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quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Autoestima e confiança contribuem para o tratamento de câncer


   No Dia Mundial do Câncer (04/02), o Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP) ressalta que o cirurgião-dentista pode amenizar os efeitos colaterais da quimioterapia e radioterapia colaborando para o bem-estar físico e emocional do paciente


O bem-estar físico e emocional pode elevar a autoestima. Por isso, uma pessoa em tratamento de câncer precisa de amplo amparo da família, amigos e profissionais da saúde. São vários desafios enfrentados nessa fase, uma vez que a indicação da quimioterapia e radioterapia resulta em efeitos colaterais bastante incômodos e até mesmo dolorosos.

Alguns deles afetam diretamente a boca e por isso o acompanhamento com o profissional da saúde bucal é fundamental. “O tratamento com quimioterápicos e radioterápicos acaba desestruturando algumas células da mucosa bucal, provocando lesões chamadas de mucosite. É importante que elas sejam tratadas pelo cirurgião-dentista, com uso de medicamentos específicos e liberados pelo oncologista, pois causam diversos incômodos interferindo até na alimentação”, explica a cirurgiã-dentista e membro da Câmara Técnica de Estomatologia, Fabiana Quaglio.

Por ser um dos efeitos colaterais mais comuns, a mucosite pode ser tratada antes do surgimento das primeiras lesões. “Ao iniciar a quimioterapia, a recomendação é também começar o tratamento com o cirurgião-dentista que utilizará um laser para minimizar o aparecimento dos ferimentos”, diz Fabiana.

Ela acrescenta que o laser também pode ser usado após o surgimento das lesões, bem como outros produtos como o óleo de vitamina E. “O chá de camomila também tem uma ação anti-inflamatória, o soro fisiológico pode diminuir a quantidade de bactérias na boca. Existem diversos recursos”.

Por conta do grande incômodo, essas lesões inibem a vontade do paciente em fazer a higienização da boca da forma correta, mas a prática nunca deve ser abandonada. Para tanto, a cirurgiã-dentista avisa que podem ser recomendados produtos especiais que facilitem a escovação. “Podemos prescrever, por exemplo, cremes dentais sem o lauril sulfato de sódio, responsável por criar a espuma, mas que também provoca certo ardor. Outra medida é fazer os bochechos com enxaguantes sem álcool”, aponta ela.

As consultas regulares ao profissional também contribuirão para o controle de outros problemas em decorrência do tratamento de câncer, como inflamação na gengiva e sangramentos. “É importante que o paciente faça o controle da placa bacteriana no consultório. Isso evita a gengivite que pode evoluir para uma periodontite e até mesmo causar a perda dental em casos mais extremos”, conta Fabiana.

É nesses encontros com o cirurgião-dentista que o paciente também recebe um remédio bastante eficaz para o tratamento do câncer: a compreensão. “Nesse processo o profissional também deve estar ali para ouvir, apoiar, pois a nossa função não é somente devolver um sorriso bonito, mas ajudar a eliminar as dores, passar segurança, contribuindo para a autoestima e o bem-estar”, avisa Fabiana.


Prevenir é sempre a melhor medida

Algumas práticas podem ser importantes na prevenção do câncer, como adotar hábitos alimentares saudáveis e praticar exercício físico. Evitar o consumo excessivo de álcool e não fazer o uso do cigarro também farão a diferença.

No caso específico do câncer de boca, a adoção de outras medidas como a higienização da forma correta, com o uso de creme, escova e fio dental, usar preservativo na prática do sexo oral, bem como realizar visitas regulares ao cirurgião-dentista podem ser determinantes para evitar a doença.





CROSP –Conselho Regional de Odontologia de São Paulo


Febre amarela: médicos alertam sobre grupo de pessoas que não deve ser vacinado

Em resposta aos primeiros casos de febre amarela no ano em algumas regiões do Brasil, as campanhas de vacinação já ganham relevância com a finalidade de ampliar a cobertura vacinal contra a doença. Em São Paulo, até setembro de 2018, já era contabilizado mais de 500 casos da doença, um aumento de 400% em relação ao ano anterior, com 185 mortes até então segundo a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. Foram mais de 23,5 milhões de pessoas vacinadas em 2017 e quase 10 milhões de pessoas imunizadas em 2018, desconsiderando dezembro, ainda não contabilizado, segundo o Programa Nacional de Imunizações via DataSUS.

Há, no entanto, um grupo que deve se atentar aos riscos desse movimento. “As crianças que passam por algum tipo de tratamento contra o câncer e pacientes que já passaram por um transplante de medula óssea, por exemplo, não podem ser vacinadas. Isso porque esse grupo de pacientes se torna imunodeprimido durante esse processo”, explica o Dr. Cláudio Galvão, médico oncologista e presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE). Esse grupo de risco ainda inclui os recém-nascidos até 6 meses.

