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sexta-feira, 10 de setembro de 2021

O mercado de exploração de N-Day e o crescimento do modelo “as-a-Service”

O modelo “as-a-Service” vem ganhando adaptações mundo a fora e não é de hoje que os hackers embarcaram nessa onda, vendendo acesso a ferramentas, instruções e listas de alvos vulneráveis. Essa é uma tendência que pode moldar o futuro do mercado de exploração de vulnerabilidades, ainda mais com a criação de plataformas para cibercriminosos oferecendo vantagens como conexão fácil e remota às redes corporativas via RDP (Remote Desktop Protocol).

O estudo A ascensão e queda iminente do mercado de exploração de N-Day no underground cibercriminoso revela que o modelo “as-a-Service” permite que os hackers cobrem preços mais altos do que nas explorações de N-Day. Os valores praticados geralmente começam em mais de US$ 1 mil. Por exemplo, um vendedor ofereceu acesso, por meio de Execução Remota de Código (Remote Code Execution - RCE), a um banco na França, por US$ 1.200, e a um banco na Polônia, por US$ 1.500. Para ter uma ideia de como é lucrativo, em alguns fóruns em inglês explorações do Microsoft Word e do Excel são oferecidas por apenas US$ 35.

Nesse contexto, observamos dois tipos de vendedores “as-a-Service”: os menos experientes e os mais profissionais. Os menos experientes normalmente não dedicam todo o seu tempo à modalidade e precisam contar com a sorte para encontrar explorações que funcionam. Já os vendedores profissionais, por outro lado, têm um leque variado de opções à venda e possuem até portfólio com as principais ofertas negociadas no mercado.
As explorações de vulnerabilidades que foram corrigidas por anos são baratas na deep web e continuam fazendo vítimas. As variantes do ransomware WannaCry, por exemplo, que surgiu em 2017, ainda são predominantes nos dias de hoje. O relatório anual de cibersegurança da Trend Micro mostra que o WannaCry foi a família de malware mais detectada em 2020. E de acordo com Shodan, em busca realizada em junho último, ainda há mais de 650 mil dispositivos vulneráveis a essa família de ransomware.

Número de vulnerabilidades de softwares publicadas, por ano, com base nos CVE atribuídos

Durante nossa pesquisa, vimos o preço de uma exploração cair continuamente ao longo do tempo até que eventualmente caiu para zero. Isso tornou a exploração acessível a mais cibercriminosos. Paradoxalmente, quanto mais tempo passa desde o lançamento de um patch para uma vulnerabilidade, maior é a superfície de ataque, já que a precificação permite que os atacantes mais mal-intencionados incorporem a exploração de vulnerabilidade em seus modelos de negócios.

Mas se já existe um patch para uma vulnerabilidade, por que ela ainda continua lucrativa e fazendo vítimas pelo mundo? A constatação é de que boa parte das empresas não está preparada para lidar com este perigo. É preciso criar a cultura da segurança, entender que vulnerabilidades antigas oferecem riscos e precisam ser saneadas. O patch virtual é a maneira de as organizações ganharem tempo para que as equipes de segurança implementem as atualizações necessárias.

Ao analisar o risco potencial que as vulnerabilidades representam, as organizações devem considerar mais do que os scores de gravidade; elas também devem olhar para o que está sendo explorado no submundo do cibercrime. A longevidade de uma exploração valiosa é mais longa do que pensa a maioria. Essa informação é vital para quem gerencia a segurança cibernética de uma organização. Ao abordar a vulnerabilidade popular de ontem você pode estar, muitas vezes, eliminando o risco mais crítico de hoje.



Franzvitor Fiorim - Diretor Técnico na Trend Micro Brasil


quinta-feira, 9 de setembro de 2021

CFMV lança a campanha “Veterinários. Médicos com V de vida”

Sabe desde quando os médicos-veterinários cuidam da saúde das pessoas e do meio ambiente? Desde sempre. Essa é a tônica da campanha do Sistema Conselhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária (CFMV/CRMVs) de 2021 para comemorar o Dia do Médico-Veterinário, em 9 de setembro. Com o slogan Veterinários. Médicos com V de Vida, as peças de comunicação criam conexões entre as saúdes animal, humana e ambiental.

Por serem médicos, os veterinários são responsáveis pela sanidade dos mais diversos tipos de rebanhos e trabalham em atividades econômicas imprescindíveis ao crescimento do país, como o agronegócio, zelando pela qualidade da proteína animal que alimenta o Brasil e o mundo.  

“A sociedade nos reconhece pelos cuidados prestados aos cães e gatos, mas como médicos-veterinários cuidamos da vida de forma global e integral, tratando da interação entre o homem e o animal, e do impacto gerado ao meio ambiente. Os veterinários são médicos de saúde única”, enfatiza o presidente do CFMV, Francisco Cavalcanti de Almeida. 

Para mostrar esse valor à população e reconhecer o desempenho dos profissionais, as peças publicitárias reforçam: “São mais de 80 áreas de atuação que promovem o bem-estar e o equilíbrio entre animais, pessoas e meio ambiente”. O objetivo da campanha deste ano é abordar a diversidade de campos de trabalho do médico-veterinário, para além da clínica e da produção animal. Ao exercer a Medicina, o veterinário atua no ensino, na pesquisa, na preservação da fauna silvestre, na perícia, nos laboratórios e em tantas outras áreas que serão destacadas no esforço concentrado de comunicação. 

