Animais que atuam em projeto
piloto da prefeitura no Cemitério da Consolação têm condições precárias de
acomodação e manejo.
A
prefeitura de São Paulo está empregando cães da raça Rottweiler para realizar a
segurança do Cemitério da Consolação, em projeto piloto. Com a queda das
ocorrências de roubo no local, deve expandir a ação para os cemitérios do
Araçá, São Paulo e Quarta Parada.
Vistoria
surpresa realizada nesta quinta-feira (26) pela Polícia Militar Ambiental, a
pedido do deputado estadual Feliciano Filho (PEN), constatou que os animais
estão sendo submetidos a maus-tratos, em condições precárias de acomodação e
manejo.
“Recebi
as denúncias e imediatamente pedi a ajuda de uma bióloga que faz perícia
judicial em casos como este. Acionei a Polícia Militar Ambiental para que lhe
desse apoio em uma vistoria surpresa, na tarde desta quinta-feira,” informou
Feliciano. “A partir do seu laudo, tomaremos as devidas providências.”
A
vistoria confirmou as denúncias. Os cães, que guardam o cemitério à noite, ficam
o dia todo em cubículos de compensado, na terra, com pouca ou nenhuma cobertura
para protege-los do sol, e com ventilação restrita. “Em alguns espaços, não
encontramos nem água, nem comida,” acrescenta a bióloga Andréa Freixeda, que
também presta serviços para a Biofauna e o santuário de animais Rancho dos
Gnomos. “A situação é pior do que esperávamos.”
À Polícia
Militar Ambiental, os coordenadores do cemitério afirmaram que o espaço é
provisório e que os animais estariam em um canil de alvenaria, de dimensões e
condições apropriadas, em um mês. “Isso não justifica deixarem os animais nesta
situação,” disse Andréa.
Enquanto
alguns funcionários defendem a permanência dos animais, alegando que os furtos
caíram a zero depois que eles chegaram, vários procuraram a equipe de vistoria
para denunciar as condições. “Dá até dó ver os bichinhos assim, o dia inteiro,
no sol, na chuva”, contou um deles, que já fez até um boletim de ocorrência
sobre o caso. Outros reclamam que os animais não têm tratadores especializados
e que funcionários da faxina foram deslocados para cuidar dos Rotweiller.
Assessoria
de Imprensa: Ricardo Viveiros & Associados – Oficina de Comunicação
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