Ministério da Saúde está investindo R$ 3,7 milhões para a impressão de 3,2 milhões de unidades do documento, que qualifica a atenção pré-natal no Sistema Único de Saúde
O
Ministério da Saúde acaba de lançar a nova Caderneta da Gestante, instrumento
de acompanhamento do pré-natal dirigido aos profissionais de saúde e mulheres
gestantes que usam os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS). O documento
inclui um cartão de acompanhamento do pré-natal para registrar as consultas
clínicas e odontológicas, os resultados dos exames e vacinas, entre outras
informações. Nesta edição, a caderneta traz, entre outras novidades,
informações sobre prevenção e proteção contra o mosquito Aedes aegypti, que transmite a
dengue, o chikungunya e o vírus Zika.
O documento contempla as diretrizes de boas práticas na assistência ao
pré-natal, parto e nascimento e as propostas da Estratégia Rede Cegonha,
devidamente alinhadas à Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da
Mulher. Trata-se de um instrumento interativo, que contém espaços para a
gestante e seu/sua parceiro/a fazerem anotações e registrarem impressões sobre
o momento que estão vivendo, além de ajudar a esclarecer as dúvidas mais
frequentes.
Na nova caderneta, os profissionais de saúde poderão registrar todos os dados
das consultas e informações clínicas da gestante, e será disponibilizada em
todos os serviços de saúde que realizam pré-natal pelo SUS no Brasil. Para as
gestantes e seus familiares, trata-se de um documento muito útil, uma vez que
traz orientações sobre como será o acompanhamento pré-natal, informações
importantes sobre os cuidados na gestação, sinais de trabalho de parto,
fisiologia do parto humanizado e cuidados com o puerpério (período de 42 dias
após o parto) e amamentação.
A caderneta favorece a qualificação da atenção pré-natal à medida que os
procedimentos e condutas clínicas são realizados e avaliados, sistemática e
periodicamente, em todas as consultas, junto com possíveis diagnósticos, que
são devidamente registrados no documento. Isso permite um fluxo melhor de
informações entre os profissionais, serviços de saúde e um cuidado mais
adequado à paciente. Estão sendo investidos R$ 3,7 milhões para a impressão de
3.192.737 cadernetas e fichas perinatais, instrumento de registo do pré-natal
que será anexado ao prontuário da gestante e servirá como espelho da caderneta.
”É fundamental que a mulher, no momento da gravidez, tenha acesso a informações
seguras e baseadas em evidências científicas sobre o processo de gravidez,
parto e puerpério. É importante também que ela conheça seus direitos civis,
quais são as rotinas recomendadas para as consultas de pré-natal e quais exames
clínicos, laboratoriais e vacinas devem ser realizados durante o período. O
acesso a essas informações contribui para um maior empoderamento dessas
mulheres, fortalecendo a sua autonomia e protagonismo, assim como sua confiança
nos processos naturais da gestação, parto e amamentação”, explicou a
Coordenadora Geral de Saúde das Mulheres do Ministério da Saúde, Maria Esther
Vilela.
A Caderneta também favorece o diálogo com a gestante, as ações de educação em
saúde individuais e coletivas e permite que as mulheres tenham um instrumento
portátil onde estão registradas todas as informações referentes ao seu
pré-natal, o que garante a obtenção de informações por outros serviços de saúde
no caso de emergências e a continuidade da atenção prestada quando houve
deslocamento em território nacional.
NOVIDADES – A
primeira versão da caderneta da gestante foi publicada em 2015. A de 2016 tem muitas
novidades em relação ao cartão anterior. Na nova versão, além de informações
sobre prevenção e proteção contra o mosquito Aedes aegypti, estão os dados
sobre a importância do tratamento da sífilis e prevenção da sífilis congênita,
incluindo espaço para registro do tratamento.
O documento traz ainda informações sobre a assistência ao parto por enfermeira
obstetra ou obstetriz e espaços para registro do plano de parto e pré-natal do
parceiro. A caderneta possui uma linguagem simples e objetiva para dialogar com
as mulheres durante a gestação, por meio de textos e figuras explicativas nas
ações de educação em saúde.
REDE CEGONHA – A
Rede Cegonha, estratégia lançada em 2011 pelo governo federal para proporcionar
às mulheres saúde, qualidade de vida e bem estar durante a gestação, parto,
pós-parto e o desenvolvimento da criança até os dois primeiros anos de vida,
tem como objetivo reduzir a mortalidade materna e infantil e garantir os
direitos sexuais e reprodutivos de mulheres, homens, jovens e adolescentes. A
iniciativa qualifica os serviços ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no
planejamento familiar, na confirmação da gravidez, no pré-natal, no parto e no
puerpério, além de contribuir para a redução das taxas de mortalidade materna e
neonatal. Atualmente, a Rede Cegonha desenvolve ações em 5.488 municípios,
alcançando mais de 2,5 milhões de gestantes.
Gustavo Frasão
Agência Saúde
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