Para celebrar tamanha aptidão e compromisso do médico-veterinário com a proteção à vida, a campanha traz o V maiúsculo do Veterinário para exaltar a Vocação natural do profissional ao cuidar dos animais, das pessoas e do meio ambiente. Marca o V de Vital, quando os médicos-veterinários trabalham na prevenção de doenças transmissíveis de animais para pessoas. Destaca o V de Vacina, sempre que um médico-veterinário trabalha na produção de imunizantes. Reconhece o grande V de Valor, quando o profissional garante a inocuidade dos produtos de origem animal consumidos pela população.  

A estratégia publicitária será nacional, com peças para mídias on-line e off-line que serão veiculadas por três meses. Em setembro e outubro, o filme estará no ar em TV fechada (GloboNews, Viva e CNN Brasil) e segmentada (Canal Rural). Já as postagens de mídias sociais serão impulsionadas até o final de novembro. O spot de rádio também será distribuído durante três meses para mais de duas mil rádios brasileiras AM e FM, e disponibilizado nas plataformas de streaming de áudio, como Spotify, Deezer e Sua Música. 

No dia 9 de setembro, acesse o hotsite da campanha disponível no portal do Conselho Federal (www.cfmv.gov.br) e confira a produção para valorizar os Veterinários. Médicos com V de Vida. O Sistema CFMV/CRMVs reconhece e agradece!


No ‘Dia do Veterinário’ lembre-se de manter os cuidados com a saúde do seu pet

DogHero parabeniza os profissionais do setor pelo carinho e dedicação aos animais

 

O dia 09 de setembro é a data que homenageia o profissional dedicado aos cuidados e saúde dos animais, tratando desde a prevenção até problemas mais graves. O ‘Dia do Médico Veterinário’ também é dedicado a conscientizar os pais e mães de pets da importância de manter uma boa rotina de consultas e carteirinha de vacinação dos animais de estimação em dia.

A comemoração surgiu no ano de 1933, em que, nessa mesma data, foi assinado o decreto (23.133) que regulariza tanto a profissão como o ensino da medicina veterinária no Brasil. Desde então, cada vez mais tem se discutido a melhor forma de ampliar as práticas integrativas e complementares para assegurar a saúde animal.

"Nesta ocasião, gostaríamos de cumprimentar todos os médicos veterinários que cuidam com tanto carinho de nossos pets. Somos imensamente gratos por ter esse profissional pronto para atender os animais seja qual for a necessidade. Há uma maneira especial de homenageá-los, fazendo com que as visitas periódicas sejam cada vez mais cumpridas e os check-ups feitos regularmente, evitando assim as possíveis doenças e tratamentos mais dolorosos", declara Gessica Aragão, Coordenadora de Marca e Conteúdo na DogHero .

É possível aos tutores garantir qualidade de vida e mais saúde para os pets, mesmo diante do desafio da vida moderna. Confira 3 dicas da médica veterinária da DogHero, Thaís Matos, para contribuir com o bem-estar dos animais de estimação.

Caminhar faz bem


Estudos científicos comprovam que quem convive com um cão e passeia regularmente tem uma vida melhor. As vantagens vão bem além da companhia, se estendendo à saúde tanto humana, como animal. Para se ter uma ideia, apenas 30 minutos de interação com o cão já provoca no organismo humano o aumento de ocitocina, conhecido como o "hormônio do amor". Isso significa mais autoconfiança e menos estresse e depressão.

A importância da castração

Podemos considerar uma verdadeira prova de amor dos tutores com o seu pets, pois a castração previne doenças, torna o animal mais tranquilo, aumenta o tempo de vida e ajuda na diminuição do número de animais abandonados. O ideal é que o procedimento seja feito enquanto o pet ainda é filhote, já que a recuperação é muito mais tranquila e com poucos efeitos colaterais. No caso das fêmeas, a castração antes do primeiro cio diminui para apenas 0,5% as chances de desenvolver qualquer tumor de mama. Além disso, o risco de contrair qualquer tipo de doença no sistema reprodutor é menor.


Alimentação que traz longevidade

Quando se fala em prolongar a qualidade e a expectativa de vida, o primeiro passo é a alimentação. Hoje, os tutores podem contar com rações balanceadas, inclusive com ingredientes orgânicos, assim como refeições congeladas bem atrativas. A alimentação natural (ou AN) é uma opção ainda mais interessante para deixar seu pet feliz. Com tempo, é possível preparar em casa uma refeição balanceada e com ingredientes frescos. Mas, se a sua rotina for muito corrida, não precisa desistir: já existe no mercado ração formulada com ingredientes naturais que fornece nutrientes que atendem as necessidades de forma equilibrada, dos cães e gatos. O importante aqui é ser criterioso e eleger a opção mais adequada ao perfil do seu animal de estimação, considerando aspectos como raça, porte, idade, nível de atividade física, e, sobretudo, se há algum problema de saúde. Dessa forma, o combate aos radicais livres e aos processos inflamatórios é potencializado, assim como a saúde do pet.


Campanha de alerta sobre riscos do consumo de álcool durante gravidez tem o apoio da SBP

Informar é uma das mais potentes formas de prevenção e de alerta sobre os riscos do consumo de álcool durante a gravidez. Por isso, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) se uniu à campanha do Centro de Informação sobre Saúde e Álcool (CISA) que, juntamente com a Associação Médica Brasileira (AMB) e Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), promoverá, entre os dias 6 e 10 de setembro, a Semana de Prevenção das FASD (da sigla em inglês Fetal Alcohol Spectrum Disorders). Em português traduzido como "espectro de alterações fetais devidas ao álcool", apresenta a Síndrome Alcoólica Fetal (SAF) como o transtorno mais grave do espectro.

