Estima-se que
cerca de 6% dos bebês irão apresentar essa condição
Quem é mãe de primeira viagem
sabe como é angustiante quando o bebê apresenta alguma alteração. Por isso,
hoje vamos falar sobre um problema bem comum nos recém-nascidos: a obstrução
do canal lacrimal.
A lágrima é um líquido produzido pelas glândulas lacrimais para lubrificar os olhos e dar proteção contra micro-organismos (bactérias e vírus) e demais substâncias que podem afetar os olhos (poeira, poluição, etc.). A lágrima, depois de produzida, é drenada pelas vias lacrimais e conduzida para a parte interna do nariz. Com isso, há lubrificação e limpeza contínuas do globo ocular.
Entretanto, alguns bebês podem apresentar obstrução do canal lacrimal, gerando os seguintes sinais e sintomas:
A lágrima é um líquido produzido pelas glândulas lacrimais para lubrificar os olhos e dar proteção contra micro-organismos (bactérias e vírus) e demais substâncias que podem afetar os olhos (poeira, poluição, etc.). A lágrima, depois de produzida, é drenada pelas vias lacrimais e conduzida para a parte interna do nariz. Com isso, há lubrificação e limpeza contínuas do globo ocular.
Entretanto, alguns bebês podem apresentar obstrução do canal lacrimal, gerando os seguintes sinais e sintomas:
- Lacrimejamento constante em um ou nos dois olhos
- Secreção com aspecto purulento (olho melado)
- Pálpebras coladas quando a secreção está seca
- Irritação da pele (dermatite da pálpebra)
Por que isso acontece?
Segundo a oftalmopediatra Dra. Marcela Barreira, a maioria dos casos de obstrução do canal lacrimal em bebês acontece devido ao entupimento de uma membrana na região da válvula de Hasner, que liga o ducto lacrimal à cavidade nasal. “Isso quer dizer que em vez das lágrimas percorrerem o caminho esperado, elas permanecem nos olhos, causando o lacrimejamento constante. Estima-se que 1 em cada 25 bebês irá apresentar a forma congênita da condição, ou seja, o problema está presente desde o nascimento”, diz a médica.
“Há também outras causas que podem causar lacrimejamento constante, como conjuntivite, glaucoma congênito, triquíase (quando os cílios nascem para dentro) ou ainda o fechamento incompleto das pálpebras”, explica Dra. Marcela.
Diagnóstico e tratamento
O diagnóstico e o tratamento devem ser feitos por um oftalmopediatra. “Na maioria dos casos, o problema tende a se resolver até o bebê completar um ano. Isso porque com o tempo a espessura das vias lacrimais aumenta, ajudando a desobstruir. Mas, para melhorar a drenagem das lágrimas é possível realizar alguns procedimentos, como a massagem das vias lacrimais. Até o quinto mês de vida, observamos a evolução do quadro com medidas menos invasivas, como massagem e limpeza dos olhos”, afirma a oftalmopediatra.
Mas, Dra. Marcela explica que alguns bebês precisam de tratamentos cirúrgicos, como a sondagem e irrigação do canal lacrimal e, em outros casos, uma cirurgia chamada dacriocistorrinostomia, na qual é criada uma nova comunicação do canal lacrimal com o nariz, através de uma abertura óssea na fossa lacrimal. “Esse procedimento é indicado quando a sondagem não resolveu a obstrução ou ainda quando a criança passa do momento de fazer a sondagem”, explica a médica.
O prognóstico da obstrução do canal lacrimal é bom na maioria dos casos, cerca de 90 a 95% dos bebês tendem a apresentar melhora do quadro ao completar um ano de vida. O importante, para Dra. Marcela, é diagnosticar e tratar precocemente, tanto para evitar procedimentos mais invasivos, como para aliviar os sintomas.
Fonte: NeuroKinder
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