Pesquisar no Blog

quinta-feira, 24 de novembro de 2022

Atenção aos golpes na Black Friday 2022: eles aumentam com a chegada do evento

Advogado Léo Rosenbaum dá dicas para se precaver de golpes e aproveitar a Black Friday sem problemas

 

No ano passado, o Procon-SP registrou mais de 700 reclamações referentes a compras realizadas na Black Friday e, agora que o evento está se aproximando novamente, o consumidor precisa se preparar para evitar os golpes na Black Friday 2022.

Os preços aumentaram e muita gente esperou o ano inteiro para aproveitar a Black Friday, que acontece amanhã (25). No entanto, o desespero para encontrar as melhores ofertas e promoções pode custar caro.

Infelizmente, o consumidor não é o único que está ansioso para a chegada do evento: essa também é uma grande oportunidade para os golpistas, que se infiltram entre vendedores legítimos e atraem suas vítimas com descontos que enchem os olhos.

Com o passar dos anos, as artimanhas desses criminosos se tornam cada vez mais complexas e, quem já caiu em uma fraude na Black Friday sabe que, mesmo com os preços reduzidos, o prejuízo é grande.

Por isso, estar preparado para evitar os golpes na Black Friday 2022 é fundamental para aproveitar ao máximo o evento e, para isso, o advogado Léo Rosenbaum, sócio do Rosenbaum advogados e especialista em relações de consumo, traz informações sobre as fraudes mais comuns e quais os direitos do consumidor.

 

Quais as fraudes mais comuns na Black Friday?

De todos os golpes aplicados durante as edições da Black Friday, o mais popular é o Phishing-as-a-Service (PHaaS), que consiste na criação de sites e perfis falsos que imitam grandes marcas.

Grandes descontos atraem consumidores até esses sites e, quando a compra é realizada, os golpistas roubam os dados da vítima e vazam essas informações, que podem ser utilizadas em outras práticas fraudulentas.

Outro grande problema do PHaaS na Black Friday é que o consumidor realmente paga por um determinado produto ou serviço, mas nunca recebe sua compra e, muito menos, consegue o dinheiro de volta.

Por isso, tomar cuidado é tão importante.

Se informar e se prevenir são as duas formas mais efetivas de evitar os golpes na Black Friday 2022 e em outras edições do evento.

 

Combater essas fraudes não é dever das empresas?

Deveria ser. É importante que as empresas sejam aliadas dos consumidores no combate às práticas fraudulentas e, para isso, seria interessante implementar soluções como, por exemplo:

- bloqueios de falsificação de endereços de e-mail;

- técnicas antifraude;

- mecanismos anti-SPAM;

- serviços de monitoramento e remoção de conteúdo malicioso;

- treinamentos e campanhas para reconhecimento de fraudes envolvendo phishing.

Outra estratégia benéfica é a criação de canais exclusivos para reclamações referentes a fraudes e golpes. Dessa forma, o consumidor sabe a quem recorrer caso se encontre em apuros.

 

Dicas para evitar os golpes na Black Friday 2022

O consumidor deve se preparar antes de comprar qualquer coisa na Black Friday 2022, a fim de evitar as fraudes que costumam ocorrer durante o evento.

Por isso, Léo Rosenbaum separou seis dicas imperdíveis para quem quer aproveitar ao máximo todos os descontos amanhã, mas sem abrir mão da segurança. Confira:

1. Fique de olho no orçamento

Além de se preocupar com os golpes na Black Friday 2022, também é importante se preocupar com o bolso.

Ir de site em site fazendo comprar pode fazer um grande estrago e, por isso, é importante acompanhar com cuidado cada transação e se certificar de que, com ou sem desconto, aquele produto ou serviço não irá comprometer o orçamento.

2. Compare preços e faça as contas

Checar os preços com antecedência é uma excelente maneira de verificar se o desconto vale realmente a pena ou se uma oferta é na verdade o velho truque de aumentar o preço antes da Black Friday e, no dia do evento, voltar ao preço original, criando um falso desconto.

Mas, para quem só conseguiu pesquisar agora, uma boa dica para economizar é comparar os preços de diferentes sites. Além disso, para compras online e parceladas, é importante considerar o valor do frete e o acréscimo de juros.

3. Atenção aos sites falsos

Uma das principais ferramentas por trás das fraudes da Black Friday é a criação de sites falsos.

Esses portais são bem feitos e, aos olhos do consumidor, parecem confiáveis. Inclusive, existem sites falsos muito parecidos com sites oficiais de grandes lojas, que enganam muitas pessoas.

Por isso, antes de comprar, é importante se informar sobre a procedência do site e verificar se ele é seguro, o que pode ser feito observando o ícone de cadeado no canto esquerdo da barra de pesquisa e também através da lista “Evite esses Sites” do Procon-SP.

Para não comprar em sites que imitam outras lojas, confira sempre o link, letra por letra, e confirme se aquele é o endereço oficial.

4. Confira a procedência do produto

Conhecer o fornecedor é crucial para qualquer compra ou contratação.

Por isso, antes de comprar, procure o CNPJ do vendedor e consulte o cadastro na Receita Federal. Evite consumir de sites criados recentemente e de lojas que não possuem endereço físico.

5. Evite links

Não é aconselhável clicar em links enviados por e-mail, WhatsApp ou mensagens.

Mesmo que o remetente seja uma pessoa de sua confiança, o ideal é pesquisar o fornecedor seguindo as dicas acima e acessar somente páginas oficiais para efetuar compras e contratar serviços.