No Brasil, estima-se que 15% das gestantes consomem bebidas alcoólicas, um fator de risco relevante para o desenvolvimento desses transtornos neurológicos e neurocomportamentais, além de danos congênitos. Vale ressaltar que muitas agem assim por desconhecer a importância de abster-se totalmente do álcool desde o início da gestação para evitar danos irreversíveis à saúde dos bebês.

Dessa forma, a campanha tem como objetivo disseminar o conhecimento científico sobre o tema. A ação, que conta também com o apoio da Marjan Farmacêutica, acontece nas redes sociais das instituições, com publicação diária de conteúdos especiais sobre os efeitos do álcool no feto, consequências para a saúde do bebê, diagnóstico precoce e tratamento, dentre outros. No dia 9 de setembro, Dia Mundial da SAF, será postado um vídeo especial, convidando os seguidores a compartilhar e ajudar na divulgação do tema.


RISCOS - Estudos indicam que o álcool atravessa a placenta, o que permite que, em pouco tempo, a concentração dessa substância no sangue fetal se torne equivalente à materna. Entretanto, o organismo do feto, ainda em formação, não consegue metabolizar o álcool, que permanece no seu sangue por mais tempo, até ser eliminado pela circulação materna. Assim, a recomendação é para que gestantes não consumam qualquer tipo ou quantidade de bebida alcoólica durante a gestação.

As consequências vão de disfunções mais sutis, englobadas no espectro de alterações fetais devido ao álcool, até o desenvolvimento da SAF, podendo ocorrer anormalidades faciais, hiperatividade, dificuldade de aprendizado, linguagem e memorização, problemas comportamentais e até complicações cardíacas. O tipo e a gravidade dos prejuízos induzidos pelo álcool dependem do padrão de exposição pré-natal, da dose e do estágio de desenvolvimento do embrião ou do feto no momento da exposição.

 

Qual o cenário da saúde e do home care no Brasil?


Você já parou para pensar que, se não fosse pela medicina, a população mundial morreria até hoje de uma simples dor de dente? A cura de doenças e o próprio conceito do ‘que é ser saudável’ modificou-se durante anos até chegarmos aqui, no século XXI.

Em 1948, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu a definição de saúde como ‘um estágio de bem-estar físico, mental e social e não só a ausência de doenças ou enfermidades’ e esse conceito, sem dúvidas, mudou a forma como vemos a saúde.

O conceito recebeu, ainda, uma mudança maior tendo em vista que os padrões e tipos de doenças mudaram do século passado para cá. Se seguíssemos essa premissa de 1948, milhões de pessoas de todas as idades seriam reprovadas por não atingir um grau satisfatório em nível saudável, até porque a população está cada vez mais velha e os problemas crônicos, deficiências e acidentes permanecem presentes na rotina de um hospital.

Essa antiga definição ainda minimiza o papel da capacidade humana de lidar com desafios físicos, emocionais e sociais. Com isso, ao entender que as pessoas conseguem seguir com uma sensação de realização e bem-estar mesmo quando sofrem de uma condição crônica e deficiência, levou de novo os pesquisadores a buscarem novas definições.

Passamos também por uma série de mudanças tecnológicas e científicas. Os profissionais passaram a se especializar em assuntos alternativos e com outras especificidades da medicina. Hoje, o paciente entende que uma equipe multidisciplinar, o bom atendimento médico, um diagnóstico precoce, a prevenção, o apoio e contato com a família são importantes para qualquer fase de um tratamento, independente do quadro e da gravidade dele.

Todas essas evoluções abrem espaço para o home care. Segundo o Censo Nead-Fipe 2019/2020 a geração de empregos para esse setor, cresceu. São cerca de 106 mil profissionais empregados na atividade. E de acordo com o Núcleo Nacional das Empresas de Serviços de Atenção Domiciliar (Nead), em 2018 eram 18 empresas atuando nesse mercado, hoje, já são mais de 830. Com o avanço do entendimento da população sobre a saúde, os convênios médicos e a própria saúde pública passou a investir mais em tecnologias e formatos de atendimento.

Essa modalidade de atendimento, que prevê a continuidade de um tratamento no domicílio do paciente, possui inúmeros benefícios para pacientes e hospitais. O home care permite a desospitalização precoce, que impacta na redução da lotação de hospitais, diminui riscos de infecção e reinternação de pacientes. Além disso, o cuidado em casa pode acelerar o restabelecimento da saúde do paciente, pela proximidade do contato com médicos e equipes multidisciplinares, qualidade de serviço e pela proximidade com amigos e familiares.

Com a pandemia, vimos saltar a adesão ao home care em cerca de 40%, o que mostra avanços em questão de confiabilidade desse tipo de serviço. Para o futuro da saúde no Brasil, poderemos ver o setor apoiado cada vez mais em tratamentos home care, ou seja, uma adesão ainda maior a essa modalidade e, consequentemente, gerando mais empregos. Hoje, felizmente, também já vimos outros benefícios nesse tipo de atendimento e veremos daqui para frente mais investimentos de aparelhos, tecnologias, profissionais e estudos acerca do home care no Brasil.