As vacinas (17DD) em geral são derivadas dos vírus que elas combatem, e não é diferente com essa medicação. O composto que imuniza a população, no entanto, pode ser um tiro pela culatra quando aplicada em pessoas cujo sistema imunológico está em plena modificação, caso das crianças que passam por quimioterapia, por exemplo. O Dr. Galvão explica que “a concentração produzida para ‘ensinar’ o corpo como se defender da doença pode justamente enfraquecer o sistema ou até mesmo infectar o paciente”.


Ainda assim, é importante ressaltar que esse risco diz respeito apenas aos pacientes imunodeprimidos, sendo a eficácia e segurança das vacinas largamente comprovadas pela literatura médica e científica.



O que os médicos recomendam?

Longe do cenário ideal e da possiblidade vacinar seus filhos contra a febre amarela, outros cuidados devem ser tomados. Como alternativa a prevenção pode ser feita com o uso de repelentes, o especialista recomenda que seja com composto químico IR3535 para as crianças a partir dos 6 meses de idade e os repelentes com DEET (dietiloamida) e Icaridina para quem tem mais de 2 anos. Em todos os casos é importante ter atenção quanto à concentração desses produtos e a frequência que se pode repetir a aplicação.

Para evitar reações alérgicas dos produtos industrializados, o presidente da SOBOPE indica que os repelentes naturais podem ser mais seguros desde que a atenção seja redobrada. “Usar repelente natural como óleo de citronela, andiroba e capim limão traz a segurança de que a criança não será picada e tampouco terá alguma reação na pele, mas a alta volatilidade desses produtos exige que a aplicação precisa ser repetida em curtos intervalos de tempo”, finaliza.
 


Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE)

Fundada em 1981, a SOBOPE tem como objetivo disseminar o conhecimento referente ao câncer infantojuvenil e seu tratamento para todas as regiões do País e uniformizar métodos de diagnóstico e tratamento. Atua no desenvolvimento e divulgação de protocolos terapêuticos e na representação dos oncologistas pediátricos brasileiros junto aos órgãos governamentais. Promove o ensino da oncologia pediátrica, visando à divulgação e troca de conhecimento científico da área em âmbito multiprofissional.

Especialista aponta as principais causas de problemas articulares


Predisposição genética, idade e atividades físicas são algumas das causas e necessitam ser tratadas com antecedência


Lesões causadas por exercícios e processos degenerativos acometem joelhos e quadris. O médico ortopedista Juan Capriotti, especialista em reconstrução articular, revisão e artroscopia de quadris e joelhos aponta as principais causas de dor nessas áreas.

"Nos mais velhos, quadris e joelhos com restrição de movimento podem ser decorrentes de uma artrose ou outros processos degenerativos, originando sofrimento crônico no paciente. Já nos mais jovens, são as lesões ligamentares, muitas vezes causadas pelas atividades físicas em excesso ou sem preparação adequada", relato o doutor.

É difícil alguém que nunca tenha sentido dor em alguma das articulações do corpo, especialmente se na família existe indícios de problemas ortopédicos. Porém, além da predisposição genética, a idade e os exercícios físicos são os principais motivos de dor nos joelhos e nos quadris, que podem ser leves ou intensas. Quando há reincidência neste problema, é preciso tratar para que a lesão não piore.

O Doutor Juan Capriotti está há 19 anos atuando como ortopedista, possui especialização em cirurgias no quadril e joelho. Segundo ele, é de fundamental importância procurar um profissional no inicio das dores, para que o problema não se agrave.

"É extremamente importante que o paciente procure um profissional para evitar a progressão do problema, e até mesmo para curar a região, não permitindo que a dor interfira na qualidade de vida", declara o médico ortopedista Juan Capriotti, especialista em reconstrução articular, revisão e artroscopia de quadris e joelhos.




Juan Capriotti – CRM-PR 14.992 -  médico.  Formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), o está há 19 anos atuando como ortopedista. Concluiu sua primeira pós-graduação na área, em cirurgia de quadril, em 1999, na Universidade de São Paulo (USP). Na sequência, em 2000, finalizou a pós-graduação de cirurgia de quadril, joelho e tumor ósseo. Ele fundou o serviço de pós-graduação denominado Centro de Reconstrução Interarticular no Hospital Angelina Caron, do qual é chefe de serviço, artroplastia, artroscopia e reconstrução de quadril. Atualmente é especialista em reconstrução articular, artroplastias, revisão e artroscopia de quadril e joelho.


Hospital Marcelino Champagnat
Av. Presidente Affonso Camargo, 1399
Cristo Rei | Curitiba-PR | (41) 3363-5009
contato@drjuanortopedia.com.br

A explosão do número de obesos na população brasileira finalmente começa a dar sinais de estabilização


Segundo o Ministério da Saúde, a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) do ano de 2017, apontou uma estagnação do problema de obesidade nas capitais do país. Apesar do refreamento do aumento de pessoas com obesidade e sobrepeso, o número de pessoas nessas situações é muito elevado. O estudo aponta que 1 em cada 5 brasileiros são obesos (18,9%) e mais da metade da população encontra-se com excesso de peso (54,0%).

