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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Perda olfativa: por que acontece e quando devemos nos preocupar?

Especialista do Hospital Paulista explica disfunção e como identificá-la 

 

Preferência repentina por comidas mais condimentadas; vontade em querer colocar mais sal ou mais açúcar nas refeições; dificuldade em identificar odores ou sabores; alteração do gosto dos alimentos consumidos. Todos esses são sintomas clássicos de quem está com 'perda olfativa'. Ou seja, de quem tem diminuída a capacidade de sentir cheiro, o que interfere diretamente no nosso paladar e também pode ensejar outros riscos à saúde.

De acordo com o otorrinolaringologista Gilberto Ulson Pizarro, do Hospital Paulista - referência em saúde de ouvido, nariz e garganta – esse tipo de disfunção é mais comum após os 60 anos e dificilmente os pacientes têm essa percepção. Por isso é valido, algumas vezes, ficarmos atentos aos hábitos de nossos familiares à mesa.

"Se você nota, por exemplo, que a comida já está suficientemente salgada, mas, mesmo assim, seu pai, mãe ou outro acompanhante tendem a colocar mais sal, isso já pode ser uma evidência. A perda de olfato afeta o sabor da comida, que depende da textura do alimento, do gosto amargo, doce, salgado e para refinar o cheiro do alimento. Para compensar essa deficiência, as pessoas costumam aumentar a dose nos temperos, no sal e no açúcar – o que já é algo preocupante e um indicativo da perda olfativa", explica o médico.


Diferentes causas

O médico explica que essa disfunção pode ser algo temporário ou mesmo definitivo, a depender da origem do problema. Mas, de toda forma, é sempre importante investigar. "As causas da perda olfativa podem ser das mais variadas. Ela pode decorrer de uma simples obstrução nasal por rinite ou desvio de septo, pode ser um indicativo de diabetes, consequência de um processo natural de envelhecimento ou, até mesmo, da existência de um tumor. Por isso, a avaliação médica é essencial”, alerta.


Riscos

Além da questão relacionada à boa alimentação (que requer um consumo moderado de sal, açúcar e condimentos), o Dr. Gilberto Ulson Pizarro lembra que a perda de olfato pode ensejar riscos de acidentes graves, justamente por comprometer um sentido vital para o Ser Humano. “Organicamente, o cheiro tem a função a de nos proteger contra a ingestão de alimentos estragados, assim como de situações de perigo, como fogo, fumaça, ou mesmo intoxicações, como ocorre com produtos químicos, a exemplo do cloro, do gás de cozinha etc. Tudo isso pode representar sérios riscos à vida”.

O médico relata o caso de uma paciente que teve uma explosão dentro de casa, justamente por não sentir o cheiro de gás de cozinha que havia no ambiente. “A neta dela havia aberto o dispositivo da mangueira, mas ela não sentiu o cheiro e, ao ligar a luz da cozinha, houve uma grande explosão”.

Outro problema muito frequente, segundo o médico, é o descuido da higiene pessoal, por não sentir cheiro de suor, urina e fezes. “Isso é mais comum entre os idosos e o principal risco em com relação a possíveis infecções. Portanto é algo que também precisa ser sempre observado, especialmente após os 60 anos”, destaca.


Diagnóstico e tratamento

Quanto ao diagnóstico, o Dr. Pizarro explica que, hoje em dia, a tecnologia permite uma rápida identificação das eventuais causas que originam a perda olfativa. “No ambulatório de olfato do Hospital Paulista, nós conseguimos, já por meio de um teste inicial, identificar se é a causa condutiva (isto é, relacionada a alguma obstrução do nariz), neurossensorial (quando há comprometimento de células específicas ou nervos que levam a informação de cheiro para o cérebro) ou se é mista (ou seja, decorrente dos dois problemas).

Quanto aos tratamentos, por fim, o especialista esclarece que eles variam conforme o diagnóstico. “Um tratamento muito comum e que também serve como método preventivo é o chamado 'treinamento olfatório', que consiste na utilização de óleos essenciais ou produtos com cheiros bem característicos para treinar o sentido do paciente”.



Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Canal no dente, especialista explica o passo a passo do tratamento

Cáries profundas e fraturas podem causar a lesão 

 

No Brasil, uma parcela significativa da população chega à idade adulta com problemas dentários, muitas vezes relacionados à má higiene bucal e a falta de acompanhamento odontológico adequado.

De acordo com dados do IBGE, menos da metade dos brasileiros (49,4%) consultou um dentista nos últimos 12 meses. No entanto, o consultório odontológico não é apenas um local para prevenir, mas também para tratar problemas sérios nos dentes, como é o caso do tratamento de canal.

O tratamento de canal é frequentemente empregado em casos de fratura dentária ou cárie profunda, e consiste na remoção da polpa inflamada do dente e na desinfecção do local.

“A polpa é um tecido mole que contém nervos e vasos sanguíneos, e sua lesão pode causar extremo desconforto, incluindo dores intensas, inchaço e sensação de latejamento”, explica Walter Solter, cirurgião dentista e diretor técnico da Dental Beauty.

Quando há necessidade de realizar o tratamento de canal, o dentista, especialmente o endodontista, é o profissional indicado para cuidar da situação. O procedimento envolve diversas etapas, desde a avaliação das causas da dor ou do inchaço até exames físicos e radiográficos para identificar a extensão da lesão.