Ainda para o futuro do setor, veremos o modelo abraçando cada vez mais pacientes de idades variadas e em todos os serviços, que vão desde a consulta médica, atendimento semanal de um fisioterapeuta, até um paciente que precisa de uma estrutura mais complexa, como é o caso de internação. Para garantir a continuidade dos cuidados e a segurança dos pacientes, destacam-se também as plataformas de telemedicina, que permitem o atendimento a distância por videoconferência. Além da possibilidade de fazer uma teleconsulta, uma reunião entre familiares do paciente por videoconferência, envio online de receitas e exames e com o desenvolvimento da tecnologia 5G veremos mais agilidade e qualidade dos aparelhos, inclusive aqueles que realizam monitoramento de sinais vitais e alteração do quadro de saúde do paciente.



João Paulo Silveira - CEO e fundador da Domicile Home Care, assistência médica em domicílio e é membro do Conselho Fiscal Efetivo da Federação dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (FEHOESP). Especialista em Fisioterapia Cardiorrespiratória pelo Hospital das Clínicas Da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), já trabalhou em locais como o Grupo Hospitalar SOBAM/Hospital Pitangueiras com assistência domiciliar e, antes disso, como fisioterapeuta da UTI Geral do Hospital São Camilo. Além disso, possui curso de liderança 360 na Faculdade Getúlio Vargas (FGV), MBA em administração hospitalar e sistemas de saúde pela Fundação Getúlio Vargas.


Setembro amarelo vale como alerta sobre a importância do cuidado com a saúde mental dentro e fora do ambiente de trabalho

 Rogerio Bragherolli, economista especialista em empregabilidade, ressalta que é fundamental profissionais e empresas criarem práticas para o bem-estar emocional


Quem busca por emprego, ascensão na carreira e sucesso no trabalho, precisa estar atento a uma questão curricular tão fundamental quanto as competências profissionais: a saúde mental. O economista especialista em empregabilidade, Rogerio Bragherolli, alerta para o tema que ganha maior repercussão pelas campanhas de Setembro Amarelo.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, estima-se que a cada 40 segundos uma pessoa morre por suicídio no mundo. No Brasil, os casos passam de 13 mil por ano, podendo ser bem maiores em decorrência das subnotificações. Dos casos de suicídio, aproximadamente 96,8% estavam relacionados a transtornos mentais. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e abuso de substâncias.

"Esses sentimentos e diagnósticos foram expressivamente elevados em decorrência da pandemia, inclusive pelos altos índices de desemprego no Brasil. No último estudo da OMS, os jovens de 15 a 29 anos têm o suicídio como a quarta causa de morte depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal. Essa também é a faixa etária mais afetada pela falta de oportunidade de trabalho no país", comenta Bragherolli.

Diante desse cenário, o especialista em empregabilidade ressalta que a integração entre profissional e pessoal é fundamental para se ter autoconfiança no trabalho, equilíbrio emocional e alta performance. E orienta: "é preciso romper o paradigma de que cuidar dos sentimentos, dos pensamentos e emoções é para quem está doente. Programas de prevenção de transtornos, tanto pelas pessoas quanto pelas empresas, são necessários assim como os exames de rotina no combate ao câncer, a doenças cardiovasculares, etc", exemplifica Bragherolli.

Algumas dicas, são:

• Auxílio psicológico especializado: o profissional deve estar disposto a procurar ajuda terapêutica.

• Exercícios físicos: a saúde mental e a física são aliadas. Portanto, manter atividades físicas é essencial para a melhora do sono e da ansiedade, por exemplo.

• Alimentação saudável: o equilíbrio entre saúde física e emocional também têm interferência da alimentação.

• Lazer: é importante dedicar um tempo periodicamente para atividades prazerosas, voltadas ao entretenimento.

"Outros dados alarmantes são da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho. O ano de 2020 bateu recorde em concessões de auxílio-doença e aposentadorias por invalidez devido a transtornos mentais e comportamentais, somando 576,6 mil casos. O profissional precisa se dedicar para não estar nessa estatística também, assim como as empresas devem criar formas de contribuir com o bem-estar de seus colaboradores. E o que chamamos de ganha-ganha", completa Bragherolli.

 

 

Rogerio Bragherolli

Instagram, Facebook e Linkedin: @rogeriobragherolli

https://www.saindodamedia.com.br


No Setembro Dourado, mês da conscientização do câncer infantil, a Fundação La Roche-Posay estimula iniciativas voltadas para o bem-estar físico e emocional de crianças em tratamento

Desenvolvidas por sete especialistas, as chamadas ‘Massagens Mágicas’, trazem movimentos simples e inspirados em canções infantis, que melhoram a qualidade de vida de crianças com câncer e ajudam a restaurar os laços emocionais

 

O isolamento social durante o tratamento oncológico infantil tem um impacto ainda maior na qualidade de vida das crianças e de seus familiares e, durante o mês destinado à conscientização do câncer infanto-juvenil, a Fundação La Roche-Posay difunde suas soluções reais como técnicas de massagem especiais e portal informativo com o intuito de promover o bem-estar e a qualidade de vida, fundamentais para o processo de tratamento e cura.

Desenvolvidas por sete especialistas na área - enfermeiras certificadas, uma especialista em puericultura, uma esteticista, uma dançarina, uma terapeuta ocupacional e uma fisioterapeuta -, as chamadas ‘Massagens Mágicas’ proporcionam um momento relaxante para crianças que passam pelo tratamento da doença, no hospital ou em casa, com movimentos suaves inspirados em canções infantis. Eles ajudam a restaurar os laços emocionais que podem ter sido desgastados pelo processo de tratamento, na qual os pais e/ou responsáveis muitas vezes focam tanto na recuperação da criança, que esquecem dos momentos de qualidade em um ambiente que muitas vezes pode ser de difícil enfrentamento, tanto para as crianças quanto para suas famílias.