A diminuição do ritmo de crescimento da obesidade no Brasil, têm-se dado principalmente graças ao aumento do consumo de frutas e hortaliças que cresceu 4,8% entre 2008 e 2017 e da diminuição do consumo de bebidas açucaradas e refrigerantes, que registrou uma diminuição no consumo de 52,8% de 2007 a 2017. As estas duas alterações nos hábitos alimentares somam-se o aumento da prática regular de exercícios físicos que entre 2009 e 2017 aumentou em 24,1%.


Apesar da estabilização do número de obesos na população como um todo, quando a pesquisa é dividida por faixa etária, ainda há um aumento expressivo do problema na faixa mais jovem da população.


Uma das ações implementadas pelo governo para conter a epidemia da obesidade, foi o lançamento do Guia Alimentar para a População Brasileira. Reconhecida mundialmente pela abordagem integral da promoção à nutrição adequada, a publicação orienta a população com recomendações sobre alimentação saudável e consumo de alimentos in natura ou minimamente processados.


A sociedade civil organizada também tem feito ações para a conscientização da população e incentivo à mudança de hábitos. O Instituto Dona Alice de Blumenau-SC, tem levado de forma gratuita às escolas da rede de ensino municipal informação, ministrando de aulas e palestras e através de oficinas mão na massa, desperta nas crianças o interesse pela preparação de refeições mostrando que os alimentos saudáveis podem ser tão ou mais saborosos que os alimentos ultra processados. O Projeto Crescer e Semear atendeu no ano de 2018 cerca de 4.500 crianças de 4 a 16 anos, treinou as 30 cozinheiras que preparam as refeições destas crianças e realizou palestras para os pais dos alunos envolvidos no projeto, os dados coletados durante a execução do projeto serão publicados em um artigo científico sob responsabilidade da Universidade Federal de Minas Gerais.


Hoje nosso país gasta em média R$16,9 bilhões por ano com tratamentos relacionados à obesidade, que vão desde tratamento de asma e hérnia de disco até os efeitos mais conhecidos que são as doenças cardiovasculares. Ações como a publicação do Guia Alimentar, do Projeto Crescer e Semear e o acordo com a indústria alimentícia para redução da quantidade de sódio nos alimentos, mostram o despertar da sociedade para este grave problema que aflige o Brasil e a maior parte das nações desenvolvidas, segundo a OMS cada R$1,00 investido na educação alimentar e prevenção da obesidade gera uma economia de R$4,00 no médio e longo prazo.


Com o intuito de levar a Educação Alimentar e Nutricional às escolas brasileiras, o senado aprovou em 2018 a lei 13.666/2018 que tornou obrigatória a inclusão do assunto educação alimentar e nutricional nas disciplinas de ciências e biologia respectivamente. O intuito é levar informação às crianças a fim de formar hábitos alimentares mais saudáveis e com isso estabelecer na rotina destas crianças: 


• consumo consciente de alimentos saudáveis preparados de forma a levar o máximo possível de nutrientes sem perder o sabor,


• prática de exercícios físicos regularmente,


• evitar o consumo de bebidas de açúcar e alimentos ultra processados,


• conscientização dos reflexos ao meio ambiente dos hábitos de consumo.

Assim como ocorreu com o tabagismo a conscientização da população a respeito da necessidade de mudança de hábitos alimentares e de exercícios físicos requer tempo, persistência e muita informação, nenhum dos agentes (poder público ou sociedade civil organizada) conseguirá sozinho promover esta transformação, daí a importância cada vez maior de ações como o Projeto Crescer e Semear a fim de levar a mudança de hábitos já na primeira infância fazendo com que as crianças sejam agentes transformadores, ajudando a alterar a realidade das famílias brasileiras.






Lidiane Barbosa - fundadora da ONG Projeto Crescer e Semear. Presidente e Idealizadora do Projeto Crescer e Semear (desde 2015), realizado pela ONG – Instituto Alice Henrique de Campos Gonçalves, também presidido pela mesma, que só em 2018 está alcançado 4500 crianças, 50 merendeiras de 13 escolas públicas da cidade de Blumenau/SC. Crescer e Semear' é um projeto social, sem fins lucrativos, que tem como intuito mudar a EDUCAÇÃO de nossas crianças por meio da ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL E SABOROSA. Repensar a alimentação, incentivar hábitos saudáveis e, principalmente, ensinar como se alimentar com saúde e qualidade nutricional.
www.projetocresceresemear.com.br

Teste do Olhinho Ampliado deve ser indicado com cautela, afirma oftalmopediatra


Além do alto custo, exame só tem indicação para bebês com problemas específicos na visão


Os avanços da medicina neonatal são fundamentais para o aumento da detecção precoce de algumas doenças e condições que afetam os recém-nascidos. Um bom exemplo é o Teste do Reflexo Vermelho (TRV).

