R.Preto, acredita. O ECT, ainda é o melhor remédio para depressões extremas, mas não é o meu caso mais...

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