Respeitando as particularidades da doença com tempo, ritmo, intensidade dos movimentos e pressão, além de diferenças culturais, as massagens tiveram seus benefícios comprovados em crianças que recebem tratamentos contra o câncer, e podem ser realizadas pelos próprios pais. A Fundação La Roche-Posay tem uma série de tutoriais em vídeo e um conjunto de cartões disponíveis para ajudar os pais a aprenderem a fazer as massagens. Os tutoriais podem ser encontrados no canal oficial, ‘Massagens Mágicas’, no YouTube, e os cartões são fornecidos às equipes médicas gratuitamente.

"Normalmente não ouvimos muito sobre isso, mas o tratamento oncológico infantil, durante o isolamento social, é um problema real para crianças e seus familiares. Este é o motivo pelo qual trabalhamos em conjunto com os melhores médicos e especialistas científicos, para desenvolver soluções reais. Nosso objetivo é difundir essas informações para que o máximo de crianças e famílias seja beneficiado, demonstrando todo o nosso cuidado e apoio. Ao redor de todo o planeta, 400 mil crianças são diagnosticadas com câncer a cada ano, temos um importante papel coletivo a desempenhar", observa Maíra da Matta, Diretora da La Roche-Posay no Brasil.


Sobre a Fundação La Roche-Posay

Fundada em 1995 sob a égide da Fondation de France, a missão original da Fundação La Roche-Posay é promover programas para dermatologistas ativos nas áreas científica e humanitária. Ao desenvolver programas de câncer pediátrico para melhorar a qualidade de vida das crianças e pais afetados por esta doença, a fundação permanece fiel a seus valores de escuta e proximidade, ao mesmo tempo em que continua suas colaborações de longa data com os principais especialistas. Em fevereiro de 2019, a Fundação La Roche-Posay e a organização Childhood Cancer International começaram o trabalho de criação de um programa internacional para crianças com câncer e suas famílias.

Elaborado com a experiência de um comitê científico e pais, o programa da Fundação La Roche-Posay é construído em torno de ações concretas que são desenvolvidas, expandidas e implementadas de forma contínua.



La Roche-Posay

https://www.suporte-ao-cancer-infantil.com.br/


Risco de trombose relacionada à COVID-19 pode ser bem maior do que pela vacinação

Especialista explica a relação entre a infecção e formação de trombos e porque a vacinação é o melhor caminho


Um recente estudo, conduzido pela Universidade de Oxford, demonstrou que os riscos de desenvolvimento de trombose como consequência de uma infecção por COVID-19 podem ser de oito a dez vezes superior aos casos decorrentes de vacinas. A conclusão da pesquisa “Trombose Venosa Cerebral e Trombose da Veia Porta: Um Estudo de Coorte Retrospectivo de 537.913 Casos de Covid-19” (em livre tradução) vem ao encontro de relatos raros de trombose após a imunização por vacinas de vetor viral, como a Janssen e AstraZeneca.  

As tromboses induzidas por vacinas contra o coronavírus tendem a atingir vasos não usualmente envolvidos pelas tromboses de forma geral, como veias cerebrais e de órgãos, como baço e fígado. “Essas não são as tromboses que a gente normalmente vê no dia a dia. Os casos mais comuns acontecem em veias das pernas e braços, por conta do uso de hormônios, obesidade, inatividade, situações específicas como a gestação e o puerpério, câncer ou alguma predisposição genética, conhecida como trombofilia. Casos envolvendo vasos cerebrais e viscerais são raros”, esclarece o Dr. Marcelo Melzer Teruchkin, cirurgião vascular do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) e da Sociedade Brasileira de Trombose e Hemostasia (SBTH). Os casos de trombose associada à vacina geralmente ocorrem entre cinco e 20 dias após o uso da primeira dose, com maior frequência em mulheres abaixo dos 55 anos e sem comorbidades importantes.  

“Inicialmente essas tromboses, denominadas VITT (trombose e trombocitopenia induzidas por vacina, em livre tradução do inglês), eram tratadas com o medicamento padrão chamado heparina. Infelizmente, os pacientes apresentavam uma piora na evolução do quadro, com queda do número de plaquetas e até a morte” explica o doutor Marcelo. “Atualmente, temos maior conhecimento desse evento adverso raro e usamos um tratamento alternativo com imunoglobulina, corticoides e anticoagulantes não heparínicos, o que melhorou muito a prognóstico dos casos. O tratamento está bem mais eficiente”. 

Ainda não se sabe ao certo o motivo da relação entre algumas vacinas da COVID-19 e a formação de coágulos de sangue, que podem evoluir para tromboses. No entanto, o que os estudos demonstram é que a incidência desse quadro pode variar entre um caso para 125 mil vacinados até um caso para 1 milhão de vacinados. Por outro lado, o risco de trombose por COVID-19 é em média 16,5 casos a cada 100 infectados com quadro em estágio inflamatório – um risco muito superior do que aquele causado pela vacina. 