Popularmente conhecido como ‘teste do olhinho’, é um exame de triagem, realizado ainda na maternidade, em todos os bebês. Na maioria dos estados é assegurado por lei, tanto pelo Sistema Púbico de Saúde (SUS), como pelos planos de saúde.

Segundo a oftalmopediatra, Dra. Marcela Barreira, especialista em estrabismo e Chefe do Setor de Neuroftalmologia do Banco de Olhos de Sorocaba, o TRV apresenta um baixo custo, é indolor, não invasivo e rápido. “O principal objetivo do teste do olhinho é diagnosticar precocemente doenças oculares congênitas, como a retinopatia da prematuridade e o glaucoma congênito, por exemplo”.

“O exame é realizado com um oftalmoscópio que projeta uma luz nos olhos do bebê. Em um exame normal, será formado um reflexo vermelho devido aos vasos sanguíneos da retina e de outras estruturas oculares. Porém, se houver opacidade, o reflexo será ausente ou muito reduzido. Essas alterações são critérios para o encaminhamento do bebê para um oftalmopediatra. Lembrando que na maioria das maternidades quem realiza o TRV é um neonatologista ou um pediatra”, explica Dra. Marcela.


O que o TRV pode mostrar?

O teste do olhinho feito na maternidade pode ajudar no diagnóstico precoce de doenças congênitas, como catarata, glaucoma, retinopatia da prematuridade, descolamento da retina, problemas no vítreo, estrabismo, malformações, retinoblastoma, entre outras doenças ou condições oculares presentes ao nascimento.
 

O que é e para que serve o teste do olhinho ampliado?

O teste do olhinho ampliado é algo recente e tem gerado polêmicas no meio médico quanto à necessidade de realizá-lo ou não. Por isso, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), juntamente com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP), emitiram um parecer técnico para elucidar essa questão recentemente.

“Para o melhor entendimento dos pais, a recomendação é que bebês saudáveis, nascidos a termo, sem nenhuma alteração no teste do olhinho tradicional, não têm indicação para realizar o exame ampliado. Vale ressaltar que essa recomendação não exclui a importância de uma consulta preventiva no primeiro ano de vida do bebê com um oftalmopediatra”, reforça Dra. Marcela.

Por outro lado, o teste do olhinho ampliado é uma excelente ferramenta para o acompanhamento de bebês que apresentaram alterações no TRV ou ainda para àqueles com diagnóstico fechado de doenças como retinoblastoma, retinopatia da prematuridade, cicatrizes corioretinianas.

"Outra indicação é para os bebês prematuros, nascidos antes de completar 32 semanas de gestação, já que nesta população há risco aumentado de problemas na retina, entre outros”, comenta a especialista.


Qual a diferença do teste do olhinho normal para o ampliado?

O teste do olhinho ampliado é realizado com um aparelho chamado RetCam. O aparelho tira fotos do fundo da retina, mácula e nervo óptico. É usado um colírio para dilatar as pupilas e um gel condutor para a captação das imagens, lembrando um exame de ultrassom.

Assim, pode causar um desconforto maior no bebê. Outro ponto é que o custo é alto e a maioria dos planos de saúde não cobrem o exame. Por fim, poucas clínicas realizam este teste, sendo que a maioria dos estabelecimentos estão concentrados na região Sudeste do Brasil.

“O exame é excelente para detectar doenças nas estruturas oculares citadas acima. Porém, como reforçado pelo parecer técnico das Sociedades, a indicação deve ser feita para o seguimento de bebês e crianças com diagnóstico fechado de doenças como uveítes, retinopatia da prematuridade e retinoblastoma”, ressalta Dra. Marcela.

A médica cita ainda que uma das alterações mais comuns que este exame detecta é a hemorragia retiniana, que pode afetar os bebês que nascem de parto normal com uso de fórceps.

“Entretanto, é uma condição benigna, cuja resolução é espontânea e acontece em cerca de 15 dias. Portanto, o alto custo do teste do olhinho ampliado e suas especificidades são fatores que contraindicam a realização em bebês saudáveis”, afirma a oftalmopediatra.

 
Leve seu bebê ao oftalmopediatra!

Para os bebês saudáveis, sem alterações no teste do olhinho tradicional, a principal recomendação é uma consulta de rotina, preventiva, ainda no primeiro ano de vida com um oftalmopediatra.

“O ideal é levar os pequenos para uma consulta de rotina com um oftalmopediatra, se possível nos primeiros seis meses de vida ou no máximo até completar um ano. Nesta consulta, além de orientações importantes sobre o desenvolvimento visual, o oftalmopediatra poderá avaliar se há presença de estrabismo, miopia, astigmatismo, alergias oculares, assim como oferecer aos pais informações essenciais para os cuidados com a visão durante a infância”, conclui Dra. Marcela.

O Brasil está preparado para reduzir a idade mínima indicada ao rastreamento do câncer colorretal?

