Quando acaba a licença-maternidade, a mulher se encontra diante de muitas dúvidas e impasses. A principal delas talvez seja decidir quem ficará responsável pelos cuidados do bebê. É melhor colocar o filho numa escolinha, contratar uma babá ou deixá-lo com a avó? Essa pergunta (que não tem apenas uma resposta) costuma rondar as cabeças das mães, principalmente as de primeira viagem.
Além da preocupação natural, pesa a dificuldade de se afastar do recém-nascido. Mas, como explica Luciana Barros de Almeida, presidente da ABPp (Associação Brasileira de Psicopedagogia), a mulher deve aceitar que a separação é necessária: "A mãe, para ser suficientemente boa, deve ter a compreensão de que somos seres sociáveis e por mais que ela deseje proteger sua 'cria' a convivência com outras pessoas que não apenas a mãe e o pai é altamente favorável e necessária ao desenvolvimento saudável da criança".
Essa separação deve ser gradual, aumentando seu tempo à medida que a criança cresce. Aos dois meses, ela já pode ficar até 1 hora longe da mãe. Segundo Luciana, a mulher pode usar esse tempo para praticar atividades físicas. Quando chega o momento de colocar a criança numa escolinha, a recomendação é a mesma: aumentar o tempo de separação aos poucos.
O ideal é começar deixando o pequeno na escola 1 hora por dia três vezes por semana e, depois,duas vezes por semana por um período correspondente à metade do que ele ficará lá depois da adaptação. "Assim, quando a mãe tiver que retornar ao trabalho terá mais segurança para separar-se do filho e reciprocamente a criança se sentirá mais segura por não se sentir num lugar estranho", explica a presidente da ABPp.
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