O médico relata que essas vacinas específicas são desenvolvidas a partir de adenovírus de macacos ou humanos que não nos acarretam infecção. “A vacina insere o adenovírus no organismo humano juntamente com uma pequena partícula do vírus da COVID. Isso faz com que o sistema imunológico interprete essa composição como algo estranho e passe a produzir anticorpos – tudo sem expor o organismo saudável ao risco de uma infecção”, completa. Além dos anticorpos, após duas ou três semanas, também passamos a produzir células de memória, que irão cuidar de possíveis infecções futuras. “É como um aprendizado. Depois de entender como lutar contra o vírus pela primeira vez, o sistema imunológico entende o processo e passa a reproduzi-lo”. E o médico reforça: “A proteção gerada pelas vacinas é bem mais eficiente do que a provocada pela exposição ao vírus, em um caso de infecção pela COVID”.  


Relação entre a COVID-19 e a trombose 

A infecção causada pela COVID-19 não afeta somente os pulmões, mas também pode comprometer a camada interna da parede dos vasos sanguíneos. “Essa parte, chamada de endotélio, é uma das responsáveis por não permitir que o sangue coagule. Nesse caso, se o vírus danifica essa estrutura, o deixa mais propenso à formação de trombo”, explica Dr. Marcelo.  

A relação entre a COVID-19 e a presença de tromboses gerou, no meio médico, discussões, não somente acerca das consequências da infecção, mas também sobre qual seria o tratamento mais adequado. Isso porque o paciente infectado além de apresentar risco aumentado de trombose, também tem risco de sangramento. “Até o momento, um paciente com diagnóstico de infecção pelo coronavírus que necessita de internação deve receber medicação anticoagulante com objetivos de prevenir ou tratar eventos trombóticos” afirma Marcelo. “A cada mês, novos estudos são lançados e novos paradigmas quebrados, então se você tem alguma duvida em relação aos riscos e benefícios da vacinação contra a COVID -19, entre em contato com seu médico ou serviço de saúde”, finaliza.    

 

Alergia alimentar e os impactos psicológicos

Uma em cada cinco mães de alérgicos apresentam transtorno de ansiedade generalizada


Os desafios da gestão da alergia alimentar são complexos e podem gerar impactos psicológicos significativos nos pacientes e em seus pais. Embora no Brasil ainda não haja estatísticas oficiais sobre alergia alimentar, a prevalência parece se assemelhar com a literatura internacional, que mostra cerca de 8% das crianças, com até dois anos de idade, com algum tipo de alergia alimentar. O primeiro tratamento, após o diagnóstico do especialista, é a exclusão do alimento que causa a alergia.

 

Porém, quanto menor a criança e maior o número de alérgenos a serem excluídos, maior também será o sofrimento psíquico de seus pais, que precisam assumir todos os cuidados envolvendo o estabelecimento e manutenção da dieta de restrição e o suporte com a administração de medicamentos em caso de reação acidental.

 

A psicóloga Érika Gomes, doutoranda e mestre em psicologia clínica pela PUC-SP, conta que pesquisas apontam que uma em cada cinco mães de alérgicos apresentam transtorno de ansiedade generalizada, um terço das mães acima do limiar para transtorno do pânico e ansiedade social e que a alergia é preditor positivo para depressão.

 

Leite, ovo, soja, trigo, amendoim, castanhas, gergelim, peixes e frutos do mar são os principais alimentos desencadeadores de alergia alimentar. Os sintomas são bastante variados. “Entre as manifestações possíveis, destacam-se as cutâneas, gastrointestinais, respiratórias, cardiovasculares e nos casos mais graves a anafilaxia, que pode levar a óbito”, explica a Coordenadora do Departamento Científico de Alergia Alimentar da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) Dra. Jackeline Motta Franco.

 

Como minimizar os impactos na criança com a alergia alimentar: A forma como os pais estabelecerão o manejo da alergia com seu filho interferirá na forma como ele vivenciará a alergia. “É importante que os pais obtenham conhecimento adequado, suporte emocional e se sintam autoconfiantes para contribuir para que sua criança vivencie a alergia alimentar de forma leve e possam enfrentar as situações diárias envolvendo a sua restrição com autoconfiança”, explica Érika.

 

A psicóloga elenca algumas sugestões para as famílias que estão passando pela descoberta do diagnóstico de alergia alimentar:

 

- Busque não vitimizar a criança em função de sua alergia alimentar. Sendo empático, solidarizando-se com sua condição, mas ensinando que as limitações fazem parte da vida e é possível enfrentá-las de diferentes formas.

 

-Seja solidário com a criança! Estabeleça algumas refeições, no ambiente familiar, em que todos os membros possam desfrutar do mesmo alimento.

 

- Encontre maneiras de demonstrar afeto à criança que não estejam relacionadas ao alimento. Alimento não é a nossa única forma de demonstrar afeto: abraços, bilhetinhos, passeios, fotografias também revelam nosso amor.

 

- Busque realizar atividades sociais como ir a festas e eventos sociais, mantendo os devidos cuidados para que a criança não tenha contato com o alimento alergênico. Lembrando que há atividades sociais menos relacionadas ao consumo de alimentos como visitas à museus, feiras de livros que podem se apresentar como opções mais seguras e inclusivas.

 

- Estabeleça uma rede de apoio. Compartilhar com amigos e familiares informações sobre a alergia alimentar, buscando ampliar a conscientização. Dessa forma, a criança se sentirá mais respeitada, incluída e segura.

 

- Dê a oportunidade de a criança expressar seus sentimentos, dúvidas e desejos envolvendo a sua restrição, auxiliando-a a encontrar seus próprios recursos internos para lidar com as situações que precisa enfrentar envolvendo a sua alergia alimentar.

 

- Contribua para que a criança reconheça a alergia alimentar como parte da vida e que é possível estar bem lidando com ela.

