Apesar disso, Cardiologia não é
uma especialidade muito procurada por elas; prevenção e acompanhamento médico
são fundamentais
As doenças cardiovasculares ainda são a principal causa de morte
entre o público feminino, atingindo mais de 8,6 milhões de mulheres*. O
autoconhecimento e a informação são ferramentas importantes para diminuição dos
riscos, acredita o Dr. Marcelo Paiva, cardiologista do Centro de Cardiologia do
Hospital 9 de Julho.
O médico explica a seguir quais são as principais doenças e como
evitá-las:
· Infarto
do miocárdio (músculo do coração): ainda é a maior causa de
morte (3,4 milhões*). “Em mulheres, há um maior risco de complicações no
caso do infarto agudo do miocárdio devido a fatores anatômicos e
epidemiológicos”, explica o Dr. Paiva. O problema, que ocorre quando
uma artéria que irriga o coração fica obstruída, leva a falta de
circulação e a consequente morte das células. Quando estão
infartando, elas costumam apresentar sintomas atípicos, dificultando o
diagnóstico e atrasando o tratamento adequado.
· Angina: normalmente
o corpo dá sinais de que algo não vai bem. No caso do coração, um deles é a dor
no peito. “A dor torácica pode ter diversas causas, por isso, ao primeiro
sinal de forte dor no local, deve-se procurar avaliação médica, principalmente na
presença de fatores de risco como idade superior aos 50 anos, tabagismo,
diabetes, obesidade, hipertensão arterial, colesterol elevado e sedentarismo”.
· Doenças
valvares: o coração
possui quatro válvulas, responsáveis pela manutenção do correto fluxo
sanguíneo. Se uma destas válvulas não funcionar corretamente, o fluxo
pode ficar comprometido, causando o sopro cardíaco, falta de ar,
dor no peito etc.
· Insuficiência cardíaca: diversas doenças cardiovasculares,
se não foram corretamente diagnosticadas e tratadas, podem evoluir para um
quadro mais grave, a insuficiência cardíaca, quando o coração tem suas funções
comprometidas. “O ideal é não chegar à insuficiência, que tem um tratamento
mais complexo, podendo ser necessário o transplante cardíaco”, observa o
médico.
As doenças cardiovasculares em mulheres costumam ser mais graves,
por isso, a prevenção é fundamental. “Culturalmente, elas vão sempre ao
ginecologista, mas não têm o hábito de fazer uma avaliação cardíaca. Diante dos
números, é importante estimularmos a prevenção e o acompanhamento periódico”,
finaliza o Dr. Paiva.
Fonte: Federação
Mundial do Coração. http://www.world-heart-federation.org/press/fact-sheets/cardiovascular-disease-in-women/#.VO_U9H-VI4c.mailto
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