Para realizar o tratamento de canal, o dentista utiliza instrumentos para acessar a polpa do dente, remover o tecido infectado, desinfetar a cavidade e preencher o canal com material apropriado. “O procedimento visa restaurar e reconstruir o dente afetado, proporcionando alívio da dor e preservando a estrutura dental”, afirma Solter.

É importante ressaltar que, atualmente, os tratamentos de canal podem ser realizados em até um dia, trazendo conforto ao paciente. Além disso, quanto mais rápido o paciente procurar ajuda profissional, melhor será o prognóstico do tratamento. Além disso, cada caso possui suas especificidades, e o procedimento pode variar de acordo com a gravidade da lesão.

Solter explica que ao sentir qualquer desconforto nos dentes, é fundamental buscar a orientação de um dentista. “O tratamento de canal pode ser a solução para preservar a saúde bucal e o bem-estar geral do paciente”, finaliza. 



Dental Beauty
Rua Almirante Ary Rongel, 511, Recreio dos Bandeirantes - Rio de Janeiro – RJ
Instagram: @clinicadentalbeauty


Hipertensão: entenda a doença que atinge cada vez mais brasileiros

Especialistas do CEJAM falam sobre o tema e explicam como pacientes podem acessar serviços especializados através do SUS

 

A hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, é uma condição crônica caracterizada pelo aumento dos níveis de pressão do sangue nas artérias. Esse acréscimo pode sobrecarregar a função cardíaca, indo além do esforço habitual necessário para garantir a distribuição adequada desse líquido vital pelo corpo humano. 

Um recente estudo realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2023, confirma que, aproximadamente um em cada três adultos vivem com hipertensão no mundo. No Brasil, as taxas são ainda mais preocupantes, com 50,7 milhões de pessoas entre 30 e 79 anos convivendo com essa condição. 

“Apesar dos fatores genéticos, os brasileiros sofrem com a hipertensão devido também à deterioração dos hábitos alimentares ao longo dos anos. Podemos citar o exagero em fast food e os alimentos com alto teor de sódio como uma das principais causas”, afirma a Dra. Lilian Cavalheiro, cardiologista do AMA Especialidades Jardim São Luiz, gerenciado pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim" em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo. 

Outras motivações que podem originar o quadro incluem dificuldades socioeconômicas para adquirir alimentos saudáveis e realmente nutritivos, um estilo de vida sedentário, obesidade, tabagismo, alcoolismo e, por vezes, a herança genética (síndromes associadas à hipertensão, como a síndrome de Liddle, síndrome do excesso aparente de mineralocorticoide, hipertensão agravada pela gravidez, síndrome de Gordon, etc.), além de fatores raciais, como a condição afrodescendente, que pode aumentar o seu aparecimento. 

"A doença envolve uma série de alterações no organismo: pode intensificar a aterosclerose, que consiste no “endurecimento” dos vasos sanguíneos, prejudicando o funcionamento de vários órgãos, como rins, e alterando a circulação nos vasos cerebrais e cervicais, além do enfraquecimento do próprio coração", explica a médica. 

Os impactos no coração podem ser tão intensos que pacientes com o quadro podem ter a sua saúde cardiovascular afetada, com o aparecimento de condições como doença cerebrovascular, doença arterial crônica, insuficiência cardíaca, doença arterial periférica e aórtica, doença renal crônica e retinopatia, por exemplo. 

Geralmente, os principais sintomas da hipertensão arterial incluem desconforto precordial (dor no peito), cansaço, dor na nuca, tonturas e dor de cabeça. Porém, muitas vezes, o paciente pode ser assintomático, o que reforça a sua fama de “doença silenciosa” e a torna ainda mais perigosa. 

Apesar disso, o seu diagnóstico é feito de maneira simples: basta realizar a medida da pressão arterial. Para adultos a partir de 20 anos, a cardiologista recomenda que a ação seja feita, ao menos, uma vez no ano. Entretanto, em caso de histórico familiar, a atenção deve ser redobrada. “O atendimento pode ser feito gratuitamente pelo Sistema único de Saúde (SUS), através de consultas de rotina.” 

É importante salientar que a doença não tem cura, embora seu impacto possa ser reduzido com o tratamento adequado. Por isso, além da conscientização, medidas preventivas são sempre bem-vindas, para diminuir as chances de seu aparecimento. 

“Para isso, devemos adotar hábitos saudáveis, como a redução do consumo de alimentos ricos em sódio, a manutenção de um peso corporal adequado, a abstenção de bebidas alcoólicas e a prática regular de atividades físicas”, ressalta a especialista. 

É aconselhável começar a prestar atenção no tema desde a infância. Os pais podem fazer isso controlando a saúde dos pequenos em relação à obesidade, promovendo uma alimentação saudável e incentivando atividades físicas apropriadas para cada faixa etária, a fim de evitar problemas futuros. 

Outra medida importante é acompanhar o calendário de consultas desde o nascimento até o final da adolescência, as quais fornecerão orientações adequadas para cada fase da vida, ajudando a prevenir doenças que, muitas vezes, iniciam-se silenciosamente na infância e se manifestam na fase adulta.
 

Onde buscar ajuda? 

Ainda segundo a pesquisa realizada pela OMS, no âmbito global, aproximadamente quatro em cada cinco pessoas com pressão alta não recebem tratamento adequado. 