 

Alergia alimentar na escola: A família e a escola precisam se preparar para gerenciar os cuidados com a alergia implementando práticas para minimizar riscos de contato acidental com o alimento alergênico tanto no ambiente familiar quanto no escolar. É preciso que professores e os demais funcionários da escola saibam reconhecer os sintomas e como agir em caso de reação. “É importante favorecer a inclusão da criança em diversas atividades familiares, sociais e escolares e, assim, propiciar que a criança viva a vida a despeito da alergia alimentar, não em função dela”, comenta a psicóloga. 

A alergia alimentar é uma reação imunológica a determinado alimento. Existe uma predisposição genética para isso e, nos últimos anos, se reconhece a influência do meio ambiente neste processo – mudança de estilo de vida e alimentação são alguns dos fatores mais associados. “Ao reconhecer a proteína como alérgeno, o sistema imunológico deflagra algumas respostas que acabam por se manifestar em forma de sintomas desagradáveis e potencialmente graves”, explica Dra. Jackeline, da ASBAI.

 

Associação Brasileira de Alergia e Imunologia

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https://twitter.com/ASBAI_alergia

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Formas graves da COVID-19 podem estar relacionadas à presença de certas proteínas em grande quantidade em seres humanos

Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe faz parte de estudo, publicado no jornal científico Immunobiology

 

Mais um estudo que envolve pesquisadores do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe comprovou que alguns fatores genéticos e imunológicos são determinantes para pessoas infectadas pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) desenvolverem COVID-19. Além do Instituto, sete universidades participaram dessas análises, entre elas a Universidade Federal do Paraná e a Universidade de São Paulo.

 

Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe participou de análises com outras sete instituições, entre elas a UFPR e a USP. (Foto: Camila Hampf/Hospital Pequeno Príncipe)


Um artigo de revisão, divulgado no jornal científico Immunobiology, reuniu informações de 87 pesquisas publicadas desde o começo da pandemia até julho de 2021 e apontou que algumas enzimas das células humanas podem atuar em conjunto com o SARS-CoV-2 e facilitar a infecção pelo vírus. “Estas enzimas, como a ACE2 [sigla em inglês para angiotensina 2], são proteínas que estão localizadas na superfície celular. O que se observou em pacientes infectados pelo novo coronavírus é que elas estão presentes de forma mais expressiva, acima dos níveis normais, nestas pessoas. Também foi constatado que estas proteínas aparecem de forma aumentada em pacientes com doenças crônicas como hipertensão, diabetes e outras doenças cardiovasculares, o que os torna ainda mais suscetíveis à infecção pelo SARS-CoV-2”, explica Luciane Cavalli, pesquisadora do Instituto.

Essas características podem também indicar por que alguns indivíduos infectados são assintomáticos ou desenvolvem sintomas leves da COVID-19, enquanto outros desenvolvem sintomas mais graves e necessitam de hospitalização. “Aspectos como expressão aumentada das enzimas ACE1, ACE2 e TMPRSS2 [sigla para serinoprotease transmembrana tipo II] podem ser determinantes”, complementa Cavalli. Além de fatores genéticos, determinadas comorbidades, medicamentos, idade e também o gênero da pessoa podem influenciar na presença maior ou menor dessas enzimas. Existem exames que podem detectar esses componentes. “São análises que quantificam os níveis de expressão do gene ou da proteína. Alguns laboratórios clínicos fornecem esses tipos de análises”, pontua a pesquisadora.  

“Todo esse conhecimento pode ajudar a definir o tratamento mais adequado que deve ser administrado antes que ocorra a manifestação dos sintomas clínicos e, principalmente, antes que a doença evolua para um quadro mais grave”, pontua Luciane Cavalli. “O que se pode concluir é que existe uma interação dinâmica entre o genoma do SARS-CoV-2 e o dos seres humanos. Essa correlação, influenciada por características genéticas, impacta diretamente a manifestação de sintomas clínicos e a progressão da COVID-19”, conclui a estudiosa. 

O artigo completo, em inglês, pode ser lido no link: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0171298521000784?dgcid=author

 


O Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe

Os estudos científicos estão no DNA do Complexo Pequeno Príncipe. O Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe é o único projeto social do mundo a ter a chancela do “Rei do Futebol”. São 15 anos com foco na valorização da ciência. Atualmente, a equipe do IPPP conta com 19 pesquisadores principais e mais de cem projetos em andamento, estruturados em sete linhas de pesquisa com o foco em doenças complexas que atingem crianças e adolescentes.

Além dessa pesquisa, a instituição participa de outros estudos relacionados à COVID-19. O Pequeno Príncipe também está preparado para esse enfrentamento na sua unidade de assistência, o maior hospital exclusivamente pediátrico do país, onde atua com a missão de promover saúde com excelência, qualidade e segurança a milhares de pacientes.


Câncer de ovário: tumor é o mais letal

Setembro é o mês da conscientização da doença. A cada 10 casos, 8 são diagnosticados em estágio avançado; especialistas alertam sobre a importância da detecção precoce

 

Uma doença silenciosa que não apresenta sintomas em suas fases iniciais. Uma doença que a cada ano atinge mais de 300.000 mulheres no mundo: o câncer de ovário. E foi durante a pandemia, em agosto de 2020, que a Sandra Navarro foi diagnosticada com a doença. “Eu visitava anualmente meu ginecologista, mas com a pandemia resolvi esperar um pouco por segurança. Mas não deveria! Em agosto comecei a sentir dor abdominal, a barriga começou a inchar e achei que estava intolerante a lactose. A dor persistiu e como minha mãe teve câncer de intestino busquei ajuda médica. Meu câncer já estava em estágio avançado, acometendo outros lugares. Foi tudo muito rápido. Fiz cirurgia e quimioterapia. Não é fácil, mas não podemos perder a fé. Meu objetivo é a cura”, conta Sandra, que ainda está em tratamento usando medicamentos orais e fazendo seções de anticorpos. 

