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quinta-feira, 5 de março de 2015

Doenças cardiovasculares em mulheres: conheças as mais comuns e previna-se




Apesar disso, Cardiologia não é uma especialidade muito procurada por elas; prevenção e acompanhamento médico são fundamentais

As doenças cardiovasculares ainda são a principal causa de morte entre o público feminino, atingindo mais de 8,6 milhões de mulheres*. O autoconhecimento e a informação são ferramentas importantes para diminuição dos riscos, acredita o Dr. Marcelo Paiva, cardiologista do Centro de Cardiologia do Hospital 9 de Julho.
O médico explica a seguir quais são as principais doenças e como evitá-las:
· Infarto do miocárdio (músculo do coração): ainda é a maior causa de morte (3,4 milhões*). “Em mulheres, há um maior risco de complicações no caso do infarto agudo do miocárdio devido a fatores anatômicos e epidemiológicos”, explica o Dr. Paiva. O problema, que ocorre quando uma artéria que irriga o coração fica obstruída, leva a falta de circulação e a consequente morte das células. Quando estão infartando, elas costumam apresentar sintomas atípicos, dificultando o diagnóstico e atrasando o tratamento adequado.

· Angina: normalmente o corpo dá sinais de que algo não vai bem. No caso do coração, um deles é a dor no peito. “A dor torácica pode ter diversas causas, por isso, ao primeiro sinal de forte dor no local, deve-se procurar avaliação médica, principalmente na presença de fatores de risco como idade superior aos 50 anos, tabagismo, diabetes, obesidade, hipertensão arterial, colesterol elevado e sedentarismo”.

· Doenças valvares: o coração possui quatro válvulas, responsáveis pela manutenção do correto fluxo sanguíneo. Se uma destas válvulas não funcionar corretamente, o fluxo pode ficar comprometido, causando o sopro cardíaco, falta de ar, dor no peito etc.

· Insuficiência cardíaca: diversas doenças cardiovasculares, se não foram corretamente diagnosticadas e tratadas, podem evoluir para um quadro mais grave, a insuficiência cardíaca, quando o coração tem suas funções comprometidas. “O ideal é não chegar à insuficiência, que tem um tratamento mais complexo, podendo ser necessário o transplante cardíaco”, observa o médico.
As doenças cardiovasculares em mulheres costumam ser mais graves, por isso, a prevenção é fundamental. “Culturalmente, elas vão sempre ao ginecologista, mas não têm o hábito de fazer uma avaliação cardíaca. Diante dos números, é importante estimularmos a prevenção e o acompanhamento periódico”, finaliza o Dr. Paiva.

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