Pensando nisso, o CEJAM implementou uma linha de cuidado especialmente destinada a esses pacientes. A ação começou em 2022 e, atualmente, conta com quase 100 mil pessoas cadastradas, apenas nas unidades administradas no Jardim Ângela e Capão Redondo, na zona Sul de São Paulo. 

O objetivo do programa é proporcionar a melhor assistência possível, por meio de uma abordagem integrada e contínua. Assim, o cuidado começa desde o diagnóstico pela aferição da pressão até o acompanhamento a longo prazo, e envolve uma equipe multidisciplinar. 

“Nós oferecemos um leque de serviços, incluindo exames laboratoriais e de apoio diagnóstico, permitindo um monitoramento preciso da condição; tratamento farmacológico, ajustado de acordo com o estágio da doença; e tratamento não farmacológico. Também garantimos um atendimento ágil e eficaz com profissionais preparados para lidar com situações de urgência e emergência”, explica Poliana de Lima, gerente da UBS Jardim Coimbra e uma das responsáveis pela Linha de Cuidado da unidade, que também é administrada em parceria com a prefeitura. 

Durante todo o processo, o paciente também tem acesso a consultas médicas e de enfermagem, além de atendimento especializado em áreas como cardiologia, nutrição, psicologia, farmácia, odontologia, entre outras.

Para atingir o maior número de pessoas, o CEJAM realiza visitas domiciliares e vigilância ativa por meio dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), com o intuito de ampliar o diagnóstico precoce e conscientizar a população dos arredores de suas unidades.



CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
cejamoficial
instituição


Quedas domésticas ameaçam idosos e crianças

Ortopedista do Hospital Mater Dei Premium Goiânia destaca os tipos de lesões mais comuns e as medidas preventivas essenciais.

 

Acidentes domésticos representam um desafio significativo para a saúde ortopédica de pessoas de todas as idades, sendo as quedas as principais causas de preocupação. Com o envelhecimento da população e o cuidado crescente com a segurança infantil, os acidentes domésticos emergem como uma questão de saúde pública urgente. 

Dados do Ministério da Saúde revelam que, no Brasil, 70% das quedas em idosos ocorrem dentro de casa, afetando especialmente aqueles com mais de 65 anos. O receio é ainda maior entre os mais idosos, onde a mortalidade associada a quedas pode ser até seis vezes maior. 

Além disso, o registro de óbitos por acidentes domésticos em crianças, especialmente na faixa etária de 0 a 4 anos, levanta alarmes sobre a segurança nos lares brasileiros. Os números refletem uma realidade preocupante, que demanda ações preventivas e medidas eficazes para garantir a segurança e o bem-estar de idosos e crianças em seus ambientes.

Segundo o Dr. Alano Queiroz, ortopedista do Hospital Mater Dei Premium Goiânia, fraturas ósseas, entorses e luxações são as lesões mais frequentes decorrentes de acidentes domésticos, especialmente quedas. Ele ressalta que a gravidade dessas lesões varia, sendo as fraturas de quadril, punho e tornozelo as mais comuns. Para essas lesões, o tratamento pode envolver desde imobilização até cirurgia, com prognósticos variados, mas geralmente positivos, com o devido acompanhamento médico. “Já as entorses muitas vezes necessitam de repouso e fisioterapia e possuem bom prognóstico. O impacto na qualidade de vida dos pacientes depende da gravidade do traumatismo, mas a maioria das lesões ortopédicas pode ser tratada com sucesso, permitindo uma recuperação adequada com o acompanhamento médico apropriado”.

O ortopedista destaca a importância de identificar e mitigar os fatores de risco em ambientes domésticos. Tapetes escorregadios, falta de corrimãos e iluminação inadequada são alguns dos perigos potenciais. Ele sugere medidas preventivas, como instalação de corrimãos, uso de tapetes antiderrapantes e organização segura de objetos, para reduzir esses riscos. Além disso, a prática regular de atividades físicas para fortalecer a musculatura é fundamental para prevenir quedas.

De acordo com o profissional, em idosos, as lesões ortopédicas mais frequentes decorrentes de quedas são fraturas de quadril, punho, colo de fêmur e vértebras. “O processo de recuperação e reabilitação geralmente envolve avaliação multidisciplinar, incluindo cirurgia, quando necessário, seguida de cuidados pós-operatórios, fisioterapia e acompanhamento médico regular. Nos casos de fraturas de quadril, por exemplo, a reabilitação visa restaurar a mobilidade, prevenir complicações, como trombose venosa profunda, e promover a independência funcional. A recuperação em idosos pode ser mais desafiadora devido a possíveis comorbidades e fragilidade, requerendo uma abordagem cuidadosa e personalizada para garantir a melhor evolução possível”, afirma Alano.

Já em crianças, o médico afirma que as consequências das quedas incluem fraturas de membros superiores e inferiores, especialmente do punho, antebraço e tornozelo.  “O tratamento geralmente envolve imobilização adequada, seja com gesso ou talas, para permitir a cicatrização óssea adequada. Em alguns casos, pode ser necessária intervenção cirúrgica para realinhar os ossos ou fixar a fratura. Além disso, a fisioterapia é frequentemente recomendada para promover a recuperação funcional e prevenir sequelas a longo prazo, como rigidez articular ou fraqueza muscular”, explica Alano, que faz um alerta: “é crucial educar os pais sobre ações de prevenção, como manter áreas seguras para brincar e supervisionar as atividades das crianças, a fim de reduzir o risco de quedas e lesões ortopédicas”.

