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terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Cinco fatos sobre as crises de ausência



Os episódios, confundidos com outros distúrbios, são manifestações da epilepsia que duram segundos e provocam perda do contato com o exterior


A quebra de estigmas se mostra cada vez mais importante para a sociedade, em diversos aspectos. Com a epilepsia, isso não é diferente: a inclusão dos pacientes na sociedade depende diretamente da diminuição de preconceitos e mitos acerca da doença, evitando o medo e a vergonha.

"A epilepsia é uma doença crônica caracterizada por crises epilépticas que ocorrem devido a uma atividade excessiva anormal das células cerebrais, causando nos pacientes comportamentos, sintomas e sensações anormais, incluindo, algumas vezes, perda de consciência. Porém, a maioria das pessoas costuma relaciona-la apenas às crises convulsivas, que acontecem quando o paciente cai no chão e se debate", pontua a Dra. Maria Luiza Manreza, doutora em Neurologia pela Universidade de São Paulo (USP).

Para uma vida saudável é muito importante que não só a pessoa com epilepsia entenda a sua condição, mas também seus familiares e todos aqueles que com ela convivem. Para que não haja discriminação, além de conhecer as características da doença é necessário compreender suas diferentes manifestações além de reconhecer as diferenças entre elas. Entre as crises epilépticas mais frequentes estão as crises de ausência, mais comuns em crianças e adolescentes.

Abaixo estão cinco fatos sobre essas crises, que contribuirão para um maior esclarecimento sobre a enfermidade:

  •     A crise de ausência, também conhecida como o "pequeno mal", costuma durar entre 10 a 30 segundos e provoca no paciente um olhar vago, demostrando distanciamento com o seu arredor. "É comum confundirem este sintoma com algum distúrbio de atenção", salienta a Dra. Maria Luiza;
  •     Além do "desligamento", podem ocorrer outros sintomas, sempre discretos, como contração dos músculos do rosto, pequenos movimentos com as mãos e a cabeça;
  •        Na infância estas crises tendem a se repetir várias vezes ao longo do dia prejudicando as atividades escolares;
  •       Após a crise, a pessoa volta naturalmente à atividade que exercia, geralmente sem se dar conta do ocorrido. "Uma atitude importante de quem está por perto é permitir que ela continue fazendo o que estava planejando",  conclui a doutora;
  •      Quando acontecem na infância estas crises tendem a desaparecer ao longo da adolescência, desde que um diagnóstico pronto e o tratamento correto tenham sido feitos. 

A palavra-chave para lidar com essa manifestação é paciência. É preciso respeitar o momento em que acontece a crise e esperar que ela passe espontaneamente. Além de ajudar o paciente, seguir essa postura harmoniza o ambiente para aqueles que presenciam o evento, o que incentiva uma maior aceitação e convívio com a doença. Assim como nas outras formas de epilepsia, é fundamental procurar um neurologista.




 Fonte: UCB Biopharma


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