Neoplasia registra mais de 36 mil novos casos anualmente no país. Instituições internacionais apontam para início dos exames preventivos aos 45 anos


Em menção ao Dia Mundial do Câncer, lembrado em 4 de fevereiro, a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) chama atenção para o debate acerca do rastreamento do câncer colorretal (CCR). A partir de estudos realizados pela American Cancer Association, a recomendação internacional é reduzir a idade para início do rastreamento da neoplasia de 50 para 45 anos. Contudo, estamos preparados para atender a essa demanda?

De acordo com a estimativa do IBGE, o Brasil conta com mais de 43,6 milhões de pessoas na faixa etária contemplada pela política de prevenção do CCR – de 50 a 75 anos. Se somado à população a partir de 45 anos, esse número salta para 56,9 milhões, um crescimento de 30%. Ronaldo Taam, médico endoscopista e membro da Comissão de Prevenção do Câncer Colorretal da SOBED, pondera que o país já encontra dificuldades de combater o câncer e que antecipar o início da realização de exames pode representar problema sério.

“Precisamos, sim, de programas direcionados ao rastreio da neoplasia de cólon e reto no grupo de risco e em pacientes que apresentam sintomas. Essas ações devem ser locais, a fim de contribuírem para formar um quebra-cabeça nacional – desta forma, conseguimos dados concretos sobre o que está sendo feito, além de aumentar consideravelmente a abrangência da cobertura dos exames, como da colonoscopia”, indica.

O especialista explica que “quando se fala em rastreamento do câncer de cólon e reto, na realidade é processo de busca ativa de lesões pré-cancerosas (pólipos adenomatosos) e/ou em estágios iniciais (câncer precoce) de uma doença ainda sem manifestações clínicas”. Adiciona, ainda, que essa neoplasia é a terceira mais frequente em homens e a segunda em mulheres – considerando-se a incidência dos casos de câncer e é a segunda causa mais frequente de óbito.

A orientação internacional surgiu após evidenciar-se o diagnóstico em pacientes novos, com idades entre 20 e 40 anos. O especialista afirma que são casos específicos e que, por isso, demandam atenção de todos para identificar sinais e, quando necessário, solicitar exames complementares, como teste de sangue oculto nas fezes e colonoscopia.

“Estudos epidemiológicos mostram alguns critérios que devem ser levados em consideração, como obesidade, sedentarismo, alterações na dieta e alto índice de massa corporal. Ao analisar pessoas que vivem sob todas essas questões, reconheceram-se quadros em que havia presença de pólipos – ou seja, lesões pré-oncológicas, passíveis de tratamento endoscópico”, esclarece.

Porém, Taam reforça que tal conduta segue para casos específicos e utiliza-la como norte para políticas públicas em larga escala não é viável. “O Brasil com grande população e extensa área territorial necessita um programa muito bem planejado e estruturado. O número de pessoas a serem elegíveis para rastreamento tradicional, entre 50 e 75 anos, é muito elevado e não há ainda um programa quer ele seja regional ou nacional que atenda essa demanda. As necessidades de recursos humanos e materiais são grandes, assim como é complexa a logística para assegurar a confirmação dos testes positivos e para oferecer tratamento para os casos em que haja necessidade de tratamento endoscópico e/ou cirúrgico e oncológico. Há a necessidade da implantação de programas de rastreamento e incremento dos poucos já existentes, com integração e análise dos dados coletados visando a uma visão mais global desse tipo de câncer em nosso país”, analisa.

Ainda segundo a estimativa do IBGE, até 2060, o Brasil deve ter mais de 71 milhões de pessoas de 50 a 75 anos.


ANVISA aprova o primeiro tratamento para tumor ósseo raro


A nova indicação do medicamento Xgeva® (denosumabe), da Amgen, é a única aprovada para tratar tumor de células gigantes (TCG) do osso, um tipo raro de tumor geralmente benigno irressecável ou em que a intervenção cirúrgica pode resultar em morbidades graves


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) acaba de aprovar o primeiro tratamento para tumor de células gigantes (TCG), um tipo raro de tumor ósseo geralmente benigno, mas agressivo, que degenera o osso e tecidos moles, como cartilagens e músculos, dependendo do grau de desenvolvimento. O tratamento feito com Xgeva® (denosumabe), da biofarmacêutica Amgen, ajuda na diminuição do tumor e reduz necessidade de intervenção cirúrgica ou com radiação, métodos usados atualmente para tratar a doença.

"Essa aprovação é uma quebra de paradigma para o tratamento desses pacientes, que podem ter um tratamento menos agressivo e os ajuda a manter a qualidade de vida", diz o Dr. Felipe Marinho, oncologista do Multihemo do Grupo Oncoclínicas. "O TCG normalmente atinge pessoas entre 20 e 40 anos e se localiza preferencialmente nos ossos longos1, ou seja, acomete pacientes jovens que muitas vezes têm que passar por sessões de radiação ou, dependendo do tamanho do tumor, por cirurgias em que boa parte do osso atingido é retirada, causando limitação de movimentos, dificuldade de locomoção, imobilização e recuperação lenta".