O Dr. Alano enfatiza a importância da conscientização da população sobre os riscos de acidentes domésticos e a adoção de medidas preventivas. “Muitas lesões ortopédicas resultam de quedas em casa que podem ser evitadas com medidas simples, como manter os ambientes organizados, garantir a iluminação adequada, instalar corrimãos em escadas e barras de apoio em banheiros, e remover tapetes soltos que possam causar tropeços”.

Ele destaca também as práticas seguras ao realizar atividades físicas, usando equipamentos de proteção corretos, como capacetes, joelheiras e cotoveleiras. “A prevenção primária, por meio da educação e da adoção de medidas preventivas, pode reduzir significativamente a incidência de lesões ortopédicas, melhorando a qualidade de vida e reduzindo os custos associados ao tratamento dessas lesões", afirma o ortopedista.


Maternidade e obesidade: Obesidade mais que dobrou nos últimos treze anos em mulheres

 De acordo com o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), do Ministério da Saúde, mulheres grávidas com obesidade mais que dobrou nos últimos treze anos: saltou de 11% para 24% de 2008 para 2021.

 

Ao todo, o percentual de gestantes com excesso de peso – somando sobrepeso e obesidade – subiu de 33% para 53% no mesmo período. Isso significa que mais da metade das mulheres grávidas em 2021 estava com o peso acima do ideal, segundo os dados do Sisvan. 

Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), o excesso de peso pode levar a desequilíbrios hormonais que afetam a ovulação e prejudicam a fertilidade feminina. Além disso, a obesidade aumenta o risco de complicações na gestação, como diabetes gestacional, hipertensão e pré-eclâmpsia. No entanto, a perda de peso – seja pelo tratamento clínico ou cirúrgico – pode ajudar as mulheres a perder peso e melhorar a saúde reprodutiva[i]

Técnicas minimamente invasivas, que aceleram o emagrecimento saudável e reeducação alimentar, auxiliando também na remissão das doenças associadas têm se apresentado como uma alternativa para mulheres que pensam em engravidar ou querem perder peso após o parto. 

"Métodos não invasivos são definitivamente uma opção para mulheres em sobrepeso que visam perda e manutenção de peso. Os resultados apontam perda média de 10 a 15% de peso corporal em 16 semanas, portanto uma opção coerente e possível para mulheres que planejam engravidar"- declara Dr. Felipe Matz, diretor médico da Clínica Endodiagnostic, especialista em Endoscopia Bariátrica e preceptor da técnica de Balão Deglutível no Brasil. 

 

[i] Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) – “Obesidade põe em risco saúde de gestantes e bebês” – Disponível em: Link

 

A febre do Ozempic: Médico aponta mitos e verdades sobre medicamento ‘emagrecedor’ que conquista famosos no mundo todo

 Cabeça de ozempic não existe e o emagrecimento pode não ser duradouro”, afirma Dr. Rodrigo Schröder, um dos maiores nomes da Medicina e Performance Esportiva sobre a medicação que nomes como Elon Musk e Oprah Winfrey já apostaram, além de Maiara e as irmãs Kardashian, segundo especulações

 

Após aparecer alguns quilos mais magro, Elon Musk declarou abertamente que recorreu ao auxílio do jejum intermitente e do Ozempic, medicamento para diabetes que vem chamando a atenção pelos efeitos emagrecedores. Suzanne Freitas, filha de Kelly Key, e a apresentadora americana Oprah Winfrey também estão no time que usou sem tabus. Já Maiara e as irmãs Kardashians passaram por especulações de que haviam usado, mas não confirmaram.

 

Médico de diversas celebridades e um dos maiores nomes do país em Medicina e Performance Esportiva, com mais de 1 milhão de seguidores no Instagram, Dr. Rodrigo Schröder explica como o medicamento funciona, afirma que o resultado não costuma ser permanente e destaca os perigos do uso sem prescrição médica.

 

Medicamento para diabetes tipo 2 - Sim, o Ozempic é aprovado pela ANVISA, mas não para o tratamento da obesidade, mas para diabetes. Entretanto, estudos patrocinados pela fabricante sugerem que pessoas que usam a semaglutida - o composto ativo do Ozempic - podem perder peso. “Mas nem todos emagrecem usando e pode ter muitos efeitos colaterais”, afirma o médico.

 

O que pode ocasionar a perda de peso, segundo Dr. Rodrigo, é que a medicação “afeta os centros de fome no cérebro, reduzindo a fome, o apetite e os desejos e retarda a taxa de esvaziamento do estômago, prolongando efetivamente a saciedade após as refeições.”

 

Efeito “rebote” - Assim como os demais remédios para emagrecer que já foram febre em algum momento, o Ozempic também deixa o paciente suscetível ao reganho. “É um medicamento caro e as pessoas tendem a recuperar todo o peso perdido e ainda mais”, diz o médico. “O grande problema é que as pessoas tomam um remédio mas não mudam a mentalidade e nem o estilo de vida”.

 

De acordo com o profissional, o reganho de peso acontece quando o retardo do esvaziamento gástrico é normalizado e a pessoa volta a se alimentar como antes ou até mais por recuperar o apetite.