6. Cuidado na hora de pagar

Antes de realizar qualquer transação, especialmente via boleto bancário ou PIX, confira minuciosamente os dados do recebedor.

Cheque o nome da empresa, a data da compra, o CNPJ e só pague se todas as informações estiverem de acordo com o site da compra.

 

Tomei todos os cuidados, mas tive problemas com a minha compra. E agora?

Diante de problemas como atrasos, não entrega ou outras questões, é aconselhável que o consumidor entre em contato primeiramente com a empresa. Por ser uma época muito movimentada, erros acabam acontecendo e, geralmente, a situação pode ser resolvida diretamente.

Mas, caso não consiga uma solução, o consumidor pode acionar as plataformas de defesa ao consumidor como o Procon e registrar reclamações nas plataformas Reclame Aqui e Consumidor.gov.

Além disso, há a possibilidade de acionar a Justiça, sob a orientação de um advogado especialista em Golpes Digitais e Virtuais e Direitos do Consumidor.

 

Não tive problemas, mas me arrependi de uma compra. Posso devolver?

Sim. O direito de arrependimento é previsto pelo Código de Defesa do Consumidor e possibilita a devolução de itens e o cancelamento de serviços quando a relação de consumo é firmada pela internet.

O consumidor tem sete dias para se arrepender da compra, que podem ser contados a partir da data da compra ou da entrega e, ao fazer a devolução ou cancelamento dentro deste prazo, não é cobrado nenhum encargo.

 

Cientistas ressaltam contribuição de técnica criada no Brasil para o estudo do câncer e do genoma humano


O segundo dia do Genome Workshop 20+2 reuniu participantes do Projeto Genoma do Câncer Humano e prestou homenagem ao ex-diretor-presidente da FAPESP Ricardo Brentani (ilustração: Unplash)

 

A ideia pioneira de congregar grupos de cientistas sediados em diferentes partes do Estado de São Paulo em uma rede virtual de pesquisa colaborativa foi, possivelmente, decisiva para o sucesso do Projeto Genoma FAPESP, que começou efetivamente em 1998 e tinha como meta o sequenciamento da bactéria Xylella fastidiosa. “O que fizemos foi criar um instituto de genômica virtual. Nós já éramos virtuais antes de o virtual estar na moda. Nós éramos virtuais 20 anos à frente de nosso tempo. E esse foi um movimento brilhante”, disse o bioquímico inglês Andrew Simpson, que coordenou a iniciativa.

A análise foi feita durante a apresentação de Simpson no segundo dia (22/11) do Genome Workshop 20+2. O evento integra as atividades comemorativas do 60º aniversário da FAPESP e celebra os 22 anos da empreitada científica que inaugurou a pesquisa em genômica e a biologia molecular no Brasil.

“Naquele tempo a genômica era o assunto. Todo mundo queria sequenciar alguma coisa. E todos, exceto o Estado de São Paulo, cometeram o mesmo erro: tentaram criar um instituto de genômica. Isso requer tempo, dinheiro e, geralmente, barganhas políticas. Quando nós concluímos o nosso genoma, todos ainda estavam tentando construir seus institutos”, afirmou Simpson, ressaltando que o objetivo do projeto foi alcançado seis meses antes do prazo determinado e a um custo menor que o previsto.

O sucesso da fase inicial possibilitou à chamada rede Onsa (sigla em inglês para Organização Virtual para Sequenciamento de Nucleotídeos) abraçar metas ainda mais ousadas. Em abril de 1999 teve início o Projeto Genoma do Câncer Humano (HCGP), o mais ambicioso do grupo. O objetivo era sequenciar genes expressos em tumores de grande incidência no país usando uma metodologia nova e desenvolvida no Brasil. O trabalho foi conduzido por 29 laboratórios e um centro de bioinformática, com recursos (US$ 20 milhões) fornecidos pela FAPESP e o Ludwig Institute for Cancer Research.

A necessidade é a mãe da inovação

Conhecida pelo acrônimo ORESTES (open reading frame expressed sequence tag), a técnica de sequenciamento usada no Projeto Genoma do Câncer Humano foi desenvolvida durante o doutorado de Emmanuel Dias Neto na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), sob a orientação de Simpson. Sem recursos para investigar o genoma do esquistossomo (Schistosoma mansoni) pelos métodos convencionais, o grupo criou uma estratégia alternativa baseada em PCR (reação da cadeia de polimerase) – equipamento que amplifica o DNA e permite detectar e medir genes específicos.

Dias Neto descreveu a técnica no periódico The Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) em 1997. Na mesma época, a convite do então diretor-presidente da FAPESP Ricardo Brentani, mudou-se para São Paulo e iniciou no Hospital A C Camargo (hoje chamado AC Camargo Cancer Center) um projeto de pós-doutorado focado no uso da metodologia ORESTES para estudo do câncer.

“Em 1999 nós submetemos o pedido de financiamento para o Projeto Genoma do Câncer Humano. No lançamento, Fernando Reinach (um dos idealizadores do Projeto Genoma FAPESP) disse: ‘Estou muito orgulhoso porque, no projeto da Xylella, estudamos um organismo pequeno, para o qual não tínhamos competidores e usamos a tecnologia mais tradicional. Dois anos depois, estamos desafiando o padrão estabelecido para sequenciamento do genoma humano. Usando uma tecnologia desenvolvida no Brasil, estamos indo para a área mais competitiva e para um genoma realmente grande’”, lembrou Dias Neto em palestra ministrada no workshop.

