Especialista em finanças explica a Oneomania, a doença do consumismo, e diz como evitar chegar a esse ponto
Não
é surpresa para ninguém que um dos grandes vilões do sucesso financeiro, é o perfil
consumista. Conhece uma pessoa que vai ao shopping comprar algo que realmente
não precisa? Ou mesmo aquela que visita endereços de compra na Internet e
adquire as mais diversas e desnecessárias bugigangas? Mas quando consumimos em
excesso e somos financeiramente descontrolados, o resultado é inevitável:
aumento de dívidas com cartões de credito, conta corrente negativa, perda de
bens, e, até mesmo, lares destruídos. Pessoas endividadas, muitas das vezes, se
isolam e, para amenizar suas dores e carências, fruto do próprio isolamento,
recorrem à novas compras, e, então, inicia-se um círculo vicioso sem fim.
Segundo
o palestrante e coach financeiro, Robson Profeta, nossa sociedade valoriza o
“ter” em detrimento do “ser”. “É uma constatação. Somos acostumados a avaliar -
e sermos avaliados - pelas nossas roupas, casas, carros, hierarquia social,
patentes etc”, comenta o profissional. “Além disto, a maioria dos veículos de
comunicação está vendendo tudo a todo instante. Temos o Big Data, ou seja, a
inteligência das máquinas que analisa nosso padrão de consumo na Internet. Se
você, inocentemente clica em um anúncio de sapato, a foto deste sapato
aparecerá nas suas redes sociais, sites de busca, e-mail, ou mesmo no seu celular”, completa.
Além
de sermos uma sociedade de consumo, segundo o coach, o problema vai muito mais
a fundo “Como se não bastasse, existe em nosso cérebro, um neurotransmissor
chamado dopamina - responsável pela sensação de prazer. Este neurotransmissor
também é liberado quando vamos às compras. A dopamina funciona como uma droga,
seu efeito causa prazer, mas passa cada vez mais rápido, e então, precisamos de
mais. É como se estivéssemos aumentando a dose da droga, pois a mesma está
perdendo seu efeito”, diz Robson.
Ainda
de acordo com o profissional, o medo, ansiedade, depressão e angústia, são
alguns sentimentos comuns na sociedade atual. Estes sentimentos precisam ser
combatidos para que nossa vida não fique preto e branca “Quando preenchemos
nossas vidas com amigos, esportes, encontros sociais, a tornamos colorida. Bem
ou mal, as compras também entram aqui para ajudar a colorir nossas vidas”,
conta o coach. Se vivemos o consumismo; se a tecnologia nos ajuda a consumir
mais e mais; se sentimentos ruins existem e precisamos espanta-los; se existe
um neurotransmissor que gera prazer ao comprar, fica muito fácil entender
porque consumimos.
“A
primeira etapa para o tratamento da ‘Oneomania’
é a tomada de consciência. É reconhecer a existência do problema e, claro, se
não conseguir resolver, buscar ajuda profissional. Além de profissionais
especializados, que podem auxiliar no processo de cura, existem sites de apoio
como, por exemplo, ‘Devedores Anônimos’, que prestam um excelente serviço à
sociedade”, aconselha o especialista.
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este texto, pois neste momento alguém pode estar prestes a sacar o cartão de
crédito para fazer uma comprinha “desnecessária”.
Robson Profeta - Coach Financeiro
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