Dados atualizados pelo Ministério da Saúde e
divulgados no último dia 16 de janeiro apontam que no Estado de Minas Gerais já
são 152 casos notificados suspeitos de Febre Amarela Silvestre, em 26
municípios. Já são também 22 casos prováveis de óbitos provocados pela doença e
outros 47 suspeitos. Em 2015 e 2016, de acordo com levantamento do Ministério
da Saúde, o país registrou apenas 15 casos de Febre Amarela Silvestre, e apenas
10 mortes.
Transmitida pela picada de mosquitos dos gêneros Haemagogus
ou Sabethes infectados com o vírus, a Febre Amarela, se não tratada
rapidamente, pode levar à morte em cerca de uma semana. Por isso, vale ficar
atento aos sinais que a doença provoca, que podem ser calafrios, dores nas
costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. Para
casos mais graves, os sinais mais frequentes são febre alta, icterícia e
hemorragia.
O Biólogo Horácio Teles, membro do CRBio-01 –
Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT e MS), lembra que, apesar de
algumas contraindicações, o principal meio de prevenção da doença é a vacina.
Recomendada para a população a partir dos quatro meses de vida, uma única dose
da vacina já é o suficiente para a proteção contra a doença.
Sobre as suspeitas de que o desastre ambiental
causado pela empresa Samarco em Mariana tenha influenciado o surgimento dos
casos registrados da doença em Minas, Teles acha pouco provável, “ainda que os
impactos ambientais dessa tragédia incluam outros problemas de saúde pública”,
diz o Biólogo.
Mas, para ele, a descoberta de macacos afetados
pelo vírus nas proximidades das cidades é um importante indicador do risco de
reinstalação da febre amarela urbana. “A existência do Aedes aegypti na
maioria das cidades brasileiras potencializa os riscos do alastramento da febre
amarela”, completa.
Diante dessas circunstâncias, Teles reforça que a
medida mais eficiente para o controle da situação é a vacinação da população.
“O mais rápido possível, pelo menos nas áreas com o registro de epizootias e
onde a circulação do vírus é endêmica”, conclui. Em São Paulo, há registros de
casos nas regiões de São José do Rio Preto e de Ribeirão Preto.
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