Enquanto os métodos considerados padrão-ouro na época focavam as extremidades dos genes, a metodologia brasileira permitia sequenciar a porção central, onde se localiza a informação genética. Com o avançar do projeto, ficou evidente que a ORESTES também era útil para identificar genes que não estão entre os mais abundantes nos tecidos humanos e, muitas vezes, passavam despercebidos nos estudos feitos com técnicas tradicionais. Inúmeras sequências inéditas foram geradas pelo grupo, contribuindo para o esforço internacional – conduzido entre 1990 e 2003 – que visava decifrar o genoma humano.

“Tivemos de inventar algo porque não conseguíamos fazer o que todo mundo estava fazendo. E no fim o que nós estávamos fazendo era melhor. Hoje concluo que não foi só um bom trabalho, como também um trabalho fortemente subestimado. Nossa contribuição para o sequenciamento dos genes humanos nunca foi realmente reconhecida”, disse Simpson.

Por meio da rede Onsa foram sequenciados mais de 1 milhão de fragmentos gênicos expressos (expressed sequences tags ou ESTs) provenientes de diferentes tumores humanos. Grande parte desses dados está disponível no Gene Bank, repositório mantido pelo National Center for Biotechnology Information (NCBI). Ainda hoje as informações geradas pelo grupo subsidiam projetos de pesquisa na área.

“Lembro de Andy [Simpson] uma vez me dizer: você pode passar o resto de sua vida trabalhando em algo que não é importante. Mas se você dedicar seu tempo e seu entusiasmo a algo relevante, eventualmente poderá fazer algo de bom”, contou Dias Neto no final de sua apresentação. “Temos de fazer big Science, temos de acreditar em nós mesmos”, acrescentou.

O segundo dia do Genome Workshop 20+2 também contou com a participação de Sergio Verjovsky, que coordenou um dos laboratórios da rede Onsa e hoje é pesquisador do Instituto Butantan. Ele falou sobre sua linha de pesquisa relacionada aos genes não codificadores. Por muito tempo essa parte do genoma foi considerada não importante e até chamada de lixo. Hoje se sabe que participa da regulação dos genes codificadores de proteínas.

Outro palestrante foi Rui Manuel Vieira Reis, diretor científico do Laboratório de Diagnóstico Molecular do Hospital de Amor (antigamente conhecido como Hospital do Câncer de Barretos). Ele contou que o banco de tumores mantido pela instituição foi criado a partir de uma sugestão de Brentani. Como o hospital atende pacientes de todo o país, o material armazenado tem grande diversidade genética e tem sido útil em muitos estudos relacionados à genômica do câncer.

A moderação foi feita por Anamaria Aranha Camargo, que integrou a equipe do HCGP e hoje é pesquisadora do Hospital Sírio-Libanês e membro da Coordenação Adjunta - Ciências da Vida na FAPESP.

Homenagem a Brentani

A última mesa do evento foi dedicada a homenagear o legado do professor Brentani, que faleceu em 2011 e é considerado um dos principais nomes no mundo em pesquisa oncológica. Entre os participantes estava Chi Van Dang, diretor científico do Ludwig Cancer Research, que apresentou um panorama sobre a evolução das pesquisas em genômica do câncer e contou como esse conhecimento tem ajudado a cuidar dos pacientes.

“Pretendemos usar a informação genômica para interceptar o desenvolvimento do câncer. Tenho participado de um esforço para criar um atlas pré-câncer para tumores de mama e de ovário relacionados à mutação no gene BRCA. A ideia é identificar pistas que indiquem lesões ainda muito iniciais nesses tecidos usando técnicas de sequenciamento de célula única, transcriptômica e proteômica. Esperamos que olhando para a genômica seja possível aprender com todos esses dados e interceptar – seja por estratégias farmacológicas ou imunológicas – o desenvolvimento da doença”, contou Dang.

Outras áreas que o cientista apontou como promissoras são relacionadas com biópsia líquida (que permite acompanhar a evolução do câncer por meio de exames de sangue) e a metagenômica do câncer, que estuda a influência do microbioma tanto no desenvolvimento de tumores como na resposta aos tratamentos.

“Creio que o estudo do microbioma do câncer é uma grande oportunidade, uma área em que nós – Ludwig e FAPESP – podemos atuar no futuro”, concluiu Dang.

A última mesa também contou com a participação de Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP; Carlos Américo Pacheco, diretor-presidente da FAPESP; Paulo Hoff, diretor do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octavio Frias de Oliveira (Icesp); e Giovanni Guido Cerri, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) e ex-secretário da Saúde de São Paulo.

“Brentani sempre será lembrado, pois é uma das poucas pessoas que conseguiu, ao mesmo tempo, ser um cientista bem-sucedido, um formulador de políticas científicas e diretor do maior hospital do câncer de São Paulo em sua época”, disse Zago, lembrando ainda que Brentani dirigiu o braço paulista do Ludwig Institute for Cancer Research desde que foi criado, em 1986, até sua morte.

“Talvez seu legado mais duradouro seja derivado dessa posição de diretor do Ludwig Institute for Cancer Research. Isso tornou possível unir as duas instituições, Ludwig e FAPESP, em um dos programas de maior impacto dos 60 anos da FAPESP. O Projeto Genoma, como ficou conhecido, transformou o panorama científico do Brasil. A biotecnologia brasileira tem amadurecido a ponto de seus cientistas serem agora atores no palco internacional. As habilidades e conhecimentos que começamos a adquirir naquele momento são altamente valiosos hoje. O legado desse período se estende a todos os campos da pesquisa em ciências da vida”, afirmou Zago. 