 

Cabeça de Ozempic” não existe! - Na verdade, a transformação estética pode causar essa impressão. “Você está acostumado com aquela pessoa com um tamanho x de cabeça em um corpo GG. Quando a pessoa emagrece, independente do método, você vê a mesma cabeça em um corpo P, por isso dá essa impressão. Mas isso não existe, o medicamento não altera o tamanho da cabeça”, afirma o médico.

 

Riscos de tomar sem indicação - A seara mais perigosa na maioria dos medicamentos é a automedicação e com o Ozempic não seria diferente. “Quem faz isso pode acabar tomando uma dose elevada, o que pode resultar em flacidez, perda de massa muscular, além de sofrer efeitos colaterais mais sérios, como desnutrição e desidratação”.

 

O médico destaca inclusive um artigo publicado pela revista Acta Pharmaceutica Sinica B, que concluiu que o uso prolongado destes medicamentos pode levar ao aumento do volume do intestino delgado, obstrução do órgão e paralisia intestinal.

 

Ok, mas funciona? - Sim, funciona. “Quando combinado com dieta e exercício, a semaglutida pode promover a perda de peso”, afirma Schröder, mas novamente, é necessária a mudança do estilo de vida.

 

“A obesidade é multifatorial. Se não mudar o estilo de vida, vai voltar a engordar ou será um ‘skinny fat’, esteticamente magro e com a saúde debilitada. Nenhuma alternativa medicamentosa será mais importante do que mudança de mentalidade e de relacionamento com a comida e o exercício físico.”

 


Dr. Rodrigo Schröder - formado em Medicina, com residência em Ortopedia e Traumatologia. Entretanto, foi em sua pós graduação de Nutrologia Esportiva e Medicina do Esporte e no mestrado em Nutrição e Dietética que ele se encontrou e hoje é um dos maiores profissionais do país em Medicina e Performance Esportiva. Na agenda de consultas, celebridades do entretenimento como Vera Fischer, Anderson Leonardo, Bárbara Coelho, Rodriguinho e outros; e do esporte, como Bárbara Seixas, Lara Nobre, Diego Alves e mais.
https://www.instagram.com/rodrigoschroder/


A medicina é para os humanos

O grande médico e pintor português Abel Salazar, que viveu entre 1889 e 1946, dizia que “o médico que só sabe de medicina, nem de medicina sabe”. Sua afirmação quase centenária mostra-se cada vez mais sólida e, arrisco dizer, mais apropriada para os tempos atuais do que para o contexto em que resolveu pronunciá-la pela primeira vez.

Diferentemente do que existia naquele tempo, a medicina atual está bastante avançada, ainda que necessite seguir em permanente evolução. Isso torna a atenção médica mais focada na realização de procedimentos que inequivocadamente aumentarão as chances de cura dos pacientes. Mas ainda falta algo, uma sustância que não aparece nas práticas científicas e que não são exigidas nas escolas de medicina. Falta amor.

Não me refiro ao amor fruto de um discurso piegas, romantizado. Tampouco motivada por uma falsa elegância ou marketing pessoal. Mas a verdade é que a ciência alcançou um ponto em que sobra medicina, mas que ainda carece de humanismo. As relações instantâneas e digitalizadas do mundo globalizado não entram em cena quando se está com uma seringa à mão, apontando para o braço de uma criança aos prantos ou para a pele fina de um idoso. À frente do profissional encontra-se um ser humano que deposita confiança, respeito e esperança no seu trabalho, mas que não abre mão da sua sensibilidade.

Por isso, de pouco serve o alto pedestal de um médico, qualquer que seja sua especialidade, quando não se solidariza com as lutas e as dores de um paciente. A medicina é para os humanos, e, reiterando as palavras de Abel Salazar, o médico que não consegue compreender isso hoje sequer está preparado para exercer sua função. Ainda que tenha um currículo recheado de mestrados, doutorados e PhDs em Harvard, Oxford, Cambridge ou em Melbourne.

Não se trata, portanto, de titulação, mas de uma boa dose de empatia. Por mais desafiador que seja, o médico contemporâneo precisa dominar e aplicar habilidades inatas como comunicação, compaixão e respeito. E esses valores devem coexistir à técnica, ao conhecimento médico. O foco não é sobre a doença nem sobre seu tratamento, mas sobre o bem-estar do indivíduo que está diante dele. A partir desse olhar, que é assustadoramente recente, é que o profissional se imbui de valores que vão para muito além da formação.

Essa concepção sobre a medicina não ocorre de maneira aleatória. É, na verdade, o reconhecimento da importância da relação médico-paciente e de seus efeitos no alcance de resultados clínicos. Criar laços positivos com a pessoa assistida é uma etapa essencial para que haja uma integração do paciente com o tratamento, fortalecendo suas expectativas em torno do procedimento.

Cada indivíduo tem sua história, seus medos e frustrações, e considerar todos esses aspectos durante o período de internação é uma condição importante para que ele se sinta mais acolhido física e emocionalmente. Essa descoberta tem um valor científico tão valioso quanto qualquer outra, com a diferença de que o paciente efetivamente sente seus efeitos imediatamente. Até porque um sorriso e uma palavra agradável também são um ótimo remédio para quase todo mal. 