A aprovação foi baseada em estudos clínicos que demonstraram os benefícios do tratamento com Xgeva® para estes pacientes. Um dos estudos clínicos, o 20040215, publicado no The Lancet Oncology em 2010, demonstrou que 86% dos pacientes tratados com Xgeva® atingiram o critério de resposta tumoral, que buscava a eliminação de pelo menos 90% das células tumorais, eliminação completa de células gigantes em todos os casos de 5% das células tumorais e a ausência de progressão, em até seis meses de tratamento. O resultado foi validado por meio da análise do tecido afetado e avaliação radiológica que identificou estabilização da doença e eliminação completa ou quase completa de células gigantes2.

Essa é a 4ª indicação de Xgeva® aprovada no país. O medicamento foi aprovado em 2016 para prevenção de complicações ósseas em pacientes com metástase de tumores sólidos, como efeitos causados por radiação, cirurgia, compressão da medula espinhal e fratura patológica. Em 2018, a ANVISA aprovou outras duas indicações para Xgeva®, a primeira para hipercalcemia associada à malignidade refratária a bisfosfonatos intravenosos, uma complicação em pacientes com câncer avançado, causada principalmente pelo mecanismo de renovação óssea, que piora o prognóstico,3 e a segunda para a prevenção de possíveis complicações ósseas, como fraturas e enfraquecimento do osso causada pela evolução da doença, em pacientes com mieloma múltiplo, um tipo agressivo e recorrente de câncer de sangue.


Sobre o Xgeva® (denosumabe)

Xgeva® é um anticorpo monoclonal que tem como alvo terapêutico o ligante de RANKL, para prevenir a formação, função e sobrevivência dos osteoclastos, célula responsável pela reabsorção, regeneração e remodelação óssea. O medicamento é indicado para a prevenção de eventos relacionados ao esqueleto em pacientes com mieloma múltiplo e metástases ósseas de tumores sólidos, hipercalcemia associada à malignidade óssea refratária a bisfosfonatos intravenosos em pacientes adultos.4 O medicamento também é indicado para o tratamento de tumor de células gigantes do osso irressecáveis, que não podem ser completamente removidos com cirurgia, ou em que a intervenção cirúrgica resulte em possíveis morbidades graves.


Sobre a Amgen

A Amgen tem o compromisso de desvendar o potencial da biologia para pacientes que sofrem de doenças graves por meio da descoberta, desenvolvimento, fabricação e concretização de terapias humanas inovadoras. Essa abordagem começa com o uso de ferramentas como genética humana avançada para desvendar as complexidades da doença e entender as bases da biologia humana.

A Amgen está focada em áreas em que muitas necessidades médicas não são atendidas e faz uso de sua experiência para buscar soluções que melhorem os desfechos em saúde e que melhore muito a vida das pessoas. Pioneira em biotecnologia desde 1980, a Amgen cresceu e se tornou uma das empresas líderes em biotecnologia independente no mundo, atingiu milhões de pacientes pelo globo e está desenvolvendo um pipeline de medicamentos com potencial revolucionário.

Para mais informações, visite http://www.amgen.com.br/





Referências
  1. Chawla S, Henshaw R, Seeger L, at al. Safety and efficacy of denosumab for adults and skeletally mature adolescents with giant cell tumor of bone; interim analysis of an open-label, parallel-group, phase 2 study. Lancet Oncol. 2012 ; 14 :901-908
  2. Thomas D, Henshaw R, Skubitz K, et al. Denosumab in patients with giant-cell tumor of bone: an open-label, phase 2 study. Lancet Oncol. 2010;11:275-280
  3. Xgeva® (denosumabe). Bula aprovada pela ANVISA em 15/10/2018.
  4. Jakubowiak A. Management Strategies for Relapsed/Refractory Multiple Myeloma: Current Clinical Perspectives. Semin iHematol 2012; 49(Suppl 1):S16-S32.

Como aproveitar os últimos dias de férias para cuidar da saúde da família


Os últimos dias de férias escolares pode ser um bom momento para dedicar maior atenção à saúde da família, a fim de prevenir doenças. Depois de descansar a mente e o corpo, marcar consultas, fazer exames clínicos e laboratoriais e conferir o cartão de vacinas são cuidados básicos para garantir um início de ano com muita disposição e bem-estar.

Atualizar as vacinas é protocolo básico, especialmente para crianças menores de cinco anos que estão prestes a iniciar a vida escolar, pois é nessa fase que elas poderão ter mais contato com doenças infecciosas. Segundo o médico infectologista do Grupo São Marcos, Adelino de Melo Freire Júnior, a vacina reduz riscos de infecção e é uma das melhores formas de evitar doenças como gripe, meningite, poliomielite, sarampo e catapora. 