Karina Toledo
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/cientistas-ressaltam-contribuicao-de-tecnica-criada-no-brasil-para-o-estudo-do-cancer-e-do-genoma-humano/40132/

Onicomicose - Voce sabe o que é, e o Mal que Esta Doença Causa Silenciosamente?


Veja o que Explica a Especialista Em Podologia, Dra. Marta Botelho!

 

Além de complicada, está palavra trata- se de uma doença que muitas pessoas desconhecem, pelo simples fato de ela ser assintomática e so é percebida quando inicia-se o processo de, das deformidades causadas por ela, ou seja, quando as suas unhas já foram prejudicadas, além do desconforto gerado pela condição; Diferente da micose de pele, que pode apresentar manchas, descamação e coceira, que são sinais clados. Ambos são causados pelos fungos dermatófitos e leveduras- explica a especialista em Podologia, Dra Marta Botelho.

A onicomicose é um tipo de micose que ataca unhas, sendo causada por fungos que vão se desenvolvendo mediante as substâncias que fazem parte da própria estrutura das unhas como, por exemplo, a queratina.

A onicomicose gosta de ambientes úmidos, podendo acontecer não apenas nas unhas dos pés e das mãos, mas também entre os dedos. E quando isso não é tratado pode levar à complicação, indo inclusive para a região genital ou para o couro cabeludo, sempre atingindo as partes úmidas, inclusive entrando na corrente sanguínea quando a condição já está em um grau elevado – Alerta a Dra. Marta Botelho.

A onicomicose deixa as unhas quebradiças, espessas e irregulares, além da questão estética, que em alguns casos pode apresentar dor e até mesmo um odor desagradável.

A forma de transmissão mais comum é através de objetos pessoais contaminados como lixas, tesouras, cortadores e alicates de unha, escovas de cabelo e pentes. Não é comum, mas a onicomicose pode ser transmissível, passando de uma pessoa para outra pelo contato direto.

Você também pode pegar a onicomicose em piscinas e praias, o que é algo que ocorre com frequência, por isso o ideal é fazer as unhas uns três dias antes de frequentar clubes e praias, quando se vai em uma manicure ou pedicure. Dessa forma haverá tempo para que a cutícula cresça um pouquinho e não fique aberta, principalmente porque as pedicures costumam colocar o palito e levantar a unha, o que pode haver um descolamento, deixando uma condição propícia para o fungo – Explica a Dra. Marta Botelho.

Também não se deve pintar as unhas quando se está com onicomicose, pois isso acaba potencializando a micose; uma vez que o esmalte serve como uma espécie de manta protetora, criando condições para o desenvolvimento do fungo. O uso frequente de sapatos apertados ou o uso do mesmo par de meias por alguns dias sem fazer a troca também podem causar fungos.

Os fungos podem se apresentar como pequenas manchas, podendo ser manchas amareladas ou esverdeadas, brancas, com maceração, sem maceração. Há fungos que vem da candidíase, o que pode levar a pessoa a pegar a micose através do ato sexual, quando a outra pessoa tem uma condição avançada da doença e o contágio acontece através da corrente sanguínea. O fungo também deixa a pessoa mais suscetível à uma infecção generalizada quando a doença vai para a corrente sanguínea. - Alerta a especialista!

Os tratamentos podem incluir  medicamentos antifúngicos usados oralmente, através de cremes ou esmalte medicinal ou, em casos mais graves, a remoção da unha. Também pode verificar através de exames uma síndrome fungica, onde pode ser detectada uma bactéria no organismo que se dá pela alimentação com quantidade errada de fibras e vitaminas que atacam a imunidade e diminuem a defesa do corpo, dificultando a cura do fungo da unha, bem como espalhando para outras áreas – Finaliza a Dra. Marta Botelho.



Marta Botelho - Podóloga, com especializações em Podologia Infantil, Podologia Geriátrica, Pés de diabéticos e também é Reflexologista.
Instagram: @martabotelho_podologa

Estagiário pode tirar férias?

Entenda como funciona essa questão na modalidade

 

O fim do ano se aproxima e esse período é marcado pelas festas, confraternizações e é claro, férias! É hora de relaxar, repor as energias e se preparar para uma nova jornada. Entretanto, muita gente me pergunta: no caso do contrato de estágio, como funciona? O jovem tem esse direito? Sim! É o chamado recesso remunerado. A seguir, explicarei um pouco mais sobre o tema.

 

Como funciona o recesso remunerado?

 

De acordo com a Lei 11.788/2008, o colaborador recebe 30 dias de descanso a cada 12 meses na mesma empresa. Caso permaneça por menos tempo, o benefício é concedido proporcionalmente. Aconselho a desfrutar desse momento conciliando com as férias escolares. Sendo assim, o repouso é garantido. Ou seja, é uma ocasião para aproveitar a vida, viajar, se capacitar, tirar do papel algum projeto pessoal, entre outras opções.

 

Assim como os efetivos, os estagiários também precisam desse tempo para si. Essas nomenclaturas diferentes são justamente para distinguir o Termo de Compromisso de Estágio - TCE da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. São regimes distintos de contratações. Em comum, está a atividade laboral. Os funcionários são profissionais remunerados e os estudantes são praticantes do conteúdo teórico, ministrado nos seus cursos de formação.