Dr. Felipe Villaça - cirurgião plástico da FVG Cirurgia Plástica e diretor técnico do Hospital São Rafael

Fio ou fita dental: descubra a diferença e como escolher

 

Imagem: GUM

Consultora da GUM® explica a importância do uso e qual escolha é mais indicada para cada necessidade

 

Que o uso do fio dental é fundamental para garantir uma boa higiene bucal não é novidade para ninguém. O que poucos pacientes sabem é que, além dessa ferramenta, existem outras que também podem ajudar a promover a limpeza entre os dentes. A fita dental, por exemplo, é muito parecida com o fio, porém é mais larga e plana e, geralmente recomendada para pessoas que possuem dentes mais separados.  

De acordo com Gabriella Mundim, dentista e consultora da GUM, marca especializada em produtos inovadores para cuidados bucais, a limpeza do espaço entre os dentes é um hábito fundamental para a saúde dental, que muitas vezes cai no esquecimento. “Felizmente, existem muitos produtos de limpeza interdental no mercado, e escolher um que atenda às necessidades ajudará a implementar esse tipo de limpeza na rotina diária”, afirma. 

Gabriella explica que o fio e fita dental são produtos de limpeza interdental que limpam as superfícies entre os dentes, onde a escova não consegue alcançar. “O fio dental é um fio fino de monofilamentos de plástico trançados ou filamentos de nylon. Já a fita dental é muito parecida com o fio dental, mas, é mais larga e mais plana”, esclarece. 

A decisão de usar fita ou fio dental depende de qual produto é a mais eficaz na limpeza entre os dentes e qual é mais fácil de usar, na opinião do paciente. “O fio dental é recomendado para quem possui espaços apertados entre os dentes, pois pode penetrar facilmente nesses espaços, removendo a placa bacteriana e prevenindo problemas como cáries e doenças gengivais. Já a fita dental, é recomendada para quem possui espaços interdentais mais largos ou para aqueles que buscam uma alternativa mais suave para as gengivas sensíveis”. 

Para finalizar, a especialista destaca que em termos de capacidade de limpeza e remoção da placa bacteriana, não há diferença significativa entre os diversos tipos de fio e fita dental. “A escolha entre fio ou fita dental deve ser baseada principalmente na facilidade de uso e na preferência individual. Ambos os modelos oferecem excelentes resultados, reforçando a importância da consistência e preferência pessoal na prática de uma higiene bucal eficaz”, conclui.


O consumo de chocolate está relacionado ao seu DNA

Ao leite, amargo, com amendoim, doce, qual tipo de chocolate corresponde a sua genética e a sua saúde?
 

Muitos de nossos hábitos alimentares, preferências e sensibilidade aos alimentos são influenciados pela nossa genética (1). Com o chocolate não é diferente. O novo painel lançado pela Genera, empresa pioneira em testes genéticos voltados diretamente para o consumidor, em parceria com a Maré Chocolate, o Painel Chocolate, revela características que exploram os gostos relacionados ao alimento e ajudam a mostrar quais os tipos mais recomendados para cada organismo. 

Por meio do teste genético, é possível descobrir a preferência por sabores mais doces ou ainda, predisposição para intolerância à lactose, considerando que o leite é um dos ingredientes mais importantes na confecção de chocolate. De acordo com um levantamento da Genera, cerca de 51% dos brasileiros apresentam essa intolerância, e os sintomas incluem dor e inchaço abdominal, diarreia, gases e náuseas. Para estas pessoas, o ideal é consumir chocolates livres de lactose. 

Alguns chocolates têm aroma e sabor mais intensos de cacau torrado ou de aromatizantes, que podem influenciar na preferência pelos diferentes tipos. O teste genético identifica a capacidade de detectar estes aromatizantes e a percepção do sabor. Se uma pessoa apresenta essa predisposição é possível que ela ache mais agradável o sabor de chocolates amargos, com aromatizante ou frutas. 

Outra característica é a sensibilidade ao sabor amargo. Algumas pessoas têm, de acordo com certas variações genéticas, uma maior sensibilidade ao sabor amargo, o que dificulta o consumo de alimentos e chocolates com esse gosto. Já as que não têm essa sensibilidade não percebem o sabor amargo com tanta intensidade e preferem comer chocolates desse tipo. 

O consumo do chocolate muitas vezes também está relacionado às emoções das pessoas, como tristeza e a ansiedade. De acordo com a Genera, cerca de 64% dos brasileiros têm predisposição para apresentar fome emocional, relacionado a algumas variações genéticas. Esse dado converge com uma pesquisa realizada pela ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica), Merck Brasil e IPEC (Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica) em que 60% dos entrevistados afirmaram comer chocolate, pizza e outras guloseimas quando se sentem estressados ou de mau humor.[1] 

“O Painel Chocolate revela não só o perfil da pessoa em relação ao consumo de diferentes tipos e sabores do alimento, como orienta quais são mais saudáveis e compatíveis com o organismo de cada um. Ele traz autoconhecimento e indicações de como saborear o chocolate com prazer e gerando bem-estar”, explica Ricardo Di Lazzaro, médico especialista em genética e cofundador da Genera. 

A Maré Chocolate entende essa variedade de perfis de consumidores e as diferenças genéticas. “Cientes de tantas variedades de gosto e restrições alimentares, aqui na Maré oferecemos chocolates sem glúten, sem leite, sem açúcar branco, e usamos açúcares mais naturais, como os adoçados com açúcar de coco, com açúcar demerara, maçã em pó ou açúcar mascavo, também temos o 100% cacau. Valorizamos a saúde e o bem-estar, tanto de quem cultiva quanto de quem saboreia nossos chocolates e é por isso que encontramos na Genera uma parceria de sucesso”, explica Maruska Gemelli, sócia da Maré Chocolate. 