Adultos também devem ficar atentos ao calendário vacinal. "Precisamos focar na vacinação da família como um todo, não só as crianças. Uma população vacinada é capaz de controlar a circulação de agentes infecciosos e conter surtos que se tornariam um problema de saúde pública", afirma Adelino. A Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta que a vacinação em massa evita entre 2 milhões a 3 milhões de mortes por ano e é responsável pela eliminação de várias doenças. 

A medicina evoluiu muito nos últimos anos. Principalmente nas áreas de diagnóstico e de prevenção de doenças. Hoje, já existem protocolos bem estabelecidos para cada perfil de paciente, com exames clínicos, laboratoriais e por imagem, de acordo com a faixa etária, sexo e histórico de risco, como a incidência de certas patologias na família ou área de moradia. Homens e mulheres devem estar atentos aos exames preventivos de rotina. A médica endocrinologista do Grupo São Marcos, Flávia Pieroni, afirma que a conduta médica depende dos hábitos e sintomas apresentados. 

Na virada de ano, muita gente tenta mudar o estilo de vida, iniciar dietas e praticar atividades físicas. "É importante lembrar que o acompanhamento de profissionais da área médica e nutricional e a realização de exames de indicação correta pelo médico assistente são cuidados essenciais para avaliar as condições do corpo e gerar melhores resultados", diz Flávia. 

Em relação às crianças, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, a realização de exames deve seguir a indicação do pediatra, observando histórico de saúde. Conforme Flávia, "uma criança cuja família tem histórico de pressão alta, diabetes, alterações no colesterol ou triglicérides deve ser submetida à investigação dessas patologias que, na fase inicial, podem evoluir de forma silenciosa".


Confira algumas dicas de cuidados com a saúde da família:


• Agende consultas com médico clínico geral, médico da família ou pediatra;

• Leve o cartão de vacinação e exames recentes que já tenham sido realizados;

• Durante a consulta, relate ao médico a sua história familiar e pessoal de saúde, possíveis alterações físicas e sintomas. A consulta médica de rotina, feita fora do contexto de urgência/emergência, auxilia o médico na construção de um histórico de saúde e de um plano preventivo e terapêutico;

• Leve anotado o nome ou a embalagem dos medicamentos que está tomando para possível ajuste de dosagem, suspensão ou substituição. Se for necessário ministrar outros medicamentos, a interação medicamentosa precisa ser avaliada previamente;


• Caso o médico solicite exames adicionais, marque uma consulta de retorno para avaliação e orientação;

• Lembre-se: tão importante quanto seguir as orientações médicas é a adoção de hábitos de vida saudáveis, como o controle adequado da alimentação, a prática de atividades físicas regulares, o abandono do tabagismo e do uso abusivo de bebidas alcóolicas.

Síndrome de Burnout: esgotamento profissional está ligado a doenças autoimunes, hipertensão e depressão


 Estima-se que 32% dos profissionais sofram com o problema



A tensão emocional e o estresse, muitas vezes ligados às condições de trabalho desgastantes, se tornaram a nova doença do século: a Síndrome de Burnout. Chamada também de síndrome do esgotamento profissional, trata-se de um distúrbio psíquico, cujas principais características são o estresse crônico, tensão, despersonalização e o esgotamento físico e emocional.

"O nome Burnout tem origem no verbo inglês 'to burn', que quer dizer queimar-se por completo, consumir-se. É uma doença característica do trabalho que atinge, principalmente, profissionais da área da saúde, educação, comunicação e tecnologia", alerta Aline Grou, psicóloga da Clínica Maia, especializada em saúde mental.

Segundo a profissional, a autocobrança excessiva, o acúmulo de funções, pressão intensa, áreas que estão diretamente ligadas às relações humanas ou que exigem do trabalhador afetividade, assim como dificuldade de relacionamento na equipe de trabalho são algumas das causas ligadas ao problema, que já virou questão de saúde pública. Segundo a Associação Internacional de Gestão de Estresse do Brasil, estima-se que 32% dos profissionais sofram com o esgotamento.

"Quem sofre com a síndrome, entre outros sintomas, sente cansaço a todo o momento, fortes dores de cabeça, dores musculares, distúrbio do sono e problemas gastrointestinais como gastrites e úlceras. No quesito emocional, ocorrem sinais como falta de atenção e concentração, alteração da memória e do humor, ansiedade, depressão, pensamentos negativos, isolamento, sentimentos de derrota e desesperança, podendo até chegar ao suicídio", afirma a especialista. Há também um alto índice de uso de álcool e drogas, bem como utilização de medicamentos como uma forma de minimizar a angústia.

A Síndrome de Burnout pode causar também desenvolvimento de doenças cardiovasculares (hipertensão), síndromes autoimunes e queda de cabelo e é tratada através de psicoterapia e medicamentos, com antidepressivos e/ou ansiolíticos. "O tratamento dura no mínimo três meses, mas pode ser mais longo dependendo do caso. Mudanças nas condições de trabalho e, principalmente, hábitos cotidianos saudáveis, com atividades físicas relaxantes, lazer e meditação, por exemplo, são importantes", comenta Aline.