 

Essa é uma das particularidades de quem estagia. Elas foram feitas para inserir acadêmicos no mercado de trabalho, dar experiência e prática. Sobretudo, oferecer a oportunidade de ter o primeiro contato com a carreira escolhida. Para isso, existem maneiras de incentivá-los a seguirem esse caminho e os empresários a fomentar esse modelo de admissão.

 

Uma delas é a carga horária máxima de seis horas diárias e 30h semanais. Dessa forma, possibilita a conciliação entre a sala de aula e o ambiente corporativo. O participante não precisa escolher entre um ou outro. Com isso, diminui-se a evasão escolar, capacita mais cidadãos para o universo organizacional e movimenta a economia do país. Importante lembrar: uma pessoa pode atuar em dois locais diferentes se a soma das horas não ultrapassar esse teto.

 

Também é oferecida uma bolsa-auxílio, com valor determinado pela contratante. Nessa questão, gosto sempre de enfatizar os motivos para proporcionar um valor compatível com as atividades exercidas, os requisitos exigidos e o custo de vida no local. Afinal, esse valor muitas vezes é utilizado para arcar com os estudos, ajudar no lar ou até sustentar uma família. Além disso, é um fator relevante na busca pelos melhores candidatos.

 

Quando houver a necessidade de deslocamento, há o direito ao auxílio-transporte. Logo, no caso de home office, não existe esse pagamento. Se a companhia adotar o modelo híbrido, deve enviar ao estagiário o dinheiro relativo aos dias presenciais. Caso a diretoria deseje, outras bonificações podem ser ofertadas. Essa é uma iniciativa interessante para engajar e motivar a equipe. Isso acontece com metas, sorteios ou qualquer outra opção. Dessa forma, esse integrante se sente parte do grupo, assim como os demais. Essa sensação não tem preço.

 

Aderir a esse tipo de iniciativa nas organizações fortalece o futuro da nação. Afinal, segundo a legislação, para exercer esse cargo é preciso estar regularmente matriculado e frequentando alguma instituição de ensino de nível superior, profissional, médio, especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da Educação de Jovens e Adultos - EJA.

 

Além disso, é celebrado um Seguro de Acidentes Pessoais. Ele abrange incidentes pessoais ocorridos durante o período de vigência do compromisso, 24 horas por dia, em todo território nacional. Os capitais segurados cobrem morte ou invalidez permanente, total ou parcial. Os valores de indenizações constam no Certificado Individual de Seguro de Acidentes Pessoais e são compatíveis com o mercado.

 

As vantagens para a contratante

 

Com tantas coisas boas para o contratado, a empresa tem alguma vantagem nesse acordo? Muitas! Trata-se de uma relação de ganha-ganha. Para fomentar essa prática, existem alguns privilégios comparando com alguém de carteira assinada. Esse fator de contribuição é decisivo para ampliar essa tradição nas entidades.

 

Ao adicionar esse membro em seu time, você insere alguém com novas ideias, atualizado com as tendências do momento, naturalmente adaptado às tecnologias, com vontade de aprender e mostrar serviço. Por não possuir vícios anteriores, pode ser lapidado conforme a cultura do empreendimento, se tornando uma peça fundamental futuramente.

 

Ademais, a corporação fica isenta de impostos e direitos trabalhistas, tais como FGTS, INSS, 1/3 sobre férias, multa rescisória de 40% e 13º salário. Isso porque não se configura vínculo empregatício. A legislação trata como ato educativo escolar supervisionado. Ou seja, uma forma de aprender vivendo o cotidiano empresarial.

 

Inclusive, a virada de ano é uma época de bastante movimentação para os adeptos ao programa. Afinal, muitos contratos se encerram e vários jovens ingressam nas universidades, se tornando aptos a participarem da modalidade e darem início à carreira, aprendendo no dia a dia tudo sobre a futura profissão.

 

Para ajudar os gestores nesse recrutamento, no site da Associação Brasileira de Estágios - Abres estão todos os agentes de integração associados. Eles fazem a conexão entre a concedente, o colaborador e a instituição de ensino. Cada uma delas tem seu jeito de trabalhar e as possibilidades para os clientes. Os serviços mais oferecidos são a divulgação de vagas, captação de interessados, realização de processos seletivos e a seleção do melhor candidato.

 

Além disso, os agentes ficam responsáveis pela administração dos contratos, acabando com a chance de irregularidades e mantendo o acordo dentro da lei. Por conta da experiência no assunto e o amplo alcance, proporcionam vantagens para as corporações. Cuidam de todo o processo, oferecem praticidade, otimização de tempo e segurança para os envolvidos. Agora, com o formato remoto consolidado, a busca é por talentos de qualquer lugar do país. Então, contar com essas ferramentas ajudará bastante os líderes a encontrarem a pessoa ideal para incorporar seu grupo no meio dessa enorme quantidade de acadêmicos querendo uma chance.

 

Portanto, abra as portas do seu negócio para essa juventude cheia de energia e sonhos. Você estará fortalecendo sua organização e o Brasil. Juntos no rumo do sucesso!

 

Carlos Henrique Mencaci -presidente da Associação Brasileira de Estágios - Abres


3 profissões e salários com muitas vagas abertas no LinkedIn

Segundo levantamento na rede social profissional, são cerca de 10.500 oportunidades para os cargos de Product Manager, Ux Designer e Desenvolvimento Web


Com o desenvolvimento de mercados mais digitalizados, bem como o crescimento dos setores de alta tecnologia, a área tech segue com uma gama crescente de oportunidades. De acordo com levantamento realizado na rede social LinkedIn, vagas para profissionais como Product Manager, Ux Designer e Desenvolvimento Web, três das profissões mais disputadas pelo mercado, somam atualmente mais de 10.500 vagas.

