Em idosos, crianças e grávidas o problema pode ser
maior
As carnes, os frutos do mar, saladas e maioneses
são os alimentos que têm maior facilidade de serem contaminados e de provocar
intoxicação alimentar. No mês de janeiro o litoral está sendo marcado por
inúmeros casos, tanto em crianças como adultos. De acordo com o nutrólogo do
Hospital Nossa Senhora das Graças, Dr. Guilherme Augusto Rolim de Moura, no
verão, as chances de ter uma intoxicação aumentam, devido à exposição dos
alimentos ao calor. “A conservação e validade dos alimentos são prejudicadas
pelo aumento da temperatura e os agentes causadores dessa doença tendem a se
multiplicar”, explica.
Para a maioria das pessoas, a intoxicação
gastrointestinal é uma experiência desagradável que dura entre um a dois dias.
Normalmente, o próprio organismo cria mecanismos de defesa e regulariza a
função intestinal.
O médico alerta que intoxicação pode ser perigosa
em crianças pequenas, idosos, pessoas com o sistema imunológico comprometido e
mulheres grávidas. “As crianças não têm o sistema imunológico totalmente
fortalecido e, por isso, são mais suscetíveis a esse tipo de doença e merecem
atenção especial. Qualquer pessoa nesses grupos de risco deve procurar
imediatamente um serviço médico de emergência”.
Sintomas
A intoxicação alimentar ou gastrointestinal é uma
reação do organismo à ingestão de água e/ou alimentos contaminados durante o
preparo, manipulação ou armazenamento. Os sintomas são náuseas, fraqueza ou
cansaço, dor abdominal (cólica) e aumento do número de evacuações com perda de
consistência das fezes (diarreia). Também pode ocorrer febre, dor de cabeça e
no corpo. Quando ocorre perda excessiva de líquidos nas fezes e vômitos, a
pessoa pode sentir-se desidratada, com a boca seca, tontura, diminuição da
urina, taquicardia, queda da pressão arterial, irritabilidade e confusão
mental.
Previna-se
Na suspeita de intoxicação alimentar e para
prevenir-se, Dr. Guilherme recomenda:
Em casos de suspeita
Repousar;
Ingerir líquidos para hidratar o organismo, como
água de coco, soro e isotônicos;
A partir do momento que a pessoa conseguir ingerir
líquidos sem vomitar, deve-se iniciar uma dieta leve;
Deve-se evitar o consumo de alimentos gordurosos,
doces, leite e derivados, refrigerantes, bebidas alcoólicas, frutas (indicado
apenas maçã sem casca e banana);
Deve-se verificar a temperatura corporal com um
termômetro;
Deve-se observar o aspecto das fezes.
Em caso de febre, o vômito ou a diarreia
persistirem e apresentar sangue ou muco (semelhante ao catarro) nas fezes, a
procura por atendimento em unidades de saúde deve ser imediata.
Para prevenção
Lave as mãos antes de preparar alimentos;
Lave frutas e verduras em água tratada e corrente;
Mantenha os alimentos na geladeira;
Preste atenção aos prazos de validade dos
alimentos;
Ao descongelar uma comida, o ideal é utilizar o
refrigerador, pois em temperatura ambiente aumenta a chance do desenvolvimento
de bactérias;
Compre comidas de
fontes seguras (em restaurantes conhecidos e com tradição de higiene).
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