“A parceria da Genera com a Maré Chocolate foi pautada pela qualidade e valores da empresa na produção de chocolates artesanais, saudáveis e sustentáveis. Ambas têm como prioridade oferecer experiências de bem-estar felicidade e cuidados com a saúde do consumidor”, finaliza Di Lazzaro.
 

Características do Painel Chocolate:

  • Consumo de Doces: identificação da predisposição para consumir uma quantidade maior ou menor de doces.
  • Intolerância à Lactose: avaliação do risco de intolerância à lactose ou elevada tolerância.
  • Sensibilidade à Proteína do Leite: análise da predisposição para desenvolver sensibilidade à proteína do leite.
  • Sensibilidade ao Amendoim: verificação da predisposição para desenvolver sensibilidade ao amendoim.
  • Sensibilidade ao Sabor Amargo: avaliação da maior ou menor sensibilidade ao sabor amargo.
  • Preferência pelo Sabor Doce: identificação da preferência por sabores mais doces.
  • Busca por Novidades: análise da predisposição para buscar novidades e experimentar sabores novos.
  • Capacidade de Detectar Aromatizante: verificação da capacidade de detectar aromatizantes.

[1] Comendo por emoções: 7 em cada 10 brasileiros já sentiram fome emocional. Merck. Disponível em: Link


Hipertensão arterial merece toda atenção

 

Crédito:Depositphotos/photographee.eu

Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial é celebrado em 26 de abril e serve de alerta e conscientização sobre os riscos da pressão alta

 

“Apesar da alta prevalência na população, a hipertensão pode ser tratada e controlada com medicação adequada e alterações no estilo de vida” 

Em setembro do ano passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou seu primeiro relatório sobre os efeitos globais da hipertensão arterial, incluindo recomendações sobre como combater essa doença silenciosa e perigosa. Segundo o documento, a condição afeta 1 em cada 3 adultos em todo o mundo – número que dobrou entre 1990 e 2019, passando de 650 milhões para 1,3 bilhão de pessoas. A OMS informa, ainda, que quase metade da população com hipertensão não tem conhecimento de sua condição, o que agrava os riscos. 

No Brasil, de acordo com a edição 2023 do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) do Ministério da Saúde, brasileiros entre 18 e 24 anos e acima de 65 anos são os mais diagnosticados com hipertensão. O levantamento também constatou uma alta na prevalência da doença em 2023, tanto na população mais jovem quanto nos idosos – em comparação à pesquisa de 2021. Dados do Ministério da Saúde indicam, ainda, que a taxa de mortalidade por hipertensão arterial no Brasil atingiu o maior valor dos últimos 10 anos.

Para conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico preventivo e do tratamento da doença foi instituído, em 2002, o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. Assim, associações médicas, órgãos governamentais e entidades da sociedade civil aproveitam a data para alertar sobre essa doença silenciosa que é responsável por até 80% dos casos de acidente vascular cerebral (derrame) e 60% dos casos de ataque cardíaco registrados no País. Além disso, pode causar insuficiência cardíaca, danos renais e muitos outros problemas de saúde.

A hipertensão é caracterizada pela elevação sustentada dos níveis de pressão arterial acima de 140×90 mmHg (milímetro de mercúrio) – conhecido como 14x9. O primeiro número se refere à pressão máxima (sistólica), que corresponde à contração do coração. O segundo está relacionado à pressão do movimento de diástole, quando o coração relaxa. Os sintomas da alta de pressão podem incluir tontura, falta de ar, palpitações, dor de cabeça frequente e alteração na visão. “Apesar da alta prevalência na população, a hipertensão pode ser tratada e controlada com medicação adequada e alterações no estilo de vida, que prioriza a adoção de uma alimentação equilibrada e a prática de atividade física”, afirma a nutricionista do Departamento de Ciências e Pesquisas da Yakult do Brasil, Adrianne Machado.

Dentre as principais causas da doença estão obesidade, histórico familiar, estresse, sedentarismo, tabagismo e envelhecimento. A nutricionista orienta que a melhor forma de prevenir a hipertensão é manter atenção com a alimentação, que deve ser composta de frutas, verduras, legumes, grãos integrais, peixes, aves, leite e derivados e carnes com baixo teor de gordura. “Também é fundamental substituir a utilização de sal por temperos e ervas naturais, além de evitar o consumo de alimentos industrializados com alto teor de sódio, especialmente molhos e temperos prontos, macarrão instantâneo, embutidos e enlatados”, alerta. Além da dieta saudável, é essencial a prática de atividade física regular, evitar o fumo e não ingerir álcool em excesso.


Microbiota intestinal

Cientistas de várias partes do mundo investigam qual seria o papel da microbiota intestinal na hipertensão arterial. Na plataforma científica internacional PubMed, por exemplo, há mais de 150 estudos relacionados ao tema, desenvolvidos por cientistas de diferentes países. Os artigos têm como tema central Microbioma intestinal e neuroinflamação na hipertensão, Microbiota intestinal e hipertensão: associação, mecanismos e tratamento e A disbiose da microbiota intestinal contribui para o desenvolvimento da hipertensão, dentre outros.