Não é para menos, a demanda por profissionais que tem a tecnologia da informação como atividade central será de 420 mil pessoas até 2024 -, é o que aponta estudo realizado pela Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom). Considerando que o mercado de Produto acompanha de perto as movimentações do setor de Tecnologia, as projeções também são promissoras para alguns outros cargos na área tech.

Para Marcell Almeida, CEO da PM3 - escola referência na educação de produtos digitais do Brasil - embora uma boa parcela do trabalho da área de tech esteja realmente atrelada ao uso de ferramentas tecnológicas, o cenário atual já faz com que a demanda por competências adquiridas em diferentes áreas - incluindo Humanas - passem a figurar no escopo desse profissional. Resumidamente: o mercado de Produto é para todos

“Peguemos como base o cargo de Product Manager (PM) - que exige cerca de 80% de habilidades comportamentais e 20% de habilidade técnica - como mais uma vertente dentro da área de tecnologia. Esse profissional atua diretamente na área de Gestão de Produto. Ou seja, ele lida prioritariamente com demandas relacionadas às questões analíticas de negócio e dados, sempre entendendo a necessidade dos usuários, trocando muito com outras áreas da empresa e também exercendo sua criatividade”, explica Almeida.

O especialista separou três dessas oportunidades que estão em alta no segmento e as suas respectivas faixas salariais. Confira:


Gerente de Produtos | Product Manager (PM)

Com mais de 1.200 oportunidades abertas dentro do LinkedIn, esse profissional atua no eixo entre Marketing, Tecnologia, Comunicação e Negócios, conectando as necessidades do cliente à estratégia da empresa para construir produtos e serviços digitais. “É um dos cargos mais estratégicos para as companhias, afinal, é o responsável por encontrar oportunidades no mercado para fazer entregas de qualidade. Além disso, é uma peça de integração essencial dentro dos times de tecnologia, unindo a área a negócios e experiência do usuário (UX)”, afirma Almeida.

Segundo o estudo “Panorama de Product Management no Brasil (2022-2023)”, conduzido pela PM3, a faixa salarial predominante para esta carreira é de 12 mil a 15 mil, podendo chegar, em alguns casos, a mais de R$ 30 mil, em cargos de liderança.


Desenvolvedor | Dev

Também exercendo um papel essencial em empresas digitais, esse profissional age no desenvolvimento de sistemas, engenharia de dados, cibersegurança, machine learning e outras áreas que demandam conhecimento em linguagens de programação. 

“A linguagem de programação Javascript, por exemplo, é reconhecida pela sua versatilidade e praticidade, sendo utilizada há anos nas companhias. Portanto, com uma demanda maior de mão de obra no segmento tech, é inevitável que o mercado peça por mais desenvolvedores que a dominem, assim como outras habilidades relacionadas”, explica o CEO da PM3.

Atualmente é um dos cargos com maior oportunidade no LinkedIn, totalizando mais de 8.800 vagas. Ainda de acordo com a pesquisa “Panorama de Product Management no Brasil (2022-2023)”, a alta demanda por esses profissionais pode ser percebida por meio da proporção de PMs e Devs nas empresas. Com base nos 2 mil respondentes do estudo, em 18,8% das empresas a proporção é de 1 PM para 5 Devs, seguido de 1 PM para 10 Devs em 17,4% e 1 PM para 3 Devs em 16,4%.

Segundo a consultoria de gestão Fox Human Capital, desenvolvedores seniores ganham em média R$ 13 mil por mês em PMEs, podendo alcançar em torno de R$ 15 mil em grandes empresas. No entanto, esses valores aumentam para funcionários PJ, cujos salários podem alcançar R$ 21 mil em pequenas corporações e cerca de R$ 24 mil em grandes.


UX Designer

Com mais de 400 oportunidades na plataforma do LinkedIn, esse especialista é o responsável por desenvolver e adequar soluções e canais digitais de uma empresa, garantindo a melhor experiência para seus usuários. “Em meio ao crescimento exponencial de plataformas digitais, não há como pensar em consumidores satisfeitos sem uma boa identidade visual e praticidade de acesso. Não à toa, o Photoshop é uma das especialidades desses profissionais, para os quais, sem dúvidas, não faltarão oportunidades nos próximos anos”, destaca Almeida. 

Segundo a plataforma de empregabilidade Glassdoor, este profissional possui uma média salarial de R$ 5 mil.


Empresa de segurança patrimonial dá dicas para o período da Copa do Mundo

Especialista do Grupo GR orienta como aproveitar o evento esportivo com segurança em casa, nas ruas, em bares ou restaurantes

 

A Copa do Mundo do Qatar começou no dia 20 de novembro e vai até 18 de dezembro. Ou seja, durante quase um mês profissionais de empresas de diversos segmentos e amigos vão se reunir para assistir aos jogos. Essa movimentação já se faz notar no comércio, que aproveita a data para atrair mais clientes. E existe um setor que está igualmente atento às mudanças de rotina causadas pelo evento esportivo: o de segurança.

