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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

A média de duração dos casamentos atuais é de 5 anos. A especialista em terapia de casais Carla Zeglio comenta os 6 pontos que estão aumentando cada vez mais as crises na vida a dois.



Cada dia mais os dados apontam para um número maior de divórcios, que estão cada vez mais crescente nos últimos anos. Para a especialista em terapias de casais e sexualidade e psicóloga Carla Zeglio, isso não acontece por uma crise isolada. “Ela acontece com o tempo e uma somatória de fatores”, diz.
As expectativas sobre o casamento podem ser confirmar ou não depois do “sim” no altar, é aí que começam os desentendimentos. “Quando casamos temos a ideia de uma relação muito prazerosa com a pessoa que escolhemos, para passarmos a vida toda, até que a morte nos separe, mas não é bem assim que acontece e cada vez as pessoas estão menos tolerantes umas com as outras, por isso os casos de separação estão aumentando”, diz Carla.
Mas, não precisamos nem entrar na questão do divórcio, especificamente. Falaremos das questões importantes que afastam os casais:

1-         Olhar para o outro como humano e cheio de falhas, diferente de tudo o que eu sonhei.
Isso é uma ruptura da ideia de perfeição. No primeiro ano de relacionamento é o suficiente para que entendamos que o outros é muito diferente de tudo que imaginamos no namoro.” O namoro não é suficiente para entendermos como será viver com o outro, isso só poderá ser visto no dia a dia do casal”, fala Carla.

2-         A adaptação de duas educações
Duas famílias, mesmo que morem na mesma rua, tem processos educativos distintos. “E isso vai desde o tipo de comida até a forma de demonstrar cuidado, aqui moram as grandes indiferenças entre duas pessoas”, comenta a psicóloga.  

3-         Vida financeira
As discussões sobre como utilizamos o dinheiro de entrada do casal é um ponto de muita discórdia entre muitos casais. Ideias diferentes sobre quais são as prioridades podem mudar a relação para o bem e para mal.

4-         Interferências das famílias de origem
Ou seja, os sogros e familiares podem interferir diretamente para a instalação da crise em algum momento. Quando chegam os filhos então isso tende a aumentar cada vez mais. 

5-         Filhos – ter ou não ter? Se tivermos, como educamos?
Crianças pequenas modificam a convivência já que necessitam de atenção 24 horas ao dia.  “Neste momento o casal começa a sentir ainda mais as diferenças se apresentarem”, alerta a terapeuta.

6-         Questões sexuais também são motivo de crise
A grande maioria dos casais que buscam ajuda terapêutica estão com uma vida sexual empobrecida e disfuncional. “Neste momento, iniciamos o trabalho de discussão sobre questões que sejam importantes para ambos, sobre a qualidade de vida sexual”, completa a especialista.



Carla Zeglio - Experiência em psicoterapia sexual e supervisão clínica com enfoque na sexualidade e faz atendimentos de casais em psicoterapia. Graduada em Psicologia pela Universidade São Judas Tadeu (1995), diretora e psicoterapeuta sexual do INPASEX- co-editora da Revista terapia sexual: Pesquisa e Aspectos Psicossociais. Foi Tesoureira da FLASSES - Federación Latinoamericana De Sociedades De Sexologia Y Educación Sexual (2003 / 2005) e Membro do Comitê de Ética da FLASSES (2007-2011). Coordenadora e Idealizadora do CEPES - Curso de Especialização em Psicoterapia com enfoque na Sexualidade. Organizou e presidiu os encontros Brasileiros de Análise do Comportamento e Terapia Cognitivo-Comportamental com Casais e Família (2012 e 2013).





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