Um desses estudos foi realizado por pesquisadores chineses que elaboraram uma revisão da literatura com dados científicos de diferentes plataformas científicas, incluindo Elsevier, PubMed, Web of Science e China National Knowledge Infrastructure (CNKI). Segundo os autores, evidências crescentes provaram que a patogênese da hipertensão está intimamente relacionada à disbiose (desequilíbrio) da microbiota intestinal. Os cientistas concluíram que a hipertensão pode levar ao desequilíbrio da microbiota intestinal e à disfunção da barreira intestinal, incluindo aumento de bactérias nocivas, diminuição de bactérias benéficas e aumento da permeabilidade intestinal.

Em outra revisão da literatura científica, pesquisadores alemães discutiram como a microbiota intestinal e os metabólitos intestinais podem afetar a hipertensão e a aterosclerose. No estudo, pacientes hipertensos mostraram ter menor abundância de microrganismos produtores de ácidos graxos de cadeia curta (bactérias boas) e maior abundância de bactérias gram-negativas (patogênicas). Os cientistas concluíram que a microbiota intestinal afeta a hipertensão e a aterosclerose através de muitas vias, fornecendo uma ampla gama de potenciais alvos terapêuticos e desafios.  



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Ginecologista lista 6 plantas que ajudam na saúde reprodutiva

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Certas ervas reduzem o estresse, apresentam efeitos cicatrizantes e anti-inflamatórios

 

De acordo com um estudo conduzido pela Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS) e Universidade Federal do Piauí, intitulado ‘Plantas Medicinais e a Saúde da Mulher’, há aproximadamente 4.000 anos, antigos mestres chineses fizeram descobertas significativas no campo das propriedades terapêuticas das plantas. 

Eles identificaram que, ao serem consumidas, elas promoviam efeitos benéficos ao corpo humano, tais como a potencialização da energia vital, a regulação do sangue e dos fluidos corporais, além de induzirem sensações de calor ou frio que poderiam ser utilizadas no tratamento de diversas enfermidades. 

Essa descoberta passou a empregar terapias naturais para o tratamento de uma variedade de problemas de saúde que perduram até hoje. De acordo com os dados mais recentes da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em 2020, aproximadamente 61,7% da população brasileira recorreu a terapias alternativas. 

No caso das mulheres, algumas ervas e plantas demonstram um impacto positivo na promoção da saúde reprodutiva e no apoio a tratamentos de reprodução humana. Elas possuem propriedades que ajudam na redução do estresse, apresentam efeitos cicatrizantes e anti-inflamatórios, entre outros benefícios. 

Pensando nisso, a ginecologista Dra. Andrea Barrueco, médica da Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana (AMCR) listou 6 plantas, comprovadas pela ciência, que ajudam mulheres em sua saúde geral e reprodutiva:
 

1 - Camomila

Uma das ervas medicinais mais antigas, a camomila, possui efeito calmante, que diminui a ansiedade e ajuda a reduzir o estresse. Quando uma mulher está grávida, ou tentando engravidar, é natural que a mesma se sinta insegura e ansiosa. Nestes casos, uma xícara desse chá é de grande ajuda.
 

2 - Calêndula

A calêndula tem propriedades anti-inflamatórias e cicatrizantes e pode ajudar nos casos de tratamentos de inflamações dos órgãos reprodutivos, colaborando na concepção. Além disso, estudos iniciais têm sugerido que a calêndula pode ter um impacto na regulação hormonal, o que influencia os ciclos menstruais e a saúde reprodutiva como um todo.
 

3 - Barbatimão

Planta originária do cerrado brasileiro, assim como a calêndula, possui propriedades cicatrizantes e anti-inflamatórias. Além de atuar na cicatrização dos órgãos reprodutivos como um todo, tem sido uma aliada especial na cicatrização específica de lesões no colo do útero.
 

4 - Amora

As folhas da amora têm efeitos antioxidantes e anti-inflamatórias. Elas possuem substâncias que ‘imitam’ a ação do estrogênio no organismo, o que melhora sintomas comuns no climatério e menopausa. Também pode ajudar no equilíbrio hormonal feminino, fundamental para mulheres que desejam engravidar.
 

5 - Malaleuca (Tea-Tree)

A malaleuca é muito utilizada por sua ajuda antimicrobiana e anti séptica. A utilização de seu óleo pode ser eficaz contra uma variedade de microorganismos (incluindo bactérias, vírus e fungos). Este componente pode trazer resultados nos tratamentos de infecções dos órgãos reprodutivos, além de ser um aliado no tratamento de candida.
 

6 - Cranberry

O cranberry tem sido estudado por sua capacidade de prevenir infecções urinárias (cistite) e dos rins. Só pelo fato de diminuir o risco de infecções de urina, o cranberry já merece um lugar de destaque, mas além disso, é rico em antioxidantes como vitamina C e flavonoides, vitaminas que ajudam a neutralizar os radicais livres e prevenir diversas doenças.
 

“Cuidar da saúde mental, fazer atividade física e ter uma alimentação saudável é fundamental para manter nosso corpo em equilíbrio, principalmente quando estamos tentando engravidar. E, quanto mais natural, melhor”, diz Andrea.

“Mas antes de sair comprando tudo e usar de forma indiscriminada, converse com seu médico ou nutricionista pois, apesar de serem naturais, seu uso deve ser cuidadosamente acompanhado”, finaliza.

 

AMCR – Associação Mulher Ciência e Reprodução Humana do Brasil.
Para saber mais informações, acesse o site.


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