Setembro é mês da conscientização da doença, cujos pesquisadores do Observatório Global do Câncer (GLOBOCAN) estimam um aumento de 42% no número anual de casos até 2040, chegando a um total de 445.721 novas ocorrências.  “Assim, como a Sandra, a grande maioria das mulheres é diagnosticada em estádios mais avançados da doença. No caso do câncer de ovário, dados dos EUA mostram que o diagnóstico de doença inicial só é feito 15% das vezes, ao passo que em 59% dos casos a doença já está avançada. Cinco anos após o diagnóstico, 92% das mulheres que descobriram o câncer no início ainda estão vivas, em comparação a apenas 29% daquelas com diagnóstico em estádio avançado”, conta o médico Leonardo Roberto da Silva, oncologista do Grupo SOnHe – Oncologia e Hematologia e do CAISM/Unicamp. 

No Brasil, o câncer de ovário é a sétima neoplasia maligna mais comumente diagnosticada nas mulheres. Para os anos de 2020 a 2022, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que 6.650 novos casos serão diagnosticados a cada ano. “Isso representa 3% de todos os cânceres detectados nas mulheres brasileiras. É o tumor ginecológico associado à maior mortalidade, com um número anual de mortes que chega a 207.000 em todo o mundo. Os dados mais atualizados de óbitos em nosso país são de 2019, quando foram registradas mais de 4 mil mortes pela doença”, expõe a oncologista Susana Ramalho, também do Grupo SOnHe e médica da Sandra.  

Devido à ausência de um método eficaz de rastreamento em mulheres assintomáticas, 8 em cada 10 casos são diagnosticados em fase avançada, quando o câncer já se disseminou do ovário para outros órgãos da região pélvica e abdominal, o que reduz as chances de recuperação. Segundo o oncologista Higor Mantovani, outro integrante do Grupo SOnHe, dois fatores são responsáveis pelo diagnóstico na maioria das vezes tardio do câncer de ovário. “Não existe rastreamento para o tumor de ovário como, por exemplo, a mamografia para o de mama, o exame de Papanicolaou para o de colo uterino.

E, para complicar ainda mais, os sintomas do câncer de ovário são inespecíficos e ocorrem principalmente quando a doença está mais avançada. Além disso, são queixas que as mulheres muitas vezes acabam associando a outros problemas de saúde e não suspeitam de que podem ter a doença. Os mais comuns são o aumento de volume do abdome, dor abdominal ou pélvica, dificuldade para se alimentar, sensação de empachamento, sintomas urinários (a paciente urina mais vezes que o normal e sente urgência para urinar) e fadiga. Importante salientar que, quando causados pelo câncer, esses sintomas tendem a ser persistentes, podendo evoluir com piora com o passar do tempo”, explica o oncologista.

 

 

Fatores de risco


Segundo a Dra. Susana, o risco aumenta com o passar da idade, sendo maior entre os 55 e os 74 anos, embora mulheres jovens também possam desenvolver a doença. “Outros fatores como não ter filhos, endometriose, tabagismo, início dos ciclos menstruais em idade mais jovem e menopausa em idade mais tardia, além de fatores genéticos, são potenciais para este câncer”, finaliza.

 

 




Higor Mantovani - especialista em Oncologia Clínica pela Unicamp e em Clínica Médica pela Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ). É também mestre em Oncologia pela Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp e oncologista do Hospital da Mulher (CAISM/Unicamp). É membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e da Sociedade Americana de Oncologia (ASCO). Higor faz parte do corpo clínico de oncologistas do Grupo SOnHe – Oncologia e Hematologia e atua no Radium – Instituto de Oncologia, no Hospital Madre Theodora, no Hospital Santa Tereza, na Santa Casa de Valinhos e no Hospital da Mulher (CAISM/Unicamp).

 


Leonardo Roberto da Silva - formado em Oncologia Clínica pela Universidade Federal Minas Gerais, é oncologista do CAISM/Unicamp, com função docente junto aos residentes em Oncologia Clínica da Unicamp. Mestre e Doutor em Oncologia Mamária pela Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, com doutorado sanduíche na Baylor College of Medicine – Houston/Texas, EUA. É membro titular da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) e da Sociedade Europeia de Oncologia Clínica (ESMO). Leonardo faz parte do corpo clínico de oncologistas do Grupo SOnHe – Oncologia e Hematologia e atua no Radium – Instituto de Oncologia, no Hospital Santa Tereza e no Hospital Madre Theodora.

 

Susana Ramalho - especialista em Oncologia Clínica pela Associação Médica Brasileira e Sociedade Brasileira de Oncologia. É mestre em Oncologia Mamária e doutora em Oncologia Ginecológica pelo CAISM/Unicamp.Susana também é preceptora dos residentes de Oncologia Clínica do CAISM/Unicamp. Susana faz parte do corpo clínico de oncologistas do Grupo SOnHe –  Oncologia e Hematologia e atua no Radium – Instituto de Oncologia, no Hospital Santa Tereza e Santa Casa de Valinhos.

 

Grupo SOnHe

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