De acordo com a psicóloga, o ideal seria estruturar um planejamento diário com tempo suficientemente adequado para conclusão de todas as atividades, evitando também a sobrecarga de responsabilidades. "A doença pode, inclusive, levar o trabalhador ao afastamento de sua função, algo que tem se tornado cada vez mais comum devido à alta incidência do problema. E é importante lembrar que o trabalho não deve ser apenas um meio de sustento para garantir a sobrevivência, mas também uma fonte de prazer e realização pessoal, se possível", completa.

Atenção à pele dos idosos: manchas e inflamações características da terceira idade


Dermatologista fala sobre as alterações de pele recorrentes na fase senil e aponta tratamentos


O processo de envelhecimento humano provoca um grande número de mudanças fisiológicas, e um dos órgãos que mais sofre com o avanço dos anos é a pele. Os principais problemas que podem atingir a pele na terceira idade incluem a queda na capacidade de formação de colágeno, elastina e ácido hialurônico; a diminuição das glândulas sudoríparas; e a baixa na produção de secreções por parte das glândulas sebáceas. A junção destes fatores aliados a condições externas, como a exposição solar, negligência a hidratação, tabagismo, estresse, poluição, sedentarismo, consumo exagerado de gordura e açúcares, contribuem para que a pele apresente alterações na fase idosa, como ressecamento, marcas e sinais.

Segundo a dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Teresa Noviello, os problemas de pele que mais atingem a pessoa idosa podem abranger desde condições de menor gravidade, como as dermatites e manchas, até doenças mais graves, como o câncer de pele.

A dermatite, apesar de não ser uma condição específica desta faixa etária, aparece exatamente quando a pele vai perdendo sua hidratação e oleosidade natural. “A pele muito desidratada repercute em coceiras intensas. Em alguns casos, essa situação pode levar a um processo de escoriações e infecções secundárias, pois a unha é uma região de grande contaminação bacteriana”, lembra Teresa.

O hábito da hidratação deve ser adotado desde cedo e intensificado durante o envelhecimento. Pessoas que ingerem bastante líquido no transcorrer do dia e fazem o uso constante de um bom creme hidratante terão maior facilidade em manter o aspecto saudável da pele em idades mais avançadas.

Com o passar dos anos, é muito comum nos depararmos com um outro problema, as manchas. Sejam elas escuras, brancas ou acastanhadas, todas devem ser observadas e tratadas de maneira adequada.

Manchas escuras ou amarronzadas podem caracterizar casos de melanoses solares, que normalmente surgem em decorrência da exposição excessiva ao sol no decorrer dos anos. “Estes tipos de manchas podem ser amenizados pelo uso diário de clareadores e protetor solar, específicos para cada tipo de pele. Elas ainda podem ser tratadas em sessões de laser e peeling”, pontua Teresa.

Outro problema comum e que surge com a progressão da idade são os angiomas.  Sem uma causa específica, eles se apresentam em forma de bolinhas vermelhas ou pápulas de sangue. Os sinais do angioma podem ser removidos de maneira eficaz e sem a formação de cicatrizes por meio do uso da eletrocauterização ou mesmo pela realização do shaving, que é um cortezinho cirúrgico.

As ceratoses também são manchas senis bastante recorrentes em pessoas idosas. As lesões dessa condição surgem com o passar do tempo e se dividem em duas categorias, seborreica e actínica. A primeira é caracterizada por manchas acastanhadas com casquinhas que podem atingir diversas áreas, até mesmo as que recebem pouca luz solar. Já a ceratose actínica é constituída por lesões brancas com casquinhas e possui grande relação com a exposição solar. O tratamento pode ser feito através da eletrocauterização ou por meio de outros procedimentos específicos.

Dividido entre o carcinoma basocelular, espinocelular e melanoma, o câncer de pele pode ser descoberto através de manchas e pintas na pele. Nos dois primeiros casos, os pacientes devem ficar atentos a lesões com feridas que não cicatrizam após um longo período de tempo. Dentre os três tipos, o melanoma se apresenta como o mais perigoso, pois pode causar metástase. Ele é normalmente apresentado por pintas escuras e assimétricas, com bordas irregulares ou entalhadas. “Essas pintas começam pequenas e pretas, e com o tempo mudam de tamanho, forma e cor. Em algumas situações, as lesões podem coçar e sangrar. O tratamento é a retirada cirúrgica dessa lesão e uma avaliação anatomopatológico, para ver se não teve nenhum grau de comprometimento ou invasão de tecidos”, esclarece Noviello.

Teresa ressalta que a avaliação geral da pele deve ser feita ao menos uma vez ao ano com o dermatologista. “Avaliar suas pintas junto a um bom profissional é de suma importância para os casos de melanoma, pois o diagnóstico precoce pode significar um aumento das chances de cura”, conclui.

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