Sintomas da doença em equinos são
semelhantes aos dos seres humanos
#congressoalergia2016
Um tema inédito entra na pauta do XLIII Congresso
Brasileiro de Alergia e Imunologia: Alergia Veterinária. Dentre as discussões
sobre o assunto está a asma em cavalos ou asma equina, doença comum que atinge
cerca de 15% a 20% em diferentes raças de cavalos a partir dos sete anos de
idade, denominada até então como obstrução recorrente das vias aéreas (ORVA).
O Professor Titular da Escola de Ciências da Vida da
Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e médico veterinário
convidado para palestrar durante o XLIII Congresso da ASBAI, Pedro Vicente
Michelotto Jr., explica que ainda se sabe pouco sobre a questão genética no
desencadeamento da asma nos cavalos, porém, os fatores de risco ambientais são
bem conhecidos.
“O cavalo deveria viver no campo, mas, a partir do momento
que é colocado em cocheiras, fica em um ambiente com menor qualidade do ar.
Além disso, dorme em cima de uma 'cama' de serragem, maravalha ou feno, todas
fontes de poeira rica em alérgenos. O capim também foi substituído por feno,
que também é fonte bastante rica em poeira e alérgenos capazes de chegar às
regiões mais periféricas das vias aéreas, provocando a resposta alérgica”,
comenta o médico veterinário.
Os sintomas da asma em cavalos são semelhantes aos
relatados nos seres humanos: tosse espontânea e persistente ou recorrente,
dificuldade respiratória e presença de sibilos na auscultação pulmonar.
“Usamos, rotineiramente, a broncoscopia em clínica de equinos, e o que se
encontra nesses casos é uma quantidade exacerbada de muco traqueal”, conta Dr.
Michelotto Jr.
Tratamento - Compreende o uso do broncodilatador
e do corticosteroide, associado a uma melhora ambiental. Dr. Pedro conta que
participa de um grupo que está pesquisando o uso da terapia celular, já com
resultados bastante interessantes. “O estudo da terapia celular busca um
controle das modificações teciduais observadas na asma, além de procurar fugir
dos efeitos colaterais dos medicamentos convencionais que usamos”, explica o
especialista.
A asma em cavalos é tratada, mas não há cura. Segundo o
professor, esse é o maior desafio para o médico veterinário clínico de equinos,
já que o cavalo, sendo um animal envolvido em atividades desportivas, tem que
permanecer no ambiente que é propício à doença.
Congresso – Inédito em um congresso de saúde
humana, o tema Alergia Veterinária despertou surpresa ao Dr. Pedro Michelotto
Jr. quando recebeu o convite para palestrar. Segundo ele, no exterior já é
comum reunir pesquisadores das áreas Humana e Veterinária.
“A abertura deste espaço certamente nos ajudará a ouvir os
experts em alergia e imunologia e, ao mesmo tempo, poderemos passar nossa
experiência. Isto vem ao encontro do conceito de ‘saúde única’. Espero que
possamos sair com algumas soluções e com muitas ideias e parcerias”, conclui o
veterinário.
Com
o tema “A vida com alergia: da criança ao idoso”, Curitiba se tornará a casa de
renomados especialistas nacionais e internacionais que estarão na cidade para
participar do XLIII Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia.
Estima-se um público de 1.500 pessoas durante o evento.
XLIII Congresso Brasileiro de Alergia e Imunologia
de 28 de setembro a
1º de outubro
Expo Curitiba
Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de
Souza, 5300. Campo Comprido -Curitiba
Informações e
Inscrições: http://congressoalergia2016.com.br/inscricoes/index.php#menuinscricoesSobre a ASBAI
A
Associação Brasileira de Alergia e Imunologia existe desde 1946. É uma
associação sem finalidade lucrativa, de caráter científico, cujo objetivo é
promover o estudo, a discussão e a divulgação de questões relacionadas à
Alergologia e à Imunologia Clínica, além da concessão de Título de Especialista
em Alergia Clínica e Imunologia a seus sócios, de acordo com convênio celebrado
com a Associação Médica Brasileira. Atualmente, a ASBAI tem representações
regionais em 21 estados brasileiros.
Twitter: @asbai_alergia
Facebook: Asbai Alergia
www.asbai.org.br
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