O Grupo GR, uma das maiores empresas de segurança privada patrimonial do país, preparou importantes dicas para os torcedores viverem esses momentos com tranquilidade. Vinicius Vaz Ferreira, especialista de segurança, alerta para alguns pontos de atenção: 

  1. Observar a presença de pessoas estranhas próximas aos acessos do empreendimento, em especial nos momentos dos jogos da Seleção.
  1. Não abrir a porta para receber encomendas inesperadas sem realizar a devida abordagem e identificação, já que durante os jogos a demanda do serviço “delivery” aumentará. 
  1. Evitar comentários ofensivos sobre a partida e sobre jogadores que já defenderam times rivais. Isso ajuda a impedir brigas e desentendimentos desnecessários entre moradores e usuários do empreendimento. 
  1. Reforçar a segurança e a atenção nas comemorações após os jogos, como buzinaços, rojões e corre-corre nas ruas, que também configuram um quadro de riscos. 
  1. Durante os eventos no interior do condomínio e/ou no apartamento do morador, a equipe da segurança deverá realizar o controle do acesso com atenção redobrada e com auxílio da lista de presença do evento atualizada. Após a identificação do visitante, o morador de destino deverá ser comunicado antes da liberação de acesso do visitante. 

Para o caso de lazer, Ferreira recomenda não sair com todos os cartões e documentos e levar somente o necessário. “Antes de escolher o local para assistir ao jogo, certifique-se de que o ambiente apresenta um bom histórico e é considerado seguro. E mais uma dica importante, principalmente às mulheres, não ostentar joias e, se possível, levar somente o indispensável na bolsa ou mesmo deixá-la em casa”, esclarece.

O especialista em segurança reforça ainda que, quando estiverem em um bar ou restaurante, as pessoas não deixem carteiras, celulares e as chaves do carro expostas na mesa ou próximos a desconhecidos. “Mantenha tudo sempre por perto e, se possível, junto ao corpo. E, em caso de furtos, não abra mão de registrar um boletim de ocorrência, ele é necessário para pedir a segunda via de documentos e fundamental para o trabalho policial”, conclui.

 

Impasses quanto a segurança psicológica no trabalho e como mudá-los

 

Nos últimos anos, o modelo de trabalho tem ganhado novas características, com uma sociedade mais conectada do que nunca. Porém, uma combinação de fatores fez, muitas vezes, nos distanciar da segurança psicológica. Nos últimos dois anos, por exemplo, trabalhar remotamente fez estremecer os laços de confiança e conexão, inclusive pela chegada de novos colaboradores às equipes. Mas isso não tem relação apenas com a pandemia. 

Para se ter uma noção, paralelamente a este cenário, um estudo recente de Harvard descobriu que 61% dos funcionários sentem pressão para “cobrir” alguma faceta de sua identidade, ou seja, não conseguem desenvolver suas opiniões com transparência ou até mesmo demonstrar seu verdadeiro eu, dentro dos ambientes corporativos. 

A raiz deste problemático cenário é a falta de segurança psicológica nas empresas. A preocupação incômoda de que não somos tão inteligentes, informados ou competentes quanto deveríamos ser, ou como os outros podem pensar. O medo de não sermos bons o suficiente, ou simplesmente insuficientes, pode causar uma quebra de expectativa para com a cultura de pertencimento colaborativo. 

Sobre isso, a professora de Harvard, Dra. Amy Edmondson, define que a segurança psicológica age como “um senso de confiança de que a equipe não vai envergonhar, rejeitar ou punir alguém por se manifestar genuinamente”. No entanto, o que se vê na prática, em boa parte das empresas, ainda é uma cultura de “coerção e imposição” em vigor, que faz com que uma grande parcela dos funcionários se sinta culpados, pressionados e por vezes, influenciados negativamente a aderir a um certo padrão de comportamento. 

Para tal, uma cultura que tenha por base o pertencimento permite que os funcionários se envolvam, se identifiquem com suas respectivas empresas, incorporando seus valores e propósitos. Isso passa pelo fato deles (colaboradores) poderem se expressar sem medo de fracasso ou retaliação, ajudando a criar um ecossistema diversificado, que corresponda a diferentes individualidades que se somam e agregam ao coletivo. 

Recentemente, a Tribo tem trazido esta temática tão urgente no mundo organizacional para o seu universo de jogos corporativos. O jogo do Protagonismo criado pelo Instituto Emana, parceiro da Tribo, proporciona uma experiência na qual as pessoas são levadas a entrar em contato com seus elos motivadores, suas desculpas verdadeiras e crenças limitantes; gerando consciência e compromisso tanto individual quanto coletivo na jornada protagonista do desenvolvimento como pessoas e time. 

A cada fase, adentra-se numa jornada heróica em que se apresenta cara a cara os medos e preocupações de cada participante, e,assim, desafios inéditos aparecem ao vivo, transformando toda a percepção ao redor. 

Nessa parceria, o Instituto Emana e a Tribo trouxeram os setes elementos que sustentam um ambiente de segurança psicológica para o tabuleiro. Com fases que permitem adentrar na principal dor ou oportunidade do time dentro do tema, as pessoas entendem o seu próprio papel protagonista ao coconstruir esse ambiente que integra tanto uma alta segurança psicológica quanto uma alta performance. 

A falta de segurança psicológica não é uma falha, nem um impulso. É um subproduto de uma cultura no local de trabalho em que os relacionamentos são meramente transacionais. "Segurança psicológica sem alta performance não é saudável para o negócio e nem para as pessoas prendendo-as na zona de conforto, o inverso gera ansiedade e pode trazer resultados, porém que não se sustentam. Por isso, trabalhar essas duas frentes de maneira alinhada garante a sustentabilidade do negócio a partir da aprendizagem individual e organizacional. 

A resposta para isso passa por estabelecer limites melhores, porém não para por aí. Pedir ajuda, acolher a diversidade, encarar e lidar com os erros e problemas são alguns dos fatores que irão impulsionar esse ambiente de segurança psicológica que será um terreno ainda mais fértil para crescer os resultados.

 

Graziela Merlina - conselheira do Instituto Capitalismo Consciente Brasil - Graziela é co- autora do livro “Fundamentos do Capitalismo Consciente”. Empreendedora inquieta e apaixonada por educação, é fundadora da APOENA, líder da operação Brasil do FreshBiz Game e Team Coach, com vivências diversificadas em desenvolvimento de equipes e negócios. Mestre em Comportamento Organizacional e graduada em Engenharia de Produção, ocupou cargos de liderança em organizações multinacionais na área de Supply Chain e Operações.
 

Stephanie Crispino - CEO da Tribo - Stephanie é uma das lideranças femininas do Grupo Anga, atuando como CEO da Tribo, consultoria que busca evoluir a forma de se fazer negócios para, assim, evoluir a sociedade. Acredita em negócios conscientes orientados a impacto e, por isso, é, também, embaixadora e professora no Instituto do Capitalismo Consciente no Brasil. Formada em Administração de Empresas pela FGV, professora no MBA de Gestão Exponencial da Xpeed e no curso Decodificando a Cultura da Future DOJO. Top 10 do Prêmio Líder que sabe lidar organizado pela Vitalk. Foi speaker no TEDxLaçador palestrando sobre Culturas Humanizadas e no TEDxUFOP se aprofundando nos seus valores de Amor e Verdade.

 

Educação financeira nas escolas impõe desafios e traz benefícios

Abordar questões financeiras nas instituições de ensino é o caminho para que as próximas gerações tenham uma melhor relação com o dinheiro


Desde 2020, conforme previsão da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), os currículos da educação básica – da Educação Infantil ao Ensino Médio – precisam abordar a educação financeira. O documento orienta que o tema seja trabalhado de forma transversal e integrado a outras disciplinas, como Matemática, Língua Portuguesa ou Ciências, possibilitando que crianças e jovens aprendam, desde cedo, a gerenciar finanças pessoais, elaborar planejamentos financeiros, investir, poupar e consumir de forma consciente. 

Os números indicam que aprender sobre dinheiro nunca foi tão importante. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, cerca de 77% da população brasileira estava endividada em 2021. O cenário é preocupante não apenas para o presente, mas também para as próximas gerações, já que grande parte da experiência financeira dos jovens é culturalmente herdada pela família. 

O desafio de ensinar crianças e jovens a controlar os orçamentos domésticos, evitar dívidas e usar o dinheiro de forma adequada não é inédito. Antes da BNCC, o Brasil já contava com a Estratégia Nacional de Educação Financeira (Enef), política pública lançada em 2010. Mas mesmo depois de mais de uma década, o cenário que se tem ainda é delicado. O Pisa, um dos principais programas de avaliação de aprendizagem e desempenho escolar, mostrou que 53% dos alunos brasileiros estão abaixo do nível mínimo quando o assunto é conhecimento financeiro, índice que deixa o país atrás dos vizinhos Chile (38%) e Peru (48%). Há, portanto, ainda muito a ser feito.  

De acordo com Daniel Alberini, diretor de Gestão e sócio da gestora independente CTM Investimentos, a educação financeira também é assunto para ser abordado dentro de casa.

“Na escola ou em casa, com a família, a educação financeira deveria ser iniciada na infância. Isso significa, antes de mais nada, conhecimento. Munidas de informações e com as ferramentas necessárias para a tomada de decisão, as pessoas têm chances de reduzir a inadimplência, montar planejamentos financeiros viáveis e, como consequência, deixam de pagar juros desnecessários, têm mais poder de compra e constroem um futuro melhor para si”, explica o executivo. 

Para avançar nos próximos anos, o caminho é a formação de gestores escolares e professores, sendo que algumas iniciativas importantes já estão em andamento. O Programa Nacional de Educação Financeira nas Escolas, do Ministério da Educação em parceria com a Comissão de Valores Imobiliários, é uma delas. O objetivo do programa é capacitar 500 mil professores do 9º ano do Ensino Fundamental e da 1ª série do Ensino Médio de escolas públicas municipais, estaduais e militares de todo o país nos próximos três anos. O Banco Central

também assumiu um compromisso com o tema, trabalhando com o programa Aprender Valor, que propõe projetos escolares de educação financeira para gestores escolares e oferece formações virtuais para educadores em três pilares estratégicos: planejar, poupar e gerenciar. 

“Ter educadores mais preparados para trabalhar a questão da educação financeira é uma maneira muito promissora para formar crianças e jovens mais preparados para lidar com dinheiro. Quando o assunto é tratado com a importância que merece, a autonomia e a autoconfiança são estimuladas, além de favorecer decisões mais conscientes e responsáveis”, aponta Alberini. 

E não são apenas as crianças que serão impactadas por esse esforço conjunto entre escola e sociedade. O histórico dos programas de educação ambiental e de trânsito já indicam que levar questões com relevância social para o ambiente escolar também pode influenciar e refletir no comportamento dos adultos, criando novos ciclos e promovendo transformações estruturais